Capítulo 25

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P.O.V CASTLE 

O oitavo mês foi tranquilo, apesar da teimosia da minha esposa de continuar indo ao distrito, os meninos me garantiram que ela  não estava indo a campo, só uma vez que ela foi até o local onde o corpo havia sido encontrado, mas voltou com a Lenie para o distrito, ela é teimosa demais para ficar parada, na delegacia ela ficava andando pra todo lado, os meninos falavam que tinha formigas na cadeira dela, porque não ficava mais que 5 minutos sentada e se levantava de novo. 

Finalmente o nono mês chegou, a ansiedade de todos estava a mil, Alexis não saia de casa para nada, a mãe ligou chamando ela para passar 10 dias com ela, Alexis não quis, minha mãe remarcou todos os compromissos dela, Jim voltou de viagem e cancelou todos os compromissos por 2 meses e eu, bom, eu avisei que só voltaria a escrever depois que a licença maternidade acabasse e mesmo assim escreveria no meu tempo, porque Kate voltaria para o trabalho e eu teria que cuidar de um bebê em tempo integral, Gina não gostou, mas ela não tem outra alternativa a não ser aceitar e respeitar. 

Como se deve imaginar e saber, minha esposa entrou no nono mês a uma semana, a qualquer hora nossa filha pode nascer e o que ela está fazendo? Trabalhando. Isso mesmo, ela foi trabalhar mesmo com todo mundo contra, espero que a Lilica não herde essa teimosia da mãe dela, duas Kate's é demais pra minha cabeça.  Como eu tinha alguns livros para autografar e entregar para Gina, resolvi fazer isso e manter minha mente ocupada, porque sem fazer nada eu ficava com a cabeça na minha esposa e filha que poderia nascer a qualquer hora. 

- Pai.. - Alexis me chama e senta na minha frente, me fazendo encará-la - Acha que a Lilly vai demorar para nascer? Já tem uma semana que ela entrou no nono mês, eu tô ansiosa. 

- Eu também filha, mas temos que ficar alerta, a qualquer hora ela chega. - falo e meu celular toca - falando na Kate - mostro o visor do celular para minha filha

- Põe no viva voz, pai -  ela pede e faço

- Oi meu amor, tá tudo bem? -pergunto ao atender

- Está. - a voz dela estava estranha

- Kate, tem certeza? - me conserto na cadeira em alerta

- É que eu tô sentindo umas dores no pé da barriga, tipo uma cólica, não é nada de mais

- Contrações? - pergunto e vejo Alexis apreensiva me olhando

- Não, são cólicas mesmo, liguei para a médica e ela disse que é normal nessa reta final. Só dói um pouco.

- Vem para casa, Kate! - Alexis pede

- Daqui a pouco, querida, só estou terminando de passar umas informações aqui e... - Kate fica muda e do nada grita nos assustando - Aaaaai!

- Amor, o que tá acontecendo? - Ouço Kevin entrar na sala e perguntar se ela estava bem

- Eu estou bem, foi só um chute ou contração, não sei dizer. - ela responde para mim e Kevin ao mesmo tempo - Caramba isso dói muito, Lilly! - A respiração dela fica ofegante e Kevin toma o celular

- Castle.. ela está começando a ter contrações, mas pode ser alarme falso, com a Jane aconteceu isso 3 vezes, pode ficar calmo, eu estou aqui com ela, qualquer coisa te ligo. 

- Tá bem, cuida dela por favor. - ele afirma e desliga.

- Pai..

- Tá tudo bem, Alexis, isso é normal. Qualquer coisa eles ligam. 

E como esperado era realmente alarme falso, passou mais uma semana depois daquele episódio, e Kate tinha ido para o distrito só para passar as coisas importantes para Gates que não pode ir no dia anterior, minha mulher decidiu que ia parar e esperar em casa, disse que ia rápido ao distrito e logo estaria em casa.  

- Kate saiu de novo? - minha mãe pergunta ao chegar na sala

- Foi passar a Delegacia para a Gates, ontem ela não pode ir, então Kate precisou dar um pulo lá. 

- Ah sim. - ela senta ao meu lado - estou tão feliz por vocês, meu filho. Katherine é uma mulher maravilhosa e agora vocês estão formando a família de vocês, eu não poderia estar mais feliz.

- Obrigado, mãe. Eu também estou muito feliz. Kate é meu sonho realizado. 

- Eu me lembro de quando vocês eram só amigos, se amavam, mas nenhum tinha coragem de falar e você falou quando a garota estava com uma bala no peito, morrendo nos seus braços.

- Mas depois eu falei e mesmo a gente brigando deu tudo certo. 

- Tirando a parte que ela foi jogada por um louco de cima de um prédio, ficou pendurada e quase cai, deu tudo certo mesmo - rimos

- Que loucura, né mãe? E hoje estamos aqui, contando os dias para a nossa filha nascer. 

- Pois é. Depois de tantos anos, um bebê nessa casa. A Kate tem muito tempo que saiu? 

- Não, mas tempo suficiente para ela já estar no distrito. 

- E Alexis? 

- No quarto da Lilly.

- Fazendo?

- Arrumando a mala para levar pro hospital que Kate pediu. 

- Não estava pronta? 

- Não. Ela só tinha arrumado a mala dela, ia arrumar hoje a da Lilly, mas precisou sair. 

- Pai, já arrumei - ela grita lá de cima -  vou tomar banho e desço para ficar com vocês! - fiquei ali com minha mãe e  10 minutos depois meu telefone toca. 

- Castle! - atendo sem olhar

- Vai nascer, Castle! - ouço Esposito gritar ao telefone

- Como assim? - falo atordoado

- Corre para o hospital, estamos levando ela. A bolsa estourou. - eles desligam

- O que foi, filho?  - olho para minha mãe sem reação e minha filha chega na sala

- Pai? Tá tudo bem?

- A neném vai nascer! - soltei e a casa virou um alvoroço, Alexis correu para pegar as malas de Lilly, eu corri para pegar a mala de Kate, e minha mãe desceu para buscar o Jim no apartamento de baixo, corremos para o hospital. 

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