102. Recuar para atacar

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Jeon Jeongguk

— Ligue a televisão que estiver mais perto de você! Agora! — Essas foram as palavras de RM assim que atendi a sua chamada. Totalmente atento aos últimos acontecimentos, fiz o que ele mandou e logo vi algumas fotografias de Hyorin preencherem a tela. — Está entendendo?

— Espera! — Sentei-me no sofá do escritório do meu pai e foquei na notícia veiculada. — Segunda bomba em menos de um mês — comecei a ler o rodapé. — Kang Eunbi, filha de um magnata do ramo dos imóveis, é presa por suposto envolvimento com organização criminosa japonesa — fiquei até zonzo depois que compreendi o que estava acontecendo. — Namjoon... Porra...

— Jimin, cara! Jimin jogou a aliada dele na fogueira! — Kim falou ainda mais alto. Incrédulo, mantive os olhos presos nas imagens que surgiam na tela. Agora eram fotos aleatórias do senhor Kang e da sua família. — Nenhum de nós entregou as provas! Só pode ter sido aquele louco!

— E o que... Caralho! — Esfreguei o meu rosto com a mão livre. — Porra! Não acredito nisso! Por quê? Como? — Levantei-me e, inquieto, circulei por todo o cômodo. — Ele é traiçoeiro demais! Isso vai além do que poderíamos esperar! — Respirei fundo. — E só pode ter um motivo.

— Retaliação porque ela aceitou o seu acordo e te deu as cópias das provas.

— Óbvio! — Bufei. — Eunbi já não interessava mais, já não servia para o plano!

— E ele aproveitou pra puni-la também.

— Puta que pariu! — Esbravejei, chutando uma mesinha de canto para longe. — Que inferno! Parece que o Jimin está sempre um passo adiantado!

— Olha... — RM pausou. — Podemos aproveitar o desespero da Eunbi na delegacia pra tentar ganhar alguma vantagem.

— Qual?

— Além de estar com medo de continuar presa e de perder o apoio do pai, ela vai estar furiosa com a traição do aliado e poderá nos contar onde o JM está — disse depressa, tão agitado quanto eu. — Se fizer isso, diga que iremos ajudá-la com o processo.

— E como vamos ajudar, porra?

— Jay falou que isso é moleza — respondeu rápido. — E você também pode usar o seu depoimento como moeda de troca. Sabe que será convocado, não sabe? O ex-marido pode contribuir bastante na investigação.

— Cacete... — Murmurei, irritado. — Ele ainda arranjou uma maneira de me comprometer! — Saí do escritório às pressas e fui até o meu quarto. — Onde Kang está?

— Vou mandar o endereço da delegacia por mensagem — enquanto Namjoon falava, pude escutar outras vozes ao fundo. O galpão está bem movimentado. — Ei, reserva! Liga para o segurança da (s/n)! — Dirigiu-se a alguém que estava por perto. — Quero que ela fique em casa pelo resto do dia.

— Nós nos falamos há uma hora e ela estava indo pra casa com o Haewoo — peguei a chave do meu carro e a minha carteira. — Mas dê a ordem e me atualize mais tarde.

— Vai tranquilo e faz o serviço direito.

— Vou fazer — desci a escada correndo e ignorei os chamados da minha mãe. Não tenho tempo para explicar nada. — Te dou um retorno assim que for possível, Kim.

Poucos minutos mais tarde, entrei na delegacia e recebi uma péssima notícia: Hyorin foi levada para o Japão porque será investigada lá, no local onde as acusações foram feitas e os supostos crimes foram cometidos. Conversei com o delegado após me identificar como ex-marido dela e obtive algumas informações privilegiadas, como a de que foi o pai de Eunbi quem insistiu muito para levá-la o mais rápido possível. O senhor Kang acelerou os processos para que Hyorin desembarcasse no país e provasse a sua inocência. Ele estava desacreditado e irritado com a investigação, pois confiava cem por cento na honestidade da sua filha. Pobre homem.

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⏰ Última atualização: Dec 26, 2024 ⏰

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