Gizelly, precisamos conversar!

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POV GIZELLY

No domingo de manhã Rafa me deixou em casa antes de seguir para a casa da mãe dela, ela até queria que eu fosse almoçar com eles, mas não me sentia confortável com isso ainda, principalmente por saber que posso encontrar Ivy e Renato por lá. Acho melhor evitar certas coisas.

Por falar em Ivy, acabei de me dar conta que o sentimento que eu tinha por ela era apenas uma carência, era a vontade de ter alguém comigo. Ivy nunca gostou de mim como eu gostei dela, ela só queria me usar, era só sexo pra ela. Parei pra pensar e como é diferente com Rafa, ela faz questão da minha presença, faz de tudo pra me ver bem e me deixar confortável, sem contar que ela é linda, carinhosa, carismática e nos damos muito bem juntas. Suspirei com meus pensamentos e subi pro meu quarto. Minha mãe e minha avó provavelmente estariam na missa e logo chegariam. Aproveitei pra tomar um banho e trocar de roupa. Como já havia tomado café com Rafa, desci pra mesa da cozinha pra continuar meu trabalho de conclusão de curso.

Mal abri o computador e vi minha mãe e minha avó passando pela porta, as duas conversavam sobre algo e pararam assim que me viram.

-Oi mãe, oi vó. – Me levantei e minha vó estendeu os braços pra me abraçar. – Como foi a missa?

-Oi meu amor. – Nos beijamos no rosto e minha mãe tinha um olhar duro em minha direção.

-Lembrou que tem casa, Gizelly?– Ela nem ao menos retribuiu meu comprimento. – O que eu já lhe disse sobre dormir fora de casa?

-Mãe, eu avisei que estava com a Rafa. – Justifiquei me afastando do abraço da minha vó. — Ficou tarde pra voltar.

-Não me interessa com quem estava, eu já disse que não quero você passando a noite fora de casa. – Ela passou por mim colocando as sacolas sobre a mesa da cozinha.

-Mãe, eu já tenho vinte e quatro anos, pelo amor de Deus. – Me sentei novamente. – Qual o problema nisso? Não estava com ninguém estranho, nem em festas.

-Não me interessa, enquanto você estiver na minha casa, tem que seguir as minhas regras. – Fechei a cara, pois odeio quando ela joga isso na minha cara.

-Se quiser que eu saia, eu saio. – Falei ríspida e juntando minhas coisas em cima da mesa. – Não precisa jogar na minha cara.

-Gente, se acalme. — Minha vó interveio, tentando evitar discussões maiores. – Márcia, para com isso. Gi, fica calma meu amor.

-Não mãe, Gizelly tem que criar juízo, passou praticamente o final de semana fora, podia estar em casa estudando, eu me mato de trabalhar pra ela estudar, mas parece que nem isso ela leva a sério. — Suas palavras era grosseiras.

-Não levo a sério? Você está se ouvindo, mãe. – Senti a raiva inflar no meu peito. – E você se mata de trabalhar, pois não deixa te ajudar. E pode deixar que eu vou te pagar cada centavo que você gastou todos esses anos.

-Eu não estou falando sobre dinheiro, eu estou falando sobre você se distrair com coisas que vão te atrapalhar no futuro. — Ela continuava, mas agora sem me olhar. — Esse seu envolvimento com Rafaella, não passa de distração.

-Rafaella não é uma distração, fique sabendo. – Me apressei em dizer.

-Gizelly, em que mundo você vive? Não vê que essa garota só quer brincar com você? – Minha mãe passou a mão passou a mão pelos cabelos. – Pessoas como ela não levam pessoas como nós a sério, não caia nessa.

-Eu não vou deixar você falar da Rafa, você não a conhece. – Por fim ela me olhou e a encarei de igual pra igual. – A gente está se curtindo mãe, e nada impede de dar certo, quer você queira ou não

Dancing with the devil Onde histórias criam vida. Descubra agora