Capítulo 38

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P.O.V KATE BECKETT

O caso que pegamos era extremamente complicado, Lenie acabou trazendo minha filha antes do que ela queria, porque foi surgindo trabalho em cima de trabalho, toda hora um policial diferente pegava ela na minha sala para brincar, como capitã, era para eu reclamar por estarem se distraindo, mas como mãe, estavam me ajudando com ela, estava ocupada com umas papeladas enquanto os meninos interrogavam o suspeito, quando meu marido entra na minha sala. 

- Com licença, capitã - ele fala me assustando

- Castle? Tá fazendo o que aqui? Não deveria está numa reunião? 

- Sim, mas a Gina remarcou para o almoço, ai vim buscar a Lilica para ir comigo, bom que almoço com ela e você pode trabalhar. Cadê ela? 

- Tá na sala de descanso com a Tory. 

- Posso levá-la? 

- Claro, mas ela não vai atrapalhar vocês na reunião, não? 

- Não. - Ele me beija, pega as coisas de nossa filha e vai buscá-la, pelo vidro vejo ele entrando no elevador com ela.  

P.O.V CASTLE

Assim que Gina avisou que estava remarcando porque teve um imprevisto, me ajeitei, peguei a chave do carro e fui para o distrito buscar minha filha, falei com minha esposa e sai direto para o restaurante, chegando lá colocaram na mesa uma cadeira alta apropriada para bebês, sentei minha pequena e fiz o pedido do almoço dela, eu não sabia se Gina se atrasaria ou não e minha filha tem horário para comer, não ia deixá-la com fome só para esperar a Gina. Quando ela chegou no restaurante e viu a minha filha fechou a cara, encarei ela tentando entender aquela reação.

- Algum problema? - pergunto

- O que essa criança está fazendo aqui? - olho sério para ela

- Isso é jeito de falar da minha filha? 

- Richard, isso é um almoço de negócios, não dá para ficar trazendo sua filha com a policial para cá, isso nem é lugar de criança. 

- A mãe dela tem nome, Gina! É Katherine, Kate ou Beckett, fique a vontade para escolher, mas não se refira a minha esposa da forma que se referiu agora. 

- Como eu me referi, Castle? 

- Com desdém. Eu não vou aceitar isso! 

- Eu só falei que ela é policial, é o trabalho dela, não é? Desde quando isso é ofensa? 

- Desde quando você usa esse tom sarcástico para se referir a ela. 

- Papai - minha filha me chama já fazendo biquinho de choro por causa da discursão, ela não estava acostumada com brigas, nunca brigamos na frente dela ou perto. 

- Oi filha, vem aqui - pego ela da cadeirinha e a deito em meu colo. 

- Viu? Já está atrapalhando. 

- Se você parasse de falar alto, ela não estaria assustada. 

- Agora a culpa é minha?

- Quem está reclamando e falando alto aqui?

- Como se vocês não brigassem. 

- Brigamos, como todo casal, mas nunca na frente dela, ela nunca presenciou se quer uma briga e agora você está assustando ela com esse tom de voz. - ela se cala e fica encarando minha filha deitada em meus braços, abro a bolsinha dela e tiro a chupeta, entrego a ela que coloca na boquinha e começa a fechar os olhinhos lentamente - agora abaixe seu tom de voz e vamos começar essa reunião, ela está dormindo. 

Depois de uma longa conversa acertando os últimos detalhes do lançamento do livro a reunião finalmente acabou e Lilly acorda, pagamos a conta e saímos do restaurante, o carro dela estava ao lado do meu no estacionamento, destravo as portas, coloco minha filha na cadeirinha dela, fecho a porta e dou a volta para entrar no banco do motorista, quando Gina resolve me fazer mais perguntas.

- Porque não teve filhos comigo, Rick? Você teve a Alexis com a Meredith, tem ela com a Beckett, porque não teve comigo? 

- An? Porque isso agora? Você mesma deixava claro suas prioridades, Gina. Seu trabalho sempre esteve em primeiro em tudo.

- Vai me dizer que com a Beckett não é assim? Eu lembro muito bem como ela é focada no trabalho. 

- E continua sendo, mas hoje a nossa filha é prioridade. 

- Duvido que ela largaria uma investigação, só porque a bebê tá chorando. - ela fala e eu pego o telefone ligando na hora para Kate - Tá fazendo o que? 

- Te provando que você não nasceu para ser mãe e por isso não tivemos filhos. - o telefone estava tocando e ela atendeu no 4 toque. 

- Amor? Aconteceu alguma coisa? Você e Lilly estão bem? - Kate dispara assim que atende 

- Oi amor, estamos bem. Está ocupada? 

- Estou na rua com o Ryan, temos um caso novo, porque? Precisa de mim? Quer que eu vá para casa? Tá tudo bem mesmo? 

- Não minha linda, tá tudo bem, só queria saber onde estava, já estamos indo pra casa.

- Ah sim, se precisar de qualquer coisa me liga, que vou para casa.  

- Mas e o caso? 

- Os meninos resolvem, os treinei bem!  - rimos

- Então tá. Beijos, te amo!

- Também te amo. - ela fala e desliga

- Viu a diferença? E ela não é assim só com a Lilly não, é com a.. - meu celular toca novamente e era Kate, estranhei, peço licença e atendo no viva voz - Oi amor..

- Amor, Alexis está indo para o distrito, vai para casa comigo, pediu para te avisar porque ela ficou sem bateria, vou levá-la pra comer alguma coisa antes, provável que chegaremos mais tarde, se precisar me liga.

- Tá bom, cuidado vocês duas -  ela sorri e desliga - Como eu ia dizendo, o cuidado dela é com a Alexis também, coisa que você só fez isso depois de anos quando a minha filha já estava com 15 anos. 

- Já entendi. 

Ela fecha a cara e entra no carro, saindo cantando pneu pelo estacionamento, entro no carro e vou direto para casa, Lilly estava assistindo um desenho no monitor do carro que tinha atrás do banco do passageiro que colocamos especificamente para ela. 

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