Impresion

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             Os dias foram correndo. A final do campeonato chegou. Nas individuais, o Brasil ficou em oitavo lugar, atingindo assim a sua melhor marca da história, até então. Rebeca tinha que confessar: ainda não entendia o interesse de Simone Biles em sua pessoa. Ela sempre se aproximava mais para vê-la durante as suas execuções, sempre ficava vidrada. Era como se estivesse lhe analisando e aquilo já estava começando a lhe desconcertar. Será que ela enxergava em sua pessoa uma possível rival?

          Quando a competição de ginástica feminina terminou, Rebeca se impressionou com aquela ginasta. Simone Biles, uma atleta jovem de apenas dezenove anos de idade, tinha conseguido cinco medalhas olímpicas, sendo quatro dessas de ouro – equipes, salto, solo e individual geral – e uma de bronze na trave. E não era para menos. Ela era uma atleta absurda: já tinha três títulos no mundial de individual geral – soube daquilo em uma pesquisa rápida –, mais três no mundial de solo e mais dois na trave. Realmente era um fenômeno. Podia facilmente ser a sua ídola, pois sua presença e resultados desafiavam um longo sistema racista nos Estados Unidos e em toda a estrutura olímpica em geral. 

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