POV GIZELLYEntrei em casa morrendo de ódio de Ivy, tenho certeza que essa marca de unha foi na hora que ela tentou me puxar. Como eu iria explicar pra Rafa que aquela marca, foi a cunhada dela quem deixou? Graças a Deus que ela esqueceu do assunto e conseguimos nos acertar e saímos pra comemorar a nota que tirei no tcc. Depois de jantar com Rafa, pedi que ela me deixasse em casa, pois eu ainda não havia contado pessoalmente pra minha mãe e minha vó sobre o resultado do trabalho. Entrei em casa encontrando minha vó e minha mãe na mesa de jantar, as duas conversavam, mas se calaram assim que entrei.
-Oi meu amor, estávamos falando de você. – Minha avó se levantou me abraçando apertado.
-Oi vó, falava mal de mim? – Brinquei e ela beijou meu rosto.
-Falávamos como você me enche de orgulho. – Sorri largamente. – Parabéns meu amor, sabia que você ia tirar uma nota excelente.
-Obrigada, vó. – Beijei seu rosto de volta.
-Parabéns, filha! – Minha mãe repetiu o gesto da minha vó. – Estou orgulhosa de você.
Me sentei e eu comecei a contar como havia sido a apresentação do meu trabalho. Contei como fiquei nervosa e como não acreditei quando recebi a nota, as duas morriam de orgulho e minha vó tinha lágrimas nos olhos, lágrimas de felicidade.
-Todo esforço valeu a pena, filha. – Minha mãe beijou minha mão novamente. – Deus nunca nos abandonou.
-E nem a senhora desistiu de mim. – Devolvi o carinho. – Obrigada por ser meu porto seguro, a senhora também, vó.
Segurei a mão da minha vó que chorava livremente. Eu devo tudo isso a elas, sem o apoio da minha mãe e da minha vó, eu não teria chegado até aqui. Foi difícil o caminho, mas elas sempre acreditaram em mim, sempre foi apenas nos três, porém, não quero pensar nisso, pois agora eu também tenho a Rafa que acredita em mim.
-Agora é só curtir a formatura. – Minha vó disse secando as lágrimas.
-Em breve, vó. – Sorri pra ela. – Agora estou livre, inclusive já estou com os convites da formatura, pedi um convite extra e vou convidar a Rafaella.
-Claro, afinal ela é a sua namorada. – Minha vó disse contente e eu abri um sorriso largo. – E eu gosto desse namoro.
-Eu não sei não, acho que você estão indo muito rápido. – Minha mãe se levantou da mesa indo em direção a cozinha. – Você conheceu essa menina a pouco tempo, Gizelly.
-Mãe, a gente se gosta, a Rafa é uma pessoa incrível. – Falei com sinceridade. – Ela acredita no meu potencial, ela me apoia e me trata com respeito.
-Eu não confio nessas pessoas, quando você menos esperar ela vai te dar um pé na bunda. – Franzi o cenho para ter certeza que ouvir certo as palavras duras da minha mãe.
-Márcia, pare com isso. – Minha vó interveio.
-É a verdade mãe, pessoas que possuem um nível social elevado, não tem caráter. – Ela deu os ombros.
-Rafaella não é assim. – Defendi minha namorada com uma voz firme.
-Espera pra ver, tenho certeza de quando ela se cansar, logo ela dá um fora em você. – Minha vó me encarou negando com a cabeça, como se pedisse silenciosamente, para que eu não acreditasse em nada daquilo. – Você não tem muita coisa pra oferecer a ela, nem só de amor, uma relação sobrevive.
-É muito interessante a forma como você eleva minha auto estima. – O choro estava preso na minha garganta.
-Gi? – Minha vó segurou minha mão, impedindo que eu saísse.