Passamos parte de nossa manhã visitando lojas em minha opinião, de certa forma não gostei de ter focado somente nisso, porque acabamos por ficar limitados entretanto não posso reclamar devido a que minha presença não fora de graça. Troca justa, não? Haha.
Nem tanto, pois só ganhei em troca algo que fosse de acordo com as atividades que Bruno havia pensado, tristeza não? Com algumas atividades a descobrir sabendo que nem eram todas.
— Arg! O que foi isso?
Detenho meu próximo passo ao sentir algo pequeno e molenga me atingir, deixando meus devaneios olho pro meu companheiro ao lado quem havia decidido parar em uma barraca.
Observei vendo em suas mãos uma pistola de tinta e na mesa da barraca variadas munições. Toco a frente de meu cabelo sentindo o líquido pegajoso, era nada mais que uma bolinha de tinta azul.
Bruno — Bela, o que acha? Seria um ótimo passatempo. — Se volta a vendedora. — Senhora, quanto é? Queremos dois.
Enquanto falava, ele tomou outra pistola colocando em seus ombros testando as duas ao mesmo tempo, nem olhando pra aonde apontava já que o gatilho estava ao lado de seu rosto, porque se dar ao trabalho de prestar atenção!? E dessa vez minha roupa quem havia sido atingida, porque não dizer.. manchada.
Cruzei os braços mantendo um olhar calmo esperando por ele terminar sua compra. Ao fazer a vendedora segurou um riso enquanto pelo olhar pedia pra não matar seu mais novo cliente. Obviamente havia já tomado carinho ao ver o brilho em seus olhos como uma criança a descobrir o novo, que poderia ser sua última aventura se continuar como está.
Até aqui rogam pela vida dele, ein? Pena.. que ele não sabe como ter amor a ela.
Ao terminar a compra ele me deu outra vez as costas seguindo caminho o segui vendo o que faria em seguida, caminhamos até chegar ao semáforo então assim que o sinal abriu o puxei pelo braço, ele ainda perdeu o equilíbrio caindo aos pés de um senhor.
Senhor — Esses jovens andam como se fugisse da alma penada. E só atrapalham os outros, falta de respeito.
Se não fosse por minutos antes eu teria dado risada mas tenho algo a resolver com este cara. Me agacho com ambas as mãos o obrigo a levantar de uma vez em seguida arrastando na direção contrária.
Bruno — O que foi? Se continuar assim, iremos morrer atropelados. Todos estão nos criticando!
— Anda!
Mais alguns passos cruzando outra rua o ouvi resmungar, mais ainda até ter tentado outra vez.
Bruno — Belaaa.. para de brincadeira, até o cachorro está nos julgando. Que incômodo.
Olho de canto vendo um pequeno vira-lata nos observando com olhar de desdém.
— Desde quando você se importa com o que as pessoas dizem? O cachorro só está contemplando sua última visão de uma cara sendo arrastado, pra guilhotina.
Bruno — Como é!?
Chegando finalmente ao parque continuei o arrastando até que em meio ao gramado ele conseguiu me impedir de prosseguir.
Bruno — Diz, o quê foi? Não estava assim antes.
Apertando o punho me viro pousando meu olhar na sacola a tomo pegando uma das munições toco enquanto retirava meu olhar calmo. A coloco de volta em seu lugar e com um sorriso ladino levanto meu olhar pra ele, retiro a pistola e miro rapidamente.
— Se tivesse testado apenas em minha roupa... *bang* teria passado... *bang* mas quando se trata de meu cabelo... *bang* amigo, corra.
A cada parada fui atirando no mesmo e então passei a correr atrás dele.
Bruno — Calminha, foi sem querer!!
— Já disse, apenas corra por sua vida. Não prometo devolver apenas na tinta, algo mais pode vir a caer.
Mais tarde ainda naquele dia, se encontrava um certo rapaz na área de serviço do hotel lavando roupa.
Dois dias depois..
Já era por volta das 21h me encontrava em frente a um espelho passando a babyliss, por este dia com nossas aventuras nessa cidade Bruno acabou encontrando uma casa de shows, sim, de alguma forma me convenceu a ir simplesmente deu a ideia na hora e me deu vontade de ir. Não sei, havia despertado meu interesse.
Por isso me encontrava dando retoques finais ele já devia estar vindo me buscar, tiro a babyliss da tomada agora em pé na frente do espelho analisei o resultado.
*Toc Toc*
— Entra.
Guardo as coisas indo a porta me deparo com um senhor até arrumado comparado com o dia da formatura.
Bruno — Pronta? O uber já está chegando.
— Sempre. Mas ainda não me disse o porquê da ida.
Bruno — Notei que anda muito.. fadigada então, porquê não aproveitar que estamos aqui e curti o máximo?
Me aproximo da forma mais perigosa que conseguia aparentar parando a sua frente dando um sorrisinho o puxo pelo colarinho da roupa obrigando-o a baixar-se ficando cara a cara, olho dentro de seus olhos.
— Fadigada aqui, só você.. malandro.
Solto ele com tudo voltando a andar paro no parapeito e virando levemente minha cabeça, ainda com o mesmo sorriso o analiso dos pés a cabeça.
— Vamos? Já perdemos muito tempo. Algo nos espera.
Vendo que ele ainda parecia em choque volto em sua direção e desfazendo o sorriso com a mão livre toco a manga de seu casaco guiando o mesmo segundos depois para fora do quarto.
— Aish, porquê tanta surpresa?
Fecho a porta atrás de nos com isso caminhamos até o elevador, tendo solicitado seu uso ficamos a espera.
Bruno — Apenas, achei que ganharia um tapa de uma baixinha folgada.
— Não levou, mas ainda dá tempo, aliás, antes aqui do que dentro do elevador, certo? Sua vergonha seria menor.
Bruno — Não obrigado, melhor guardar suas forças para outra situação, certamente há de calhar.
— Sinta-se sortudo, pretendia bagunça seu maravilhoso penteado.
Bruno — Ora, ele não merece ser usado como saco de raiva.
— Não ainda, me lembrarei futuramente.
Vemos as portas do elevador se abrirem adentramos, ali ouvi um som era o aplicativo indicando que faltava poucos minutos para o uber chegar. Agora fora do elevador, passamos pela recepção e fora do prédio ficamos ali a espera do carro.
— Então quer uma chegada com estilo, ou simplesmente uma volta sem vergonha?
Bruno — Hahaha agora me pegou, Hn.. uma volta sem vergonha é a melhor opção. Não se preocupe, na próxima garanto a possibilidade de ser seu motorista por uma noite, madame.
— Bem, bem... oh, parece que ele chegou.
Trocando risos aguardamos o motorista estacionar indo nos acomodar e então repassar o endereço, enquanto eles conversavam fiquei a observar pelo vidro do carro a vista que tínhamos dali.