Rebeca deu outra tacada na bola, jogando-a em algum lugar aleatório daquele campo. A rota foi completamente desviada do alvo, fazendo-a dar um sorriso sem graça e olhar para Ron, que assentiu e arrumou o chapéu. Aquele era o terceiro dia de sua estadia ali e seu sogro estava determinado a lhe ensinar a jogar.
– Ah! Não! – Deu uma risadinha, encolhendo os ombros.
– Você está ficando boa nisso, menina. – Ron sorriu.
– Tem certeza? – Ela perguntou, com um sorriso tímido. – Acho que isso foi a coisa mais horrível que já fiz.
– É... Falta um pouco mais de jeito e de prática, mas você é a melhor aprendiz que tenho em meses.
– Sério? Eu fico muito feliz em saber disso.
– Bom... Vamos continuar. A bola não vai sair dali sozinha. Precisará chegar no buraco, ok? E pela localização dela, você terá quatro opções. Quero ver como vai se sair.
– Claro. – Rebeca assentiu.
O sogro, então, pegou a bolsa com os tacos e foi para onde a bola de golfe estava. Andrade, obviamente, o acompanhou.
Simone, enquanto isso, ajudava sua mãe a cuidar das plantas e flores do jardim. As duas sempre faziam aquilo quando decidiam conversar seriamente. O assunto sério em questão era o casamento.
– Então, você vai mesmo morar no Brasil com ela, filha? – Nellie perguntou.
– Sim, mãe. Adorei o Rio de Janeiro e, além do mais, a Rebeca não pretende parar de treinar. Eu quero ficar ao lado dela e apoiá-la.
– Está bem. Não vou me opor à sua decisão, mas quero que venha nos visitar muitas vezes.
– Vocês irão nos visitar também. – Simone sorriu. – Tenho certeza de que se darão muito bem com a Dona Rosa. Claro, ela não fala a nossa língua, mas... Bom, ela sabe cozinhar muito bem.
– E quando você tiverem os filhos?
– Não se preocupe, eles virão para cá, brincarão nesse campo, correrão por esse jardim. Acredite, mãe... Será a maior alegria.
– Estou contando com isso. – Nellie sorriu para a filha. – E já que estamos mencionando a sua noiva, eu adorei ela. É ainda melhor do que eu imaginei. E olha só... Já está bem amiga do seu pai.
– Eu sabia que o papai não ia resistir. – Simone sorriu.
– Claro! Você pode falar com popriedade, não é? Afinal, também não resistiu.
Ouvindo aquilo, a jovem Biles engoliu em seco, ficando um pouco nervosa.
– Bom...
– Ela deve ser muito romântica e sedutora, não é? Daquelas que costumam mimar e dar presentes. – A mãe Biles disse, colocando o vaso de planta no lugar.
– Ah! Sim... Sim, ela é incrível. – Simone recuperou a respiração. – Fico muito feliz que todos vocês estejam se entendendo.
– Os seus irmãos também vão adorá-la, tenho certeza.
Simone sorriu e olhou para o campo. Podia ver o pai e a noiva bem longe enquanto tratavam de seguir com a partida. A visão lhe fez suspirar.
Quase uma hora depois, sogro e nora se acomadavam nas espreguiçadeiras dali. A partida tinha sido longa, mas bem divertida.
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Podium and Fire
FanfictionSimone Biles é uma grande ginasta. Acostumada a sempre estar por cima do pódio e de ser a maior de seu tempo, não estava preparada para encontrar uma rival à sua altura: a brasileira Rebeca Andrade. No entanto, seu interesse vai muito mais além do e...