Enquanto lutava para respirar e permanecer consciente, Draco revirou os olhos diante da teimosia de Harry.
Ele amava a determinação dele em salvá-lo, mas era uma causa perdida. Ele preferiria não ter que lutar tanto, se quisesse ter força suficiente para ajudar Harry, assumindo a responsabilidade de matar Voldemort — e seu pai.
Parecia-lhe a solução ideal, pois assim preservaria a alma de Harry. Ao sentir a vida se esvaindo dele, ele não se importava mais em enegrecer sua própria alma... Ele sabia que poderia matá-los, porque estava furioso com a injustiça que se abateu sobre eles.
Eles levaram muito tempo para realmente se encontrarem e se conhecerem, e assim que o futuro estendeu os braços para eles, Draco foi abatido pelo destino. Morto pelo próprio pai.
Harry se inclinou sobre ele mais uma vez e o beijou suavemente, como se ele fosse feito de cristal, e Draco soltou um gemido de frustração.
Harry se afastou rapidamente, provavelmente com medo de tê-lo machucado, e Draco suspirou.
— Ajude-me a levantar, Harry. Por favor.
Depois de hesitar por alguns momentos, Harry gentilmente o moveu até que suas costas estivessem pressionadas contra a parede. Draco fez uma careta quando suas roupas estavam pegajosas de sangue, e ele levou alguns momentos para encontrar uma posição onde não sentisse dor. Não muito, de qualquer maneira.
Ele se atrapalhou ao lado dele até pegar sua varinha e então sussurrou para Harry.
— Você vai ter que me ajudar para que eu aponte minha varinha para o lugar certo, não tenho certeza se ainda tenho forças para...
No entanto, Harry se acomodou ao lado dele, apoiando-o da melhor maneira que pôde.
— Eu farei. Depois. Você vem em primeiro lugar.
Draco fechou os olhos por um momento, tentando afastar a frustração.
— Não seja estúpido !
Harry zombou, enquanto seu olhar mostrava a extensão de seu desespero.
— Você realmente quer discutir comigo enquanto está sangrando?
Draco bufou e se forçou a virar a cabeça, estremecendo ao sentir o fluxo de sangue acelerar, para olhar para Harry.
— Tudo vai ficar bem, Harry.
Claro, não era tão fácil convencer Harry Potter, e ele franziu a testa, tirando uma mecha de cabelo do rosto de Draco.
— Não, não está tudo bem. Eu deveria ter cuidado de você. Eu deveria ter... ouvido Snape. Você está machucado de novo por minha causa e desta vez não posso fazer nada por você... eu...
Draco suspirou e interrompeu, sua voz ficando mais fraca enquanto ele lutava para continuar falando com Harry.
— Não faça isso. Se há alguém para culpar, é meu pai. Você não. Não importa o que aconteça, estarei ao seu lado, ok? Mesmo que eu tenha que voltar para assombrá-lo para... forçá-lo a cuidar de si mesmo...
Harry soltou uma risada triste, então fungou, enxugando o rosto molhado de lágrimas com a mão, manchando-o todo com o sangue de Draco. Draco entrelaçou os dedos uma última vez, ciente de que a vida estava escapando dele muito rapidamente.
— Não seja teimoso, Harry, por favor. Eu sei o quanto você temia ter que matar, mas ainda posso fazer isso. Com sua ajuda. Os dois, juntos...
Harry balançou a cabeça teimosamente.
— Ele não vai mais tirar isso de mim. Não nossos últimos momentos juntos. Eu não guardaria... isso como última lembrança.
Draco se aproximou um pouco mais de Harry, os olhos se abrindo. A mão de Harry pressionou seu ferimento, ajudando a reduzir a perda de sangue. Demorou alguns momentos para lutar contra os pontos pretos dançando diante de seus olhos, mas permaneceu calmo, embora estivesse morrendo.
Ele provavelmente deveria ter entrado em pânico ou com raiva. Qualquer coisa além dessa aceitação passiva...
Porém, o destino de Harry o preocupava mais do que o que estava acontecendo com ele naquele momento, porque ele ainda teria que passar por provações... e estaria sozinho.
