Capítulo 7

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Ao entrar no bar que tanto amava, Draco foi parado por uma exclamação de surpresa. Ele se virou, perplexo, para encontrar o barman olhando para ele, com os olhos arregalados e uma expressão chocada no rosto.

Com um suspiro, ele acenou com a cabeça em saudação e sorriu brevemente, depois voltou para sua mesa habitual.

Ao ver o olhar do homem sobre ele, ele adivinhou que um dia ou outro viria questioná-lo sobre sua condição.

Quase deu um pulo quando o garçom que havia chamado sua atenção alguns dias antes parou perto de sua mesa, olhando para ele com insistência, sem a menor discrição.

Draco conteve um pensamento desagradável e colocou as mãos sobre a mesa para esconder o leve tremor causado pelos restos do cruciatus recebido. Então ele olhou para ele, sua expressão irritada provavelmente marcada pelos hematomas que marcavam sua pele.

— Há um problema ?

O garçom corou ligeiramente, mas encolheu os ombros descaradamente e gesticulou com o queixo na direção do rosto.

— O que aconteceu com você ?

Draco bufou, antes de se surpreender ao responder com calma.

— Um incidente sem importância. Nada sério.

O jovem mostrou uma expressão incrédula e gemeu.

— Um incidente ? Seu incidente teve punhos?

O tom escandalizado dele suavizou, Draco e ele deu um breve sorriso.

— Meu rosto entrou em contato violento com o chão... Fui muito desajeitado. Eu teria preferido ter uma história um pouco mais gloriosa para contar, mas, infelizmente... isso é tudo que tenho.

O garçom balançou a cabeça e finalmente relaxou.

— O dono do bar tem algo que pertence a você. Aparentemente você saiu da última vez como se tivesse os cães do inferno atrás de você... Ele até disse que você deixou uma gorjeta e tanto.

Draco corou levemente, amaldiçoando o garçom por sua curiosidade e insistência. Ele passou a mão pelos cabelos nervosamente antes de gemer.

— Emergência familiar. Eu não queria sair sem pagar, mas tanto faz. O que eu esqueci?

O garçom encolheu os ombros com um sorriso zombeteiro. Ele até se permitiu uma piscadela.

— Pete não disse nada. Você terá que ir vê-lo no bar, em vez de esperar para ser servido...

Draco olhou para ele com uma sobrancelha levantada e se conteve para não rosnar de aborrecimento.

— Venho aqui para um pouco de paz e sossego. Não para discussão.

O garçom se afastou, encolhendo os ombros e murmurando, enquanto Draco o observava atentamente, com as sobrancelhas fixas. Mais uma vez ele teve a estranha sensação de que aquilo era familiar, embora tivesse certeza de que nunca o tinha visto.

Percebendo que não o havia servido como de costume, ele balançou a cabeça, murmurando aborrecido e rapidamente se levantou para se aproximar do bar.

Não demorou muito para o homem chamado Pete se aproximar e também o encarou atentamente. Draco revirou os olhos, evitando cuidadosamente encontrar os olhos claros do barman, claramente cheios de preocupação.

— Eu não lutei, caí estupidamente. O garçom me disse que você tinha algo meu?

O barman sorriu sem palavras e remexeu brevemente embaixo do balcão antes de retirar o bloco de notas que Draco havia usado na última vez que esteve aqui — e esquecido quando Voldemort o convocou.

Draco engoliu em seco enquanto olhava para ele, horrorizado por ter sido tão imprudente. Ele havia anotado claramente os ingredientes da poção e embora a maioria dos trouxas não se importasse, pensando que era uma fantasia, qualquer bruxo poderia acusá-lo de querer quebrar o segredo mágico deixando esse tipo de informação ao alcance dos trouxas.

Ele pegou o bloco e agradeceu a Pete, evitando seu olhar, subitamente desconfortável. O homem não persistiu e mudou de assunto.

— Eu atendo você como sempre?

Draco relaxou e assentiu, com um sorriso tenso.

— Sim, por favor. Obrigado. 

O homem suspirou enquanto passava a mão pelos cabelos castanhos e seu cabelo bagunçado o lembrava de Potter. Draco engoliu em seco, ficando cada vez mais desconfortável, e Pete se virou para preparar sua cerveja, olhando por cima do ombro.

— Vá e se acomode, vou levar isso para você imediatamente.

Draco agradeceu sem entusiasmo e voltou para sua mesa, um pouco nervoso.

Conforme Pete — o dono do bar segundo o garçom — se aproximava de sua mesa, parando aqui e ali para cumprimentar os clientes habituais, Draco começou a se arrepender de ter vindo àquele lugar. Ele se sentia bem ali, mas achava que era invisível. Um estranho passageiro, em quem ninguém prestava atenção.

Ele evitou cuidadosamente iniciar uma conversa com alguém, tomando cuidado para não revelar seu nome e não se interessar pelas pessoas ao seu redor. No entanto, ele claramente não conseguiu manter todos afastados, e esse interesse repentino por ele o deixou terrivelmente desconfortável.

Ele quase deu um pulo quando Pete colocou a caneca de cerveja na mesa, mas não conseguia desviar o olhar do homem. Este último parecia estar se aproximando dos quarenta e tinha um rosto agradável. No entanto, era evidente que não se deixava pisar e era perfeitamente capaz de manter a ordem no seu estabelecimento.

Depois de alguns segundos, Pete assentiu e sussurrou, olhando para ele.

— Talvez seja uma queda... ou outra coisa. Não nos conhecemos, mas você vem aqui com frequência. Se precisar de ajuda, seja uma ajuda para... escapar de algo ou apenas um ouvido atento, você sabe o endereço.

Draco piscou, atordoado. Ele pegou o homem, quando esse estava prestes a se afastar ele respondeu baixinho, com os olhos arregalados.

— Porquê?

Pete suspirou e piscou para ele. 

— O garoto que atende aqui estava mendigando há algumas semanas. Ele aparentemente foi jogado na rua por sua família. Ofereci-me para ajudá-lo e pouco depois ele salvou o bar de um incêndio. Só porque ele estava no lugar certo na hora certa, porque eu dei uma chance a ele. Anos atrás, eu também era uma criança rebelde e ociosa. Uma bela mistura explosiva. Tive a sorte de conhecer um casal simpático que me acolheu e pude… fazer algo com a minha vida. Jurei a mim mesmo sempre ajudar os necessitados, como pudesse. Então, se precisar de ajuda, seja qual for o motivo, estarei lá.

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Peço-lhes desculpas caso tenha algum erro de ortografia.

Essa fanfic maravilhosa não é minha, mas tenho a autorização da autora original para traduzir lilicoud ( wattpad)

Fanfic também encontrada em outras plataformas, deixarei o link onde vocês poderam encontrar as contas das redes-sócias da autora e onde encontrar os outros site com as fanfics d* autor*

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Bjss meus bruxinhos/as 🧙🏻​🔮​

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