O que temos pra hoje?

606 81 37
                                    


POV RAFA

Gizelly saiu da minha sala sob o olhar curioso de Manoella, assim que ela fechou a porta minha amiga me olhou sorridente.

-Que gata, amiga. – Sorri e ela se sentou. – Mas tem uma cara de brava.

-Ela é marrenta. – Encarei Manu, mordendo o lábio inferior. – E você não sabe a maior! Ela é a garota da academia.

-O que? – Manu arregalou os olhos, – Como assim, a que tem um...

-Sim, ela mesmo. – Confirmei e ela continuava perplexa.

-Como você trouxe ela pra cá? –  Ela se acomodou melhor na cadeira antes que eu respondesse.

-Foi coincidência, eu nem sabia que ela cursava publicidade, quando cheguei aqui descobri que ela seria a minha estagiária. — Respondi mordendo a ponta da caneta. — Louco isso, né?

-Por que eu tenho a impressão que você está bem animada com isso? – Neguei com a cabeça e um sorriso divertido brotou em meus lábios.

-Você sabe que eu não tenho cabeça pra isso. – Suspirei lembrando de tudo que havia me acontecido em Chicago. – Tá recente demais.

-Amiga, você precisa seguir em frente. – Manu me deu as mãos sobre a mesa. – Eu sei que não deve ser nada fácil, mas agora você tá aqui, respirando novos ares, conhecendo novas pessoas. Não estou dizendo pra você ter dois filhos e casar, mas se permita, não deixe que aquele idiota faça você ter medo de amar novamente.

-Por que você tem que ser tão sensata? – Falei emocionada com suas palavras e ela sorriu.

-Eu sei das coisas. – Manu disse convencida. — Mas agora me conta mais da sua estagiária.

Ficamos batendo papo até resolvermos ir pra casa da minha mãe, haveria um jantar por lá, e mesmo não gostando da ideia de jantar com Ivy, Manu aceitou me acompanhar até lá. Fomos recebidas pela minha mãe, e só faltava meu irmão chegar com a noiva.

-Não acredito que você vai me fazer jantar com a Ivy. – Manu revirou os olhos, enquanto tomávamos vinho na sala.

-O que você tem contra ela, ein? – Apertei os olhos curiosa.

-Eu não tenho nada contra ela, só não gosto. – Ela deu os ombros e, no mesmo momento, Renato chegou com Ivy a tiracolo.

-Oi famila. – Meu irmão disse sorridente. - Oi Manu, quanto tempo.

-Oi Renato. – Nos levantamos para cumprimenta-los. – Oi Ivy.

-Oi Gavassi. – Ambas apenas se cumprimentaram de longe e Ivy se aproximou com os braços abertos pra mim.. – Oi cunhadinha, que bom te ver aqui, nem nos vimos na empresa hoje.

-Oi Ivy. – Cumprementei ela e logo fui abraçar meu irmão. – Oi Tato.

-Que bom que chegaram, vamos jantar. – Minha mãe apareceu na sala chamando a gente pra jantar.

-Oi sogrinha. – Ivy deu um beijo na bochecha da sua mãe e saiu abraçada à ela.

Seguimos para a sala de jantar e Manu não conseguia muito controlar o descontentamento em ter minha cunhada ali, mas eu conheço a minha amiga e sei que quando ela não gosta de alguém, não adianta forçar, foi exatamente assim quando ela conheceu o José.

Mas apesar disso, o jantar correu tranquilo, conversávamos sobre tudo, mas assuntos leves, minha família sabia que eu não gosto de falar sobre o meu passado recente, principalmente na frente de pessoas que não são da família. Saboreavamos um risoto meditarreneo, delicioso que Kelly fez, e acompanhamos com um vinho tinto. Ivy falava sem parar sobre casamento e minha mãe dava corda pra nora. Tato só sabia rir do jeito espevitado da noiva, enquanto Manu tinha cara de paisagem.

Dancing with the devil Onde histórias criam vida. Descubra agora