Capítulo 76 - Solitária

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Dia seguinte...

Inventei de limpar o meu quarto terminei algumas horas antes do almoço fui o fazer, Belo estava dormindo queria ter a vida dele dormir o dia todo, mas isto nem nas minhas férias é possível.

Agora que vejo, morar sozinha é meio entediante, bem que alguém poderia me salvar dessa solidão.

*Ding Dong*

Não achei que seria de imediato, isso se não for alguma reclamação ou mesmo propaganda.

Hesitante, corri a porta peguei a chave que estava no chaveiro destrancando a mesma, revelando por fim quem era. Soltei de imediato um suspiro em alívio.

— Opa, ainda bem que é você o enviado.

Viktor: Sim, vim conversar um pouco.

— Mas você não tem trabalho hoje?

O vejo dar um sorriso de canto, enquanto parecia reprimir algum comentário desnecessário.

Viktor: Só vou após o almoço.

Dei passagem ele entrou, tendo fechado a porta seguimos a sala sentando no sofá um ao lado do outro, ligo a tv deixando o volume baixo.

Viktor: Antes de mais nada, a que se referia o alívio e o fato de eu ser o enviado? Tudo bem, que não se pode encontrar outros cavalheiros como eu por aí..

De repente me lembrei do primeiro cavalheiro que conheci, no instante senti uma leve irritação pelo comentário de Viktor, sabendo que não poderia o culpar afinal ele não sabia do ocorrido.

— Você esta confiante demais ..mas sim, você é o único.

E que ainda não me traiu.

Dou um pequeno sorriso, contendo a pontada em minha mente.

— Sabe, obrigada.. por ser positivo.

O vejo pelo canto do olho levantar sua mão e em segundos bagunçar meu cabelo, só lhe dou um olhar de quem não esta ligando pro que fizer.

Você esta com sorte, hoje não estou com vontade de revidar.

Viktor: Então o que você queria comigo ontem!?

— Ah.. não era nada.

Viktor: Desembucha, que eu percebi que estava nervosa.

Da mesa de centro, abro um dos potes pegando quase seis bolinhas de gude passando a observar como se fossem o objeto mais interessante.

— Ontem estava com as meninas no Shopping quando começamos a ser seguidas pela tarde.

Viktor: Co-

— Depois que encerrei a ligação um colega meu apareceu, ele nos ajudou.

Viktor: Não machucaram vocês, certo!?

— Não, claro que não, não com nosso grupo.

Solto um riso quase imperceptível, o que fez com que Viktor tomasse as bolinhas de minhas mãos com sua mão direita, com a outra me deu um leve empurrão me obrigando a trocar um olhar com o mesmo, ficando em uma posição de frente a ele.

Ele possuía uma feição séria a contrária de minutos atrás.

Viktor: Explique, sem distração alguma.

(Desde quando, minhas belezuras são distração!? Ora, seu insensível.)

O olho quase cerrando os olhos.

— Tivemos uma pequena luta eles estavam atrás de uma das meninas, simplesmente a confundiram com alguma outra conhecida e então por fim ela surgiu.

Viktor: Já entendi tudo, mesmo assim deveria ter me contado o que estava acontecendo.

— Ah, sim, e vê-lo largar o trabalho, não mesmo.

Viktor: Sabe que pode me chamar quando precisar, somos amigos, não?

Amigos.. somos mesmo? Não é apenas mais um que virá... poderia realmente dar uma segunda chance em ter um cara cavalheiro como amigo? Permitir, cruzar de vez minha barreira que mal se ergueu.

Viktor: Não se esqueceu de nada, não?

Saio dos meus pensamentos no instante, vendo que o mesmo já não se encontrava a minha frente.

— Oi?

Sinto um cheiro de comida, invadir a sala.

Meu almoço!

Corro a cozinha o vendo a fazer em meu lugar.

Viktor: Como lhe vi pensativa, resolvi vir averiguar.

— Podia ter me despertado de meus devaneios, agora, o senhor me dê licença que preciso terminar o almoço.

Falo o empurrando levemente pra mesa, então ele me interrompe mudando nossas posições fazendo eu quem ficar sentada.

Viktor: Já que estou aqui, eu o faço. Enquanto isso, que tal esperar?

— Não gosto muito de esperar, é chato até.

Viktor: Tá aí, algo que devo pensar em mudar na senhorita.

Cruzo os braços sobre a mesa, repousando minha cabeça me rendo, o vendo ir continuar o almoço.

— Então, veio falar comigo?

Viktor: Nah, vim pelo almoço.

Jogo um dos panos que vi mais próximo, no mesmo o vendo rir.

Viktor: Mas já que está ocupada, quer dizer estava ocupada.

— Contaaa!!!

Ele me deixou curiosa, e possivelmente aceitaria algo no mesmo só para descobrir. Até passei a olhar ao redor vendo o quê estava mais próximo, ele pareceu se dar conta pois deu uma leve mudada de cor.

— Melhor não tentar me deixar curiosa, ou se não...

Já com um objeto na mira.

Viktor: Mas do que já está? Estava a fim, de te levar pra conhecer um dos Parks.

— Até que é uma boa idéia, quando?

Recuo os pensamentos de ataque.

Viktor: Na véspera do Ano Novo.

— Vou pensar no seu caso..

Viktor: Okay, mas não passe muito tempo pensando.. ah é, ainda faltam alguns dias espero que seja tempo suficiente.

— O que acha de apressar aí? Estou faminta.

Viktor: Não.. afinal não tenho fome, então espere.

No mesmo instante pude escutar um barulho havia sido seu estômago, em mais alguns minutos e já estava pronto, nos servimos tendo um momento de conversa.

Depois do almoço ele se foi e eu fui lavar a louça.

Agora que praticamente fiquei sozinha outra vez, deveria fazer algo, Morg não esta disponível.. Porque não pensei antes, tenho o alvo perfeito.

Com isso em mente procuro o Belo indo dar uma rápida escovada em seu pelo, após tirei bons minutos para me arrumar nada exagerado mas também nada brega, ainda mais que teria o dia todo livre.

Quando me vi pronta, fiz uma rápida organização deixando o apartamento com Belo, cumprimentei quem encontrei pelo caminho então chegando a casa do alvo, dou algumas batidas na porta.

— Só espero que não esteja dormindo, não quero ficar plantada tendo de gritar se possível.

Ouço uma voz e então a porta ser aberta, revelando a senhora.

Senhora: Em que posso ajudar?

Lysandre e DoceteOnde histórias criam vida. Descubra agora