Sentia minha boca amarga e os lábios secarem à medida que nos aproximávamos da minha rua. Saori corria ao meu lado. Me olhando de vez em quando, conferindo se eu estava bem e se não estávamos muito distantes uma da outra.
Foi quando viramos a esquina que vi, um grupo de cerca de 3 caras em uma roda. Estavam batendo em alguma coisa no chão. Senti o medo invadir meu corpo e minha cabeça zumbir quando me aproximei mais. Não era alguma coisa, era alguém. Era Isadora.
— VAI APANHAR COMO QUEM VOCÊ ACHA QUE É! — Gritou um deles, enquanto dava um chute em suas costelas.
— É minha prima! — Gritei para Saori antes de correr.
Não me lembro direito do que aconteceu depois disso. Minha cabeça fervia. Eram golpes e mais golpes desferidos em Isadora. Ela cobria a cabeça com as duas mãos, tentando se proteger.
— Agatha! — Gritou Saori
Entrei no meio da roda e me enfiei na frente de Isadora. Senti o impacto do primeiro soco no meu braço. — Deixa ela em paz! —Tentava inútilmente arrastá-la para fora dali. Senti outro chute nas costas, que me fez cair pro lado sem ar.
— Essa é a sua namoradinha? — Não sei para quem o homem gritou. — Neguinha do caralho!
Mais um murro na minha cabeça.
Não conseguia levantar, apenas senti o gosto metálico do sangue na boca e meu pulmão arder. Tudo que me lembro antes de apagar é de pegar na mão de Isadora, ela olhava nos meus olhos. E por um último instante, de Saori, acertando um dos filhos da puta com um pedaço de madeira.
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Estrelas ao meio dia.
AcakAgatha sempre foi uma menina introvertida, vivendo em seu pequeno mundo coberto de livros, quadros e músicas que foram lançadas antes mesmo de ela sonhar em nascer. Mas quando uma garota punk de cabelo cruza seu caminho e a faz experimentar a rebel...
