Always

Capítulo 52

P.O.V KATE BECKETT

Cheguei no distrito, entrei para minha sala, coloquei minha bolsa no armário e deitei no sofá, eu estava fazendo 5 meses hoje, estava cansada, com dores nas costas, os pés inchados, Esposito e Ryan ainda não tinha chegado, Lenie também não, acabei pegando no sono, despertei com o barulho da minha porta se fechando, era o Kevin, me sento, espero alguns minutos e vou atrás  deles. 

- Porque não fica em casa? - Esposito me pergunta assim que me vê

- Porque eu preciso trabalhar, tenho dois filhos para sustentar agora. - falo brincando

- Seu marido é milionário, então seus filhos também são. - Ryan rebate

- E você também. - Esposito completa

- Não vou ficar em casa, tenho responsabilidades aqui, garotos. Então, o que temos hoje?

- Por enquanto, nada. Tá tranquilo até agora.  

- Vou para minha sala, então, qualquer novidade, me avisem!

Os dias iam se passando nessa correria e loucura da delegacia de homicídios, minha rotina estava sendo uma correria, 6° mês chegou com tudo, cansaço, dores nas costas, a sensação que eu tinha era que o Jake Warren estava pesando mais de 5 quilos na minha barriga, fiz a ultra do mês, nosso pequeno estava bem e saudável e de acordo a minha médica, ele não pesava isso tudo.

O sétimo mês, piorou num grau surreal, eu ia trabalhar e mal me levantava porque o peso da barriga estava insustentável, um dia o Esposito me abraçou e suspendeu a minha barriga por um tempo apoiando ela nas suas mãos, foi o único momento em que eu senti um alivio daquele peso todo em minhas costas. Então fiz questão de ensinar isso ao meu marido, que sempre estava apoiando o peso nas mãos dele para me dar um descanso rápido.

Oitavo mês, Alexis não queria me deixar sair de casa, aliás, Castle, Martha e meu pai também não, era final de ano, nossa casa estava sendo ornamentada para o natal, que Castle insiste em manter a tradição pela Lilly e agora pelo Jake também, mas diferente da gestação da Lilica, eu parei de trabalhar no inicio do oitavo mês, deixando novamente a Gates no meu lugar. Minha família estava na correria para agilizar tudo antes da chegada do bebê, então, estava sozinha em casa, claro que meu pai estava no apartamento dele, ou teria alguém comigo em casa, mas eu estava entediada, resolvi ir ao centro de NYC comprar coisas para o Jake e depois ia buscar a Lilica no colégio, ela estava fazendo aulas de natação no turno da tarde. Faltava 4 dias para entrar no nono e tão esperado mês, a minha médica sempre recomendava repouso, mas era algo que eu não conseguia mais fazer, estava entediada. As vezes nem deixava Lilly ir ao colégio só para ter alguém comigo fazendo algo diferente em casa, sai de casa sem avisar o meu pai, porque ele não ia deixar ou ia querer ir junto e eu sei que ele está trabalhando de casa, pararia as coisas dele para me acompanhar, cheguei ao meu destino e fui entrando de loja em loja comprando as coisas que faltavam do Jake.

Como a Martha e Castle ficaram responsáveis pelos móveis do bebê, eu fiquei com as roupas e enxoval junto com Alexis, a uns dias atrás o Castle me inventou que queria mudar de casa, até porque nossa família cresceu muito, e no loft não tinha nem quarto individual pro bebê, ele ficaria no nosso quarto, então em comum acordo resolvemos comprar uma casa nova, Martha ia ficar com o loft, queríamos que ela fosse conosco, mas decidiu que nós precisamos ter nossa privacidade com nossos filhos e que ela ficaria indo para nossa casa nova todos os dias para nos ajudar com as crianças, Alexis por enquanto ainda estava morando conosco, mas era questão de tempo, até ela arrumar um namorado, casar e ter o canto dela, afinal, ela já estava com 25 anos. Depois que terminei de comprar as coisas, fui para casa, mas pra meu azar o elevador tinha dado defeito e o pessoal da manutenção estava tentando arrumar, resolvi subir de escada mesmo, não iria ficar esperando arrumarem o bendito elevador.
Mas meu senso de gravidade estava zero nesses últimos dias, acabei pisando em falso e caí, desci rolando na escada, por menor que ela fosse, eu ja estava grávida de quase 9 meses, eu não poderia ter caído. Para minha sorte, uma moça do 3 andar teve a mesma ideia que eu de vim pelas escadas e acabou me ajudando, peço que ligue pra meu marido, mas ele não atende, meu pai também não, Martha estava no teatro e sempre desliga o celular, ela me ajuda a sentar e vai para a porta da rua, chama uma viatura que passava no local.

