Capítulo 58

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P.O.V KATE BECKETT

Acordei no dia seguinte, minha filha já tinha ido para a escola, meu marido estava na sala usando o laptop, me arrumo e vou para a cozinha, me viro para falar com Castle e ele me encarava com uma carinha engraçada, me fazendo rir. 

- Fala, amor.. 

- Não quero que vá.. 

- Nem eu queria ir, meu amor, mas preciso. É o meu trabalho. 

- Não, Kate! Seu trabalho é ser capitão, não segurança particular de marmanjo. 

- Você sabe que eu te amo, não vai acontecer nada

- Da outra vez você também falou isso e ele te beijou. 

- Tá duvidando de mim? 

- Jamais!

- Ah.. pensei que estava. - olho em volta - cadê os meninos? 

- Com a Alexis na brinquedoteca, Lilica na escola, minha mãe dormindo e você indo ver o Eric. 

- Castle!

- Tá, entendi. 

- Você vai ajudar os garotos hoje? 

- Claro, quanto mais rápido resolver, mais rápido sai de perto dele. 

- Estou indo, qualquer coisa me liga. - beijo ele 

- Não vai comer? 

- Vou levar meu café. Estou atrasada. Javier vai me matar se eu chegar lá atrasada. 

Saí de casa, o trânsito não estava colaborando, liguei e avisei meu amigo que estava presa no trânsito, mas que já estava chegando, ele resmungou, mas não tinha muito o que fazer. Liguei e avisei para ele descer que eu já estava chegando, encontrei ele na porta do prédio, como ele estava sem carro acabou levando o meu, subi direto, Eric abriu a porta para mim e sorriu. 

-Bom dia, tudo certo por aqui? - entro perguntando

- Tudo certo. - ele senta no sofá e fica mexendo no celular, abro o laptop, abro o app da câmera que tinha na brinquedoteca, sala e quarto das crianças e me sento na mesa, percebo que Eric estava ansioso, ele mexia as pernas freneticamente. - Eu achei que você e Castle não ia durar muito tempo, você parecia muito insegura naquela época - ele fala sem me olhar. 

- Eu só não sabia qual rumo nosso relacionamento estava tomando, mas nunca o deixei de amar ou duvidei do sentimento dele por mim. - respondo também sem olhar para ele. 

- Nunca pensei também que fosse o tipo de mulher que fosse ter filhos. Você sempre foi tão focada no trabalho. 

- Nunca pensei mesmo em ser mãe, essas coisas não se escolhe, elas acontecem quando tem que acontecer e foi a melhor coisa da minha vida. Só os gêmeos que foi uma surpresa. 

- Não planejou? - a voz dele estava mais perto, o que me fez olhar, ele estava sentado numa cadeira de frente para mim

- Não planejamos, Lilly só tinha 1 ano e 9 meses, perto de completar dois anos, muito novinha ainda, queria me dedicar a ela, mas ai veio os meninos, que nem sabia que eram dois. 

- Como assim? - ele pergunta me fazendo sorri ao lembrar da surpresa

- Na minha ultrassom só aparecia um bebê, o Jake, no dia de nascer, não consegui o parto normal porque tinha algo impedindo ele de passar, quando a Camila fez a cesárea e tirou o Jake, o Reece estava lá também, o tempo todo escondido atrás do irmão, era o pezinho dele que estava impedindo o Jake de nascer. Foi um susto e uma alegria em dobro. 

- Tudo em dobro, não é? 

- Na verdade, em triplo. Porque a Lilly ainda é um bebê, vai fazer 3 anos ainda. 

- Ela é sua cara. 

- Tem meu gênio também, mandona igual a mim. - ele rir, ia falar algo mas meu celular toca, era do colégio, estranhei, mas atendi.  - Beckett..  - coloquei no viva voz, porque estava trabalhando. 

- Mamãe.. - a voz manhosa da minha filha saiu daquele auto falante 

- Lilly, o que houve, filha?

- Vem me buscar, pufavô..

- Filha, você tem que assistir aula.. 

- Mas minha rabiga ta doendo. Espera.. 

- Srta Beckett, aqui é a Suzy, a diretora.. 

- Oi Suzy, o que a Lilly tem? 

- Ela vomitou na sala, está um pouco febril e tem reclamado de dor na barriga. Tem alguém que possa buscá-la? 

- Vou ligar para meu marido, vou pedi ele ou Alexis para buscá-la. - ela afirma e minha filha volta para o telefone

- Mamãe, quero ficar com você.. 

- Vou pedir o papai para te buscar ai, amor. 

- Posso ficar com você? 

- Mamãe está trabalhando.. - ela começa a chorar, olho pro Eric desesperada e ele fala baixo para trazer ela pro hotel. - Lilly.. - chamo, mas ela continua chorando - Filha, a mamãe vai trazer você, não precisa chorar.  - ela funga e nos despedimos - Desculpa por isso. 

- Que isso.. Quer ir buscá-la? 

- Não, vou ligar pro Castle. - pego o celular e ligo, coloco no viva voz novamente

- Castle.. - ele atende

- Amor.. 

- Kate? Aconteceu alguma coisa? está bem? 

- Calma, eu estou bem. Mas a escola ligou, Lilly está passando mal e quer vim ficar comigo, pode ir buscá-la pra mim? 

- O que ela tem? 

- Febre e dor na barriga. 

- Amor, vou ver se a Lexis tá lá perto, eu estou do outro lado da cidade com os meninos, vou demorar umas duas horas para chegar lá, se o trânsito estiver bom.

- Tá bom, pede pra trazer ela pra mim.

- Ela não vai te atrapalhar? 

- Não, está tranquilo por aqui. 

- Certo, já te ligo. - Ele desliga, passou 20 minutos e ele retorna - Amor, Hailey e Alexis estão indo buscá-la, vão deixar ai como você pediu. 

- Obrigada amor.

- Me dê noticias dela. 

- Tá bom. - desligamos

- Ele voltou para o distrito? 

- As vezes ele ajuda, mas não é sempre. 

- E os gêmeos ficam com quem? 

- Com a minha sogra ou meu pai. Alexis quando não tem trabalho também fica com os três. 

- Gosta de ser mãe?

- Amo. 

Encerrei a conversa, tinha que trabalhar o máximo que conseguisse antes da Lilica chegar, o telefone toca e Eric atende, pelo que ouvi era da recepção, ele me avisa que as meninas estavam subindo com minha filha. Ele abre a porta e elas entram, Hailey com a mochila e lancheira da pequena e Alexis com a irmã no colo. 

- Mãe, ela está queimando em febre. 

- Tem certeza que não quer que levamos ela no médico? - Hailey pergunta colocando a mochila de carrinho com a lancheira ao meu lado no chão. 

- Tenho, vou dar um remédio a ela, dar um banho, se não abaixar ai eu levo.

- Certeza? - Alexis pergunta preocupada

- Tenho, meu amor. Qualquer coisa ligo pra vocês. 

- Tá, estamos aqui perto, vamos resolver umas coisas do escritório do papai. 

- Tá bom, cuidado vocês duas. 

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