Três anos depois...
POV RAFA
-Anda mamãe, estamos "atasadas." — Sofia andava na frente, enquanto eu empurrava o carrinho do Theo.
-Calma, mocinha. — Minha filha tinha o mesmo jeito apressado da mãe dela, era incrível como a semelhança me lembrava Gizelly. — A mochila do Theo tá pesada.
-Ele tinha que ficar em casa, mamãe. — Sofia tinha uma solução pra tudo.
-Já estamos chegando, o jogo do seu irmão ainda não começou. — Ela deu dos ombros e continuou andando na frente.
Em pouco minutos chegamos nas arquibancada, me acomodei ao lado de Jennifer, que tomava conta dos nossos lugares reservados. Cumprimentei a babá e ela deu um beijo na minha filha e outro no Theo.
-Demoraram, achei que não viriam mais. — Ela disse baixinho e logo nos acomodamos.
-Tive que preparar a mamadeira desse carinha antes de vir. — Justifiquei e olhei pra Sofia que procurava o irmão pelo campo. — Se eu não viesse, essa mocinha não me perdoaria.
-Acho lindo a conexão que os doida criaram. — Jennifer disse olhando pra Sofia. — O carinho que um tem pelo outro é de outras vidas.
-Acho que foi um dos maiores presentes que Gizelly me deu. — Sorri triste.
-Bisaaaaa! —Fui interrompida com grito alto de Sofia.
-Oi minha princesa. — Tereza abriu os braços e Sofia agarrou na mulher. —Que saudades eu estava de você.
-Eu também "tavo". — Sofia beijou a avó, me fazendo sorrir com a cena.
-Oi meninas, desculpe a demora. — Tereza se sentou com Sofia no colo. — Ei carinha, você também está aqui?
-Oi Tereza. — Cumprimentei a mulher, depois dela brincar com a mãozinha do Theo. — Como se sente?
-Cansada, mas não perderia o jogo do meu loirinho por nada. —Ela sorriu e logo o time do Lulu entrava em campo.
Ele estava lindo, o único impecável, o cabelo penteadinho, parecendo um homenzinho. Me levantei e quando Sofia viu o irmão, começou a gritar desesperada.
-Calma filha, ele já viu você. —Sorri com a animação e até o Theo entrou na onda.
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O jogo corria tranquilo, como eram pequenos demais, a duração era apenas de 20 minutos. O Lulu jogou muito bem, quando estava no finalzinho, ele marcou um golaço e era óbvio que ele viria correndo e mandaria beijos para a irmã que comemorava o gol do irmão.
Quando o Juiz apitou o fim da partida, tratamos de descer até o gramado. Tereza me ajudou com o Theo e Sofia corria na frente. Neguei com a cabeça e sorri ao ver os dois se abraçando.
-Eu fiz um gol, Soso. — Lulu dizia empolgado. — Você viu meu gol tia Rafa?
-Claro que eu vi meu amor, foi um gol lindo. — Entreguei o Theo pra Jennifer, e me abaixei pra abraçar ele.
Tirei o suor da sua testinha, deixando um beijo estalado, e logo o abracei apertado.
-Você é um craque. — Batemos as mãos e ele sorria tímido.
-Você é o melhor jogador do mundo. — Tereza também se agachou e o Lulu a abraçou apertado.
-Te amo, bisa. — As declarações espontâneas derretiam Tereza.
-Eu também amo vocês. — Ela sorriu e me encarou. — Agora vai lá com o monitor pra você se trocar e depois vamos sair pra comemorar.
-SORVETEEEEE. — Lulu e Soso gritaram alto, batendo com as mãozinhas uma na outra.