Eu nao fiz isso

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POV RAFA

O jantar na casa da minha mãe foi uma espécie de conforto pra mim,  mesmo vendo meu irmão em uma cadeira de rodas e sem conseguir falar direito, eu estava feliz por ter ele ali com vida. Pude curtir um pouquinho o meu sobrinho e logo imaginei minha filha no meio de nós.

No fim da noite quando nos despedimos, Gizelly e eu partimos pra casa, ela alegou estar cansada, mas eu estava com saudades dela e queria muito ter ela naquela noite. No trajeto conversamos um pouco sobre o trabalho dela e deu pra notar que ela está empenhada na nova companha ver ela crescendo profissionalmente em enchia de orgulho.

-Sabe o que eu estava pensando? – Quebrei o nosso silêncio e aproveitei pra abaixar o som do carro.

-Em que? – Gizelly desviou o olhar do trânsito e me olhou brevemente.

-Você tem vontade de se casar? – Perguntei de supetão.

-Casar? – Gizelly sorriu e me olhou de novo. – Nunca pensei a respeito, nunca tive referência sobre casamento.

-Entendi. – Me virei pra janela me lembrando brevemente do meu noivado com o José.

-Você pensa sobre isso? – Foi a vez dela perguntar.

-Tenho pensado cada vez mais, sempre sonhei em casar na igreja, com toda a minha família presente, um vestido longo e alguém que me amasse de verdade me esperando no altar. – Acariciei a coxa dela.

-Só não podemos casar na igreja. – Gizelly brincou e eu acabei rindo também. – Mas eu também nunca fui religiosa, vou à missa, pois dona Madah me obriga.

-Acho que nunca fui religiosa, não me encontrei ainda. – Era verdade, sempre busquei conhecer todas religiões. – Não precisamos casar na igreja, e nem precisa ser algo religioso também, só preciso que seja você!

-Isso é um pedido de casamento, Rafa Kalimann? – Gizelly estacionou na nossa vaga.

-Ainda não Gizelly Bicalho, ainda não. – Deixei um selinho rápido em seu lábio e descemos do carro.

Subimos até nosso apartamento de mãos dadas, acabamos mudando de assunto, ela me avisou que amanhã cedo iria visitar a avó e novamente confessou estar sentindo falta da mãe, mas que não estava pronta pra perdoar minha sogra.

-Vai tomar banho? – Gizelly perguntou assim que entramos em casa.

-Sim, vem comigo? – Pedi manhosa, fazendo bico.

-Vai ser só banho, eu tô cansada. –Ela me puxou pela mão e abraçou minha cintura.

-Só banho?  Nem um beijinho? – Passei os braços pelos seus ombros.

-Só um beijinho. – Não esperei mais nada e mergulhei meus lábios nos dela.

[...]

Não preciso dizer que nosso banho demorou mais do que deveria, Gizelly e eu passamos mais tempo nos beijando do que tomando banho de fato, mas eu não estava satisfeita, eu queria ela.

-Eu falei que seria só um beijinho? – Gizelly tentava se desvencilhar das minhas mãos ágeis.

-Eu só quero mais alguns beijos antes de dormir. – Me virei, alcançando seu pescoço desnudo.

Avancei sobre ela sem dar tempo dela protestar, hoje eu seria impulsiva, apenas quero sentir Gizelly dentro de mim. Abracei seu pescoço e a beijei profundamente, Gizelly não perdeu tempo, me segurou pela cintura, deixando sua toalha cair

Gizelly retribuía o beijo com intensidade, só nos desgrudamos quando o ar nos faltou. Eu pensei que seria apenas um beijo, mas ela me empurrou e veio pra cima com mais fome, sua língua entrou em minha boca de forma violenta. Sua mão prendeu em minha nuca e as minhas mãos correram livre para a sua cintura. Nossas bocas se moviam de forma rebelde, fomos andando e encontramos a cama. Eu estava com o corpo sobre o dela, pois assim era mais confortável pra minha barriga. Seus toques me faziam perder meus sentidos, sua boca descia pelo meu pescoço com pressa, sua língua deslizava pelo meu colo e sentia seus dentes cravar em minha pele. Deixei um gemido escapar dos meus lábios e o sorriso dela foi de pura malícia. Gizelly tinha um olhar de desejo que chegava a arder minha pele, mas ao mesmo tempo dava pra notar devoção em seus olhos. Sua boca explorava meu corpo, minhas mãos estavam presas em seu cabelo e eu me segurava pra não fazer força e machucá-la, mas estava difícil me concentrar com uma língua brincando com mamilo enrijecido.

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