É meu?

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POV IVY

Dias atrás eu havia feito um exame de farmácia e o resultado foi positivo, minha cabeça deu um giro, pois eu nunca quis estar grávida, nunca sonhei em ser mãe. Precisei de um tempo para processar essa informação, pois minha eu não estava preparada para essa novidade. Principalmente agora que Gizelly colocou todo o meu plano por água abaixo. Passei a mão no rosto pensando em como vou tirar proveito dessa gravidez indesejada, a primeira coisa é anunciar para o meu noivo que estou grávida, mesmo que eu não saiba se esse bebê é dele ou da Gizelly. Eu sempre me protegi com ela, mas nunca é cem por cento eficaz.

-Quero anunciar que o Renato vai ter que fazer mais alguns eventos de sucesso, pois temos um bebê a caminho. – Assim que anunciei, ouvi Gizelly tossir desesperada atrás de mim, sei exatamente o que ela estava pensando.

-Você tá grávida, amor? – Os olhos do Renato estavam marejados em lágrimas. – Um filho nosso?

-Sim, meu bem. – Respondi acariciando seu rosto e ele se virou selando nossos lábios. – Nosso filho.

Ouvimos uma salva de palmas dos nossos convidados e amigos, o repórter nos deu os parabéns e agradeceu pela notícia de primeira mão. Eu encarava Gizelly enquanto Renato me abraçava, ela estava ao lado da minha cunhada e meu ódio crescia cada vez mais. Isso não pode acontecer, se ela acha que vai me dispensar assim é eu vou deixar por isso mesmo, ela tá enganada.

Quando eu vi as duas trocando beijos ontem, tive vontade de jogar tudo pro ar e tirar Gizelly dali, porém eu tenho que ser racional, e sei que isso é fogo de palha, afinal de contas, alguém como Rafaella, não teria nada sério com Gizelly. Em breve essa raivinha dela passa e ela volta a comer na minha mão, como sempre comeu. Mas não posso deixar de sentir ciúmes ao ver as duas próximas.

Minha cunhada veio me parabenizar e me dizer que estava feliz com a ideia de ser tia, fiz a linha simpática e a abracei calorosamente. A festa continuou sem muitos acontecimentos, de longe vi que Gizelly conversava com Tereza Lemann e eu estava muito curiosa pra saber do assunto, afinal a mulher não abre brechas a ninguém. Após um tempinho, pedi licença ao meu noivo e alguns amigos dele, seguindo para o banheiro. Entretanto, no meio do caminho senti um braço me puxando para uma área mais afastada.

-Me solta, Gizelly. – Puxei meu braço de forma brusca. – Tá ficando louca?

-Esse bebê é meu, Ivy?- Seu cenho franzindo, demonstrava preocupação.

-O que? – Perguntei, me fingindo de desentendida. – Claro que não!

-Como você sabe que não? – Ela passava as mãos no cabelo de forma impaciente. — Você sempre disse que se protegia com ele também.

-Simples, eu não quero que seja. – Desdenhei, dando os ombros. – O meu filho não vai ser um zé ninguém como você, nunca. Então esse filho é do Renato, aqui dentro tá o herdeiro da C&K.

-Se esse bebê for meu, eu tenho meus direitos, Ivy. – A voz rouca quase não saia e minha gargalhada se fez presente.

-Direitos? Você acha o que? Que vai levar meu filho pra jogar bola na favela que você mora todo fim de semana? — Engrossei o Tom de voz. — Se enxerga, Gizelly.

-Isso não vai ficar assim, Ivy. – Ela sai trombando ombro no meu me fazendo bufar irritada.

Logo em seguida sai do espaço em que Gizelly havia me levado, dando de cara com a sonsa da Dani, que me olhava de forma diferente. Será que essa idiota, ouviu algima coisa? Só me faltava essa.

-Que merda. – Trinquei os dentes e sai dali.

POV GIZELLY

-Olá Márcia. – Tereza encarou minha mãe, me deixando confusa.

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