Draco se arrependeu de ter ajudado Harry a afastar Granger. Ele sabia que Harry era teimoso demais para contatá-la novamente, para aceitar sua ajuda...
Finalmente, ele murmurou, com aborrecimento, misturado com carinho — ele realmente não podia culpar Harry por querer ficar perto dele e cuidar dele até o fim.
— Ou terminamos essa bagunça juntos, e então você pode conversar o quanto quiser comigo depois.
Harry hesitou, olhando-o com cautela, como se pensasse que estava divagando. Draco olhou para ele — o mais próximo que ele conseguiu, dado seu estado e o desejo dele de confortá-lo — e ele sussurrou, com um sorriso zombeteiro.
— Você me contou sobre um objeto em sua posse que poderia nos permitir… terminar esta conversa.
Harry piscou e a confusão deu lugar à compreensão. Ele assentiu lentamente, sussurrando pensativamente.
— Pedra…
Draco suspirou.
— Correto.
Ele ficou em silêncio, sem forças para um grande discurso, apenas esperando que Harry se decidisse. Ele estava prestes a chamar sua atenção, ciente de que a vida estava se esvaindo dele a toda velocidade, mas Harry soltou uma risada surpresa, olhando para ele com algo nos olhos que Draco não conseguiu decifrar.
O jovem murmurou.
— Eu tenho as relíquias…
Draco grunhiu um vago consentimento, abalado por uma onda de náusea. Ele não se atreveu a olhar para baixo, porque provavelmente ficaria horrorizado com a perda de sangue, e o medo de não ter tempo de ajudar Harry o atormentava. Ele olhou suplicante para Harry, mas as sobrancelhas de Harry estavam franzidas em profunda reflexão.
Finalmente, Harry colocou sua varinha nas coxas de Draco e puxou a varinha de Dumbledore, que Harry chamou de Varinha das Varinhas, de seu bolso. Ele mordeu o lábio e olhou para Voldemort, depois para Lucius, certificando-se de que ainda estavam imóveis.
Ele respirou fundo e ficou de frente para Draco para poder olhá-lo diretamente nos olhos.
Draco olhou para trás, surpreso ao notar um lampejo de esperança em Harry. Este último murmurou sério.
— Você confia em mim ?
Draco não precisou pensar. Ele não teve a menor hesitação. Ele apenas respirou “sim”, totalmente convencido. Harry acenou com a cabeça com um breve sorriso e apertou seus lábios com firmeza.
Então, ele parou de pressionar o pescoço de Draco, fazendo uma careta ao ver o sangue fluindo cada vez mais rápido — encurtando a vida do jovem.
Draco não lutou, apenas olhando para ele e deixando-o fazer o que quisesse, decidindo que havia coisas piores do que levar o rosto de Harry Potter até a morte como sua última imagem.
﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌
O que vocês estão achando? A fanfic está chegando ao fim e eu já estou preparando novas traduções para vocês 🥰
Mais alguém chorou com esse capítulo? Porque eu sim 😭😭😭
Personagem odiado: com toda certeza Lucius Malfoy!
E o de vocês?Peço-lhes desculpas caso tenha algum erro de ortografia.
Essa fanfic maravilhosa não é minha, mas tenho a autorização da autora original para traduzir lilicoud ( wattpad )
Fanfic também encontrada em outras plataformas, deixarei o link onde vocês poderam encontrar as contas das redes-sócias da autora e onde encontrar os outros site com as fanfics da autora
https://linktr.ee/Lili_Richier?utm_source=linktree_profile_share<sid=e15627f3-da08-44de-b640-586f00ae971a
Bjss meus bruxinhos/as 🧙🏻🔮
VOCÊ ESTÁ LENDO
Faux semblants
FanfictionA Segunda Guerra Bruxa terminou, mas infelizmente Harry Potter falhou. O jovem foi morto para grande consternação de Draco Malfoy... Este último esperava secretamente que Potter pudesse libertar o mundo mágico da loucura de Voldemort. O mundo mágico...