Enquanto eu procurava algo pra vestir, Manu conversava comigo por chamada de vídeo. A noite de ontem e a manhã de hoje me trouxeram uma confusão interna e eu precisava conversar com alguém sobre isso, preciso saber o que as pessoas acham.
-Amiga, eu não estou aqui pra julgar você, não mesmo. – Manu dizia olhando pra tela do celular, enquanto eu experimentava mais um vestido. – Você é adulta, você sabe o que é melhor pra você. Eu só quero que você seja feliz, você sabe.
-Ao mesmo tempo que eu quero passar uma borracha em tudo, o medo do passado me assombra. —Confessei desviando o olhar do espelho e encarando Manu. – Entretanto, Gizelly amadureceu como um bom vinho, ela é uma mãe excepcional e depois de ontem eu estou ainda mais encantada. A forma que ela cuida dos dois me faz esquecer de quem o Lulu é filho.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
-Isso já é mais que um ponto positivo pra ela. – Sorri, decidindo o vestido que iria usar. – Mas vocês precisam conversar, Rafa. Use esse jantar pra isso.
-Não quero forçar nada, entende? – Me virei e alcancei o celular. – Quando nos relacionamos eu que tomei atitude, eu pressionei, insisti até conseguir, mas agora eu quero que seja diferente, quero que aconteça de forma natural, se tiver que acontecer.
-Se vocês estiverem na mesma sintonia, pode ter certeza de que vai acontecer. – Mordi o lábio inferior.
-Mas e se não tivermos, e se Gizelly não quiser o mesmo que eu quero? – Esse era o meu maior receio.
-Vou torcer por isso. – Sorri e conversamos mais um pouquinho sobre as minhas confusões internas.
Encerrei a ligação e corri pro banho, se eu não me apressasse eu iria me atrasar e eu não queria deixar Gizelly esperando. Como eu havia avisado, acabei demorando no banho, mas nada muito significativo, lavei o cabelo, hidratei e aproveitei alguns cuidados com minha pele. Por fim caprichei na maquiagem e vesti o vestido que havia separado, não era nada muito chamativo, mas era uma peça bem bonita. O vestido tinha um tecido fino, para amenizar o calor de Goiânia, havia algumas listras e era de mangas longas. Finalizei a maquiagem, deixei os cabelos soltos e caprichei no perfume, calcei meus salto e corri pra olhar as horas, que marcavam oito e quarenta e um, mordi o lábio e vi que já havia uma mensagem de Gizelly.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
