-MAMÃAAAAAE! – Sofia gritou, assim que bateu os olhos em Gizelly e em mim.
-TITIA RAFAAAAA. – Lulu fez o mesmo e só não caiu do cavalo com o pulo, pois o homem que estava com ele o segurou no ar.
-Cuidado! – Gizelly e eu falamos juntas.
Sofia pulou no colo da Gi e o Lulu pulou no meu colo, me agarrando forte pelo pescoço. Enchi meu pequeno de beijos e Gizelly fazia o mesmo com a nossa filha, logo depois trocamos eles e Sofia cheirava meu cabelo como sempre fazia.
-A mamãe sentiu tantas saudades de vocês. – Gizelly beijava o Lulu, que sorria todo bobo. –Se comportaram?
-Siiiim. – Os dois responderam juntos. – E também "tavamos" com "sodades".
Colocamos os dois no chão e seguimos para onde os cavalos estavam. O peão cuidava do cavalo de Gizelly e não olhou pra gente em momento algum, Luis Miguel contava que aprendeu a ordenhar as vacas e que queria fazer equitação, Gizelly ouvia com atenção e Sofia apoiava o irmão. Meu coração estava tão aquecido naquele momento e eu só pensava em como eu queria viver aquilo todos dias.
-Tia Rafa, você veio com minha mamãezinha? – Lulu soltou a mão de Gizelly e segurou a minha mão. – No mesmo carro?
-Viemos sim, meu amor. – Alisei seu rostinho e ele abriu um sorriso tão angelical.
-E vocês vão dormir aqui? – Sorri largo e olhei pra Gi.
-Vamos sim filho e depois a tia Rafa eu precisamos conversar com você e com a Soso, ta bem? – Ela retribuiu o olhar e eu sabia o que ela queria dizer. – Agora vamos brincar, até o almoço ficar pronto?
-EBAAAAA!
Saímos em direção aos estábulos e aproveitamos pra dar uma volta de cavalo com as crianças, Lulu veio comigo e Sofia com Gizelly, como sempre minha filha era puxa saco da mãe. Depois de um tempo as crianças se cansaram e eu fui dar uma volta sozinha, enquanto Gizelly filmava e fotografava o meu passeio.
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Tereza observava tudo com um sorriso no rosto e eu sabia que ela estava muito feliz pela nossa reconciliação. Por fim, Gizelly foi pegar mangas com as crianças e eu segui ao estábulo pra guardar o cavalo e ir de encontro a eles.
-Eu ajudo a senhora. – O peão me ofereceu a mão e eu aceitei.
-Obrigada! – Agradeci, e quando passei a perna, senti ele me segurar pela cintura.
-Não precisa agradecer, é só o meu trabalho. – Ele sorriu pra mim, puxando o cavalo pra dentro. – A senhora que é a neta da dona Tereza?
-Não, é a Gi! – Respondi rápido já me preparando pra sair dali. – Vou indo, obrigada de novo.
-Vejo a senhora por aí. – O homem piscou pra mim, me deixando desconfortável.
Tratei de ir para onde Gizelly estava com as crianças, os três estavam colhendo mangas e Gizelly tentava derrubar umas que estavam bem em cima, fazendo Sofia e Lulu gargalharem. Dalva e Zelino também participavam da bagunça e Tereza apenas sorria.
