Eu estou grávida

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POV RAFA

-Rafa, você precisa contar pra ela.  — Manu insistia mais uma vez. — Não é justo com você e muito menos com ela.

-Eu não posso Manu, ela não queria ter filho agora. — Sequei uma lágrima teimosa que desceu em meu rosto. — Eu tenho medo da rejeição.

-Tem uma semana que você está evitando ela, inventando desculpas, já imaginou que ela possa estar se sentindo rejeitada? — As vezes a sensatez de Manu me assusta. —Olha só, eu entendo os seus traumas e você sabe que sempre estive do seu lado, mas não deixa isso acabar com o envolvimento de você, vai deixar o medo destruir a relação que vocês estão construindo?

-Eu sei, você tem razão. — Suspirei pesado. — Mas não vou contar agora, vou preparar tudo antes, não posso pegar ela tão de surpresa, vou esperar a formatura dela.

-Mas não deixa de contar, Rafa. — Assenti segurando as mãos da minha amiga.

Depois da minha conversa com Manu, mandei mensagem pra Gizelly, minha amiga tem razão, não posso ficar evitando ela, isso pode dar margem pra ela pensar o que não deve sobre nossa relação.

{...}

Assim que peguei Gizelly na estação, senti que ela estava tensa e calada, ela sabe que estava rolando algo comigo, mas não questionou ou me pressionou, agradeci internamente por isso, mas por um lado senti culpa por isso. Tratei de me explicar e é claro a enchi de beijos para que ela tenha certeza que nossa relação continua intacta. A puxei para o sofá e ficamos ali trocando carícias e alguns beijos, conversávamos sobre a nossa semana até que a pergunta seguinte, fez todos os pelos do meu corpo arrepiarem

-Como foi a consulta com a Ginecologista? — Era normal ela perguntar sobre isso, porém eu não tinha resposta. — Conseguiu colocar o chip?

Eu estava sentada com as costas apoiada em seu corpo e todos os músculos do meu corpo tencionaram, precisava de uma resposta rápida.

-Não deu, preciso voltar lá depois. — Não entraria em detalhes, ainda não é a hora de falarmos sobre o bebê.

-Amor, já disse que eu posso usar camisinha. — Sabe quando o mundo para de girar por alguns segundos e tudo gira em câmera lenta? Foi assim que me senti quando ouvi ela me chamar de amor pela primeira vez.

-O que você falou? — Me virei tão repentinamente que Gizelly até se assustou.

-Desculpa, Rafa. — Ela começou a se desculpar de uma forma nervosa. — Saiu sem querer.

-Fala de novo? — O jeitinho tímido dela me conquista cada dia mais e eu não poderia estar mais feliz.

-Assim você me deixa sem graça. — Gizelly coçou a nuca e eu a puxei para um beijo urgente.

Nossas línguas travavam uma batalha e rapidamente eu estava sentada em seu colo. Gizelly me apertava, me monstra do toda a saudade que estava de mim, porém no meio do beijo fomos interrompidas pelo barulho do meu telefone que tocava em um canto dentro da bolsa.

Bufei irritada e atendi assim que vi a foto da minha prima, trocamos algumas palavras e rapidamente encerramos a ligação.

-Era a Ma, ela me pediu pra ficar com o Biel, a babá furou com ela de última hora. — Informei Gizelly e voltei pro sofá sentando sobre minhas pernas. — Vai passar a noite com a gente?

-Preciso avisar minha mãe, você sabe como é. — Ela soltou meio sorriso e alcançou o celular pra ligar pra mãe.

{...}

Enquanto Marcella não chegava com o Biel, aproveitamos e descemos na padaria que havia ali perto, comprando um lanche e algumas guloseimas para o meu afilhado. Dei graças a Deus por isso, pois assim Gizelly esqueceu do assunto do chip. Quando voltamos ao meu apartamento, guardamos as coisas e preparamos o lanche para quando o Biel chegasse.

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