Sua empresa?

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POV IVY

-Bianca, na minha sala agora. – Sai da sala de reuniões tentando entender o que estava acontecendo.

Os presentes ali nos acompanharam com alguns olhares, mas não me importei, preciso colocar meu pensamentos em ordens e entender que estava acontecendo.

-Ivy, ela comprou mesmo as ações. – Bianca disse assim que entramos na minha sala. – Ela fez o que você pediu, você acha que ela está falando a verdade?

-Eu ainda não confio. – Andei de um lado para o outro. – Gizelly me odiava até uns dias atrás e agora isso? E se isso tudo fizer parte de um plano?

-Você acha que ela vai te dar as ações? – Bianca róia as unhas. – Se ela te der, você fica sendo a maior acionista, e já é a presidente.

-E aí eu posso chutar o Renato daqui. – Um sorriso arriscava em abrir no meu rosto. – Mas eu ainda não confio nisso, Gizelly não me convence.

-Você sabe que ela andou visitando a Rafa aqui, né? – Franzi o cenho. – Sim, ela veio ver a Rafa.

-Como você sabe disso? E quando foi isso?

-Tem uns dias, eu precisei chegar cedo pra terminar um relatório, mas antes eu precisava passar na sala da Rafaella, porém aquela insossa da Dani não me deixou passar e quando eu estava de saída, ouvi gritos alterados. Rafaella e Gizelly tiveram uma discussão acalorada.

-O que elas diziam? – Minha curiosidade estava me matando.

-Não consegui entender, a Dani estava lá e eu não poderia ficar ouvindo, né? – Bufei irritada. – Isso é ruim ou bom?

-Eu não sei, Bia. – Passei as mãos pelos cabelos. – Gizelly tá diferente, mas ainda sim não sei se isso é um plano pra tentar me fazer pagar por ter colocado ela na cadeia.

-Ela tá diferente mesmo, o sorriso de deboche durante a reunião me deixou bastante intrigada. – Tive que concordar com Bia. – Se for uma armação, você acha que Tereza está envolvida nisso?

-Eu não sei, preciso descobrir. – Antes de continuar, ouvimos batidas na porta.

-Senhora Ivy, a Senhora Tereza gostaria de vê-la. – Franzi o cenho e pedi pra Dani permitir a entrada dela e pedi que Bianca me desse licença.

-Serei breve, Ivy. – Pedi que ela se sentasse, mas Tereza se recusou. – Vou direto ao ponto, eu não faço ideia do motivo de Gizelly me pedir pra comprar as ações, não entendo o motivo dela querer vir pra cá depois de tudo o que aconteceu e eu peço a Deus que isso não seja nenhum plano idiota pra se vingar de você.

-Não estou entendendo essa conversa. – A mulher à minha frente parecia abatida, muito diferente das vezes que já a encontrei.

-Eu só comprei essas ações, pois sinto que devo algo a Gizelly, mas não concordo com isso, de forma alguma. – Ela relaxou os ombros. – Eu não confio em você, Ivy!

-Não precisa me ofender. – Tentei não levar pro pessoal.

-Gizelly te procurou, eu sei disso. – E podia ver uma certa decepção em seu olhar. – O que você disse a ela?

-Tereza, não sei onde você quer chegar com essa conversa, mas preciso te dizer que eu não sei nada sobre essa nova Gizelly, ela mudou. – Me encostei em minha mesa. – Eu sei que você já deve saber que temos um passado, mas sendo bem sincera, eu não faço ideia do que Gizelly quer comprando essas ações.

-Não me tome por ingênua. – Tereza sorriu ironicamente – Ela não saberia dessas ações, se não fosse por você. Só um aviso Ivy, Gizelly é minha neta e eu não vou deixar que ela se envolva em mais confusões.

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