- Capitã, Beckett? - ele me cumprimenta - Está tudo bem? 

- Ela se desequilibrou na escada e caiu, precisa ir ao hospital urgente. - a moça fala

- Capitã, precisa ir ao hospital? - ele me pergunta só para ter certeza, eu ia negar, quando sinto um líquido quente descer entre minhas pernas, olho para eles assustada e afirmo.

- Acho que sim.. - falo

- Precisa sim. - a mulher afirma - ela tá grávida, essa queda pode trazer consequências sérias e ela está em trabalho de parto - olho assustada para ela. - Desculpa, é que sou médica. Eu te acompanho. 

Entramos na viatura, peço para o porteiro guardar as coisas no meu apartamento e no caminho ia ligando para todo mundo, mas sem sucesso, nem o Castle atendia, logo ele que não tirava o olho do celular, dei o número do meu marido para a médica que me ajudou e entramos no hospital, Camila assim que me vê corre para me levar para fazer a ultrassom. 

P.O.V CASTLE

Terminei de fazer as coisas, passei na escola, peguei a Lilly na aula de natação e fui rápido para casa, meu celular tinha descarregado, se Kate precisasse de mim, não conseguiria falar comigo, então corri, chegando em casa, estranhei o porteiro não está na portaria, quando entrei em casa estava um completo silêncio, achei que ela tivesse ido para o loft do pai dela, quando cheguei lá com a Lilly e perguntei, ele nem sabia que a filha havia saído de casa. Coloquei meu telefone no carregador, Jim finalmente conseguiu ligar para ela, mas não atendia, liguei meu celular e ele tocou, era um número estranho, mas atendi. 

- Senhor Castle? - a voz de uma mulher que eu não sabia quem era

- É ele..

- Desculpa te ligar assim, é que eu ajudei a sua esposa, a Kate, e como ela não conseguia te ligar... 

- O que aconteceu? Ela está bem? - pergunto já apavorado, Kate não daria meu número assim a uma estranha

-  O elevador do prédio estava em manutenção hoje de manhã, ela estava subindo pelas escadas e acabou se desequilibrando e caiu, chamei uma viatura da policia que passava na rua na hora pra ajudar, mas ela começou a sentir dores, a bolsa estourou e eu a trouxe para o hospital, ela já está com a Camila. Kate pediu para que eu tentasse entrar em contato com você. 

- Estou indo agora.  - desligo

Conto ao Jim, pegamos Lilly e fomos para o hospital, chegando lá, agradeço a moça que socorreu minha mulher e vou para a maternidade, onde Kate estava fazendo uma bateria de exames, aproveito que tinha que ficar aguardando e mando mensagem avisando Alexis e minha mãe, Lenie e os garotos. 

- Castle.. - Camila aparece, me levanto, Jim fica sentado porque Lilly dormia no colo dele - Kate está em trabalho de parto, o susto e a queda que ela levou acelerou o processo. 

- Mas ainda faltam 4 dias pra ela chegar no nono mês, Camila..- falo assustado

- Eu sei, mas fiz uma ultra e o bebê ta bem encaixado, já na posição, ela está com dilatação suficiente, seu filho já está pronto e forte pra nascer, Castle, não faria o parto se não fosse a hora.

- Tudo bem. - suspiro

- Vou prepará-la, daqui a pouco uma enfermeira vem te buscar.  - Ela fala e sai me deixando com minha filha e meu sogro.