Draco não sabia como pôde ter permanecido parado e silencioso aos pés de Voldemort enquanto o terror o deixava quase louco. O mago negro o deixou no chão cuidando de seus negócios, entrando e saindo da sala sem prestar atenção nele. No entanto, Draco sabia que se ele se movesse antes de receber permissão, seria punido novamente e não tinha certeza se conseguiria suportar outra Maldição Cruciatus.
Ele recuou para sua mente, forçando-se a pensar na poção que precisava preparar, listando os ingredientes que poderiam restaurar a aparência humana do monstro perto dele. Ou pelo menos a ilusão de uma aparência humana. Draco não se importava com a aparência do mago das trevas, ele só queria sobreviver e proteger sua mãe.
Ele quase pulou quando Voldemort parou ao lado dele e o cutucou com o pé, não gentilmente.
— Vá para casa. Da próxima vez que eu ligar para você, espero que você tenha se saído melhor.
Draco apenas assentiu, incapaz de responder verbalmente, mas felizmente Voldemort parecia satisfeito, virando-se como se estivesse completamente desinteressado pelo jovem caído no chão. Draco cambaleou para fora da sala, precisando de toda a sua força de vontade para não cair ou gritar. Cada passo era uma tortura, suas pernas ainda tremiam por causa do cruciatus recebido e o caminho para sair desta antecâmara do inferno nunca pareceu tão longo.
Quando finalmente chegou ao local onde poderia aparatar, ele fez uma pausa, mais uma vez enxugando o sangue que escorria da mordida que ele havia infligido a si mesmo por causa da dor. Então, nervoso e exausto, ele pensou que queria estar seguro.
Ele aparatou quase mecanicamente, sem saber dos riscos que corria. Dada a sua condição, ele não tinha controle sobre suas ações ou decisões, apenas agia por instinto. A única coisa que ele pensava era fugir de Voldemort o mais rápido possível.
Ele pousou repentinamente em um solo gelado e pensou vagamente que estava feliz por não ter se estrunchado durante a manobra. Porém, rapidamente percebeu que não estava em casa, longe disso.
Desde que encontrou este bilhete escrito com a letra de Potter em seu bloco de notas, ele não conseguia parar de pensar no Grifinório. Ele esperava encontrá-lo e obter sua ajuda. Em sua mente, ele associava Harry Potter ao bar trouxa onde costumava frequentar, mesmo que não tivesse provas de que ia lá regularmente...
Quando ele aparatou, desejando estar seguro, chegou ao beco perto do bar que tanto gostava. Preferiu não se debruçar sobre os motivos que o fizeram chegar a este preciso lugar e esperou que ninguém viesse ao beco deserto. Um trouxa inevitavelmente o levaria para um de seus hospitais e ele teria que responder muitas perguntas... Ele sabia que não poderia ficar ali, mas estava exausto e com dores. Ele pensou vagamente que deveria se encostar na parede ou se refugiar em um canto mais escuro, mas antes que pudesse se mover, Draco perdeu a consciência.
Quando Draco abriu os olhos, sentiu-se confuso. Suas últimas memórias eram nebulosas, porém, ele sabia que havia sido severamente punido por Voldemort e então aparatou. Ele se lembrava vagamente de um beco escuro, mas não sabia se era real ou se era sua imaginação.
No entanto, ele tinha certeza de que não conhecia o quarto em que estava. Alguém teve o cuidado de despi-lo, deixando-lhe apenas a cueca, e ele não estava mais com a varinha.
Ele olhou em volta e, apesar da luz fraca, percebeu que era uma sala impessoal, minimamente mobiliada. Havia uma cama de solteiro onde ele estava deitado, uma cadeira próxima e uma pequena mesa de cabeceira com um copo de água sobre ela. Um pouco mais adiante havia um pequeno guarda-roupa. As paredes eram brancas e o chão revestido de parquet claro, limpo, mas desgastado. Cortinas grossas cobriam a janela e impediam-no de adivinhar que horas eram ou onde estava.
Ele ouviu um barulho na sala ao lado e ficou tenso de medo, gemendo enquanto seus músculos protestavam. Ele tentou se sentar, mas seu corpo não cooperava muito e ele acabou se enroscando nos lençóis por causa da agitação.
Rosnando de aborrecimento, ele estava prestes a cair no chão quando a porta se abriu de repente.
Draco estreitou os olhos, distinguindo uma silhueta escura contra a luz. Ele levantou mecanicamente o braço para proteger os olhos do brilho causado pela luz forte da sala ao lado, sem ser capaz de reprimir um movimento para trás. Ele se sentia terrivelmente vulnerável agora, num lugar desconhecido, indefeso.
Então a figura avançou e a porta se fechou e os olhos de Draco se arregalaram, atordoados.
— Potter.
Harry Potter realmente não mudou. Ele podia ser um pouco mais magro, mas ainda tinha aquela massa de cabelo rebelde e aqueles olhos verdes impossíveis. Ele olhou para ele com curiosidade, como se também estivesse avaliando o que havia mudado nele, e Draco sentou-se quase a despeito de si mesmo, com medo de parecer fraco.
O lençol escorregou, revelando seu peito pálido coberto de hematomas e cortes, e Draco sentiu suas bochechas esquentarem enquanto a vergonha o dominava.
O Grifinório permaneceu em silêncio, andando até a única cadeira da sala e sentando-se, longe o suficiente de Draco para não se sentir ameaçado — embora nunca tivesse tido medo de Harry Potter.
Uma vez resolvido, ele finalmente falou, surpreendendo Draco ligeiramente.
— Olá Malfoy. Como você está se sentindo ?
Draco abaixou a cabeça, incapaz de conter a careta de amargura que distorcia suas feições. Ele encolheu os ombros gentilmente, com cautela, para poupar seu corpo dolorido.
— Acho que está tudo bem. Você parece em boa forma para um homem morto...
Eles trocaram um olhar quase astuto e Potter zombou, uma faísca de malícia passando por seus olhos.
— Você me conhece... você sabe o quanto gosto de ser imprevisível e causar o caos...
Draco não pôde deixar de rir e parte de seus medos desaparecem quando a risada de Potter se misturou com a sua, como se essa breve e provavelmente efêmera cumplicidade finalmente lhe desse esperança.
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Peço-lhes desculpas caso tenha algum erro de ortografia e pela demora dos att.
Essa fanfic maravilhosa não é minha, mas tenho a autorização da autora original para traduzir lilicoud ( wattpad )
Fanfic também encontrada em outras plataformas, deixarei o link onde vocês poderam encontrar as contas das redes-sócias da autora e onde encontrar os outros site com as fanfics da autora
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Bjss meus bruxinhos/as 🧙🏻🔮
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Faux semblants
FanficA Segunda Guerra Bruxa terminou, mas infelizmente Harry Potter falhou. O jovem foi morto para grande consternação de Draco Malfoy... Este último esperava secretamente que Potter pudesse libertar o mundo mágico da loucura de Voldemort. O mundo mágico...