Capítulo 74

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P.O.V MARTHA RODGERS

Assim que Castle saiu de casa com a Kate, Jim e eu voltamos para dentro de casa, fomos para o quarto do Jake, as vozes estavam vindo de lá.

- Oi, tá tudo bem por aqui? - Pergunto

- Está vovó, eles já foram? - Alexis pergunta e afirmo.

- Já, vou arrumar a mala da Kate, você pode arrumar a da neném, Alexis?

- Vai, Alexis, eu fico aqui ajudando o David até você voltar. - Jim fala e entra no quarto, Alexis vai para o quarto da bebê e eu pro quarto do casal.

Arrumamos as coisas, conversei com as crianças explicando ou tentei explicar o que estava acontecendo e saí em seguida com o Jim para o hospital.

P.O.V CASTLE

Cheguei no hospital, entrei com Kate gritando de dor, ela senta na cadeira e pede que eu corra com a ficha, logo uma enfermeira aparece e a coloca numa maca.

- Eu estou com falta de ar, Camila..

- Camila, isso é normal? - pergunto assustado porque em nenhuma das outras gestações ela se queixou de falta de ar.

- Sim, super normal, a ansiedade e o nervosismo causam isso. Castle, quer ver sua filha nascer?

- Claro.

Entramos para o centro cirúrgico e dos três partos, esse superou na demora e no sofrimento, quando os gêmeos nasceram, assim que a obstetra viu que algo estava errado, ela logo fez a cesária evitando um sofrimento, mas agora Kate já estava em trabalho de parto, estava fazendo uma força fora do normal para trazer nossa filha ao mundo e ver a minha esposa daquela forma estava me assustando demais. Eu estava com medo, ela ainda estava no oitavo mês e a bebê resolve nascer assim do nada, algo estava errado.

Depois de muita luta nossa filha nasce, o médico que estava de plantão e ajudou Camila com o parto logo entregou ela para a enfermeira, mandando encontrar a pediatra com urgência, nossa filha não chorou, aquilo me deixou em alerta, Kate começou a interrogar perguntando cadê a nossa filha, o porque que ainda não haviam colocado ela em cima dela e nem estava ouvindo o choro.

- Kate, não posso entrar em detalhes porque não é a minha área, a pediatra vem conversar com vocês em breve, mas a filha de vocês nasceu prematura.. - Camila fala visivelmente preocupada

- Mas já vi bebês nascerem de 7 meses... - Kate questiona

- Não me pergunte o porque, eu não sei te explicar, mas bebês que nascem de oito meses tem mais problemas do que os de sete. - a pediatra entra.

- Kate, sua bebê está na incubadora, os pulmões dela ainda não estão 100% formados, infelizmente ela vai ficar um tempo aqui, até estar com os pulmões completamente formados e poder receber alta. - Ela começa a chorar e aperta forte a minha mão

- E você, vai ficar uns dias de observação, passou por um parto muito complicado, vai precisar de muito repouso.

Ela nem reclamou de ficar no hospital, nossa filha ficaria, ela não ia sair daqui sem ela, as enfermeiras levaram minha esposa para tomar um banho, esperei por ela e a levei para o berçário para ver nossa bebê pelo menos pelo vidro, mandei mensagem pedindo a minha mãe para nos encontrar lá, assim que chegamos, ela se assusta ao ver Kate chorando.

- O que houve? - minha mãe pergunta

- Filha, fala pra a gente.. Castle? - Jim se direciona pra mim.

- Nossa filha não estava pronta pra nascer, os pulmões ainda não estão formados, vai precisar ficar na incubadora um tempo. - falo e abraço minha mulher que estava de frente ao vidro olhando nossa filha, a mão de Kate estava no vidro e ela chorava muito.

- Eu nem pude pegar a minha filha no colo.

- Oh Querida, logo logo a Celine vai estar com a gente em casa. - Minha mãe fala e sorri ao ver a nossa cara com a revelação do nome.

- Minha Celine - Kate fala - a mamãe esta aqui com você, meu amor, nós vamos para casa juntinhas.

- Vamos pra o quarto, amor, você não pode ficar em pé e nem andando demais, acabou de ter neném e não foi nada fácil. Precisa descansar.

- A Celine esta sendo bem cuidada, filha, vamos para seu quarto descansar.

Jim fala, abraça a filha e sai na frente com ela, Kate deita na cama, fala que está cansada, vira pra a parede e se cobre. Ali percebi que a minha esposa só voltaria a sorrir quando a Celine recebesse alta. Aproveitei que ela acabou dormindo, pedi à minha mãe e Jim que ficasse com ela, eu iria em casa ver as crianças e tomar um banho, pegar algumas roupas, ao chegar em casa fui bombardeado de perguntas.

- Papai, cade a mamãe? - Lilly pergunta

- É papai, cadê ela e a nossa irmã? - Reece pergunta

- Meus amores, a Celine não estava pronta pra nascer ainda, então os pulmões dela ainda não estavam formados, ela vai precisar ficar no hospital até os pulmõezinhos dela trabalharem sozinhos e ela conseguir respirar direitinho fora da incubadora.

- O que é incubadora? - Jake pergunta

- É uma caixinha que ajuda os bebês que nascem antes da hora a sobreviver, como se fosse dentro da barriga da mamãe, mas do lado de fora.

- A vovó falou o nome.. - Alexis fala emocionada.

- Falou.

- E a mamãe vem quando pra casa? - Alexis pergunta

- Ainda não sabemos, Alexis, o parto não foi fácil, Kate sentiu falta de ar, foi uma loucura.

- Mas ela está bem?

- Graças a Deus, sim. Mas vai precisar ficar uns dias no hospital. - olho pro David que prestava atenção em nós - fica com eles enquanto falo com Alexis? - pergunto e ele afirma, saio com minha filha e vamos pro escritório.

- O que foi, Pai?

- Não quero falar na frente das crianças, eu estou preocupado com a Kate, essa situação da Celine pegou ela de surpresa, a todos nós, mas ela por ser mãe, esperava sair de lá com a Celine, e pelo visto ela vai receber alta primeiro.

- Acha que ela não vai querer sair de lá?

- Eu estou com medo de uma depressão pós parto, filha.

- Porque ta com medo disso?

- Ela entrou no quarto, deitou virada para a parede, se cobriu e não falou mais nada. Só ouvimos ela chorar até dormir. Foi quando pedi que Jim e sua vó ficasse com ela pra eu vim aqui falar com vocês.

- É uma situação complicada, o problema não vai ser enquanto ela está lá, porque sabe que tá perto da Nine, o problema vai ser depois que ela estiver aqui em casa, vamos precisar ficar atenta a ela, pai.

- Vamos sim e conversar com seus irmãos pra não ficar perturbando o juízo dela, ela vai precisar de paz.

- Acho que a perturbação das crianças pode ajudar ela a mudar o foco um pouco, pode ajudar ela a não entrar numa depressão.

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