A gold medal

11K 940 587
                                    

                     O dia em Paris já chegava ao fim. Naquele quarto calmo, Rebeca estava deitada de bruços, do lado contrário da cama e não parava de admirar aquela medalha de ouro. Ainda não acreditava que tinha conseguido. Sentada em suas costas, Simone lhe fazia uma massagem. As duas não quiseram sair com suas respectivas amigas para comemorar nada, pois aquele momento em que podiam deixar toda a rivalidade, todo o jogo midiático e todos aqueles detalhes da competição, era algo que precisavam. Precisavam ficar juntas.

                      As duas se sentiam bastante cansadas, pois passaram o dia inteiro dando entrevistas para os fãs e os veículos de imprensa de seus países, mas ali era como se nada tivesse acontecido.

– Uh! Isso! Aí mesmo! – Rebeca disse, sentindo extremo alívio quando sua mulher apertou um ponto específico de seu ombro, liberando a tensão. – Você tem excelentes mãos.

– Você ainda não acredita, não é? – Biles reparou na medalha na mão dela.

– Não mesmo. Ainda não consigo acreditar. – A brasileira respondeu, olhando para a medalha. – Como deixou ela escapar?

– Eu estava me achando imbatível. Intocável. Excesso de confiança.

– E como se sente agora?

– Na verdade... – Simone parou a massagem. – Estou me sentindo muito bem. É como eu havia dito: se fosse para perder o ouro, que fosse para você.

– E isso por quê?

– Por que você foi a única a chegar perto de mim. Foi a única a me ultrapassar com excelência. E... Bom... Também me dá ótimos orgasmos.

                    Ouvindo aquilo, Rebeca rolou levamente para o lado, mudando a posição, obrigando-a a sair de suas costas. Seu sorriso convencido brincou em seu rosto, fazendo o coração de Simone acelerar levemente.

– Eu imagino que você esteja mordida com o resultado. – Disse, acariciando-a no queixo. – Mas se quiser... Pode usar o meu ombro para colocar suas pernas. – Usou seu tom de voz rouco e sedutor.

                   Biles não disse mais nada, apenas segurou o rosto dela com ambas as mãos e a puxou para um beijo intenso. Rebeca, obviamente, correspondeu, tomando-a pela cintura de forma firme, pedindo-lhe passagem com sua língua. Foi plenamente correspondida. Logo, a respiração ofegante veio juntamente aos suspiros e arfadas. Roupas logo começaram a ser tiradas e jogadas em um canto qualquer.

                  Já nuas, as duas se deitaram para o lado certo da cama. Rebeca ficou por cima e começou a descer com seus beijos pelo corpo de Simone, que revirou os olhos ao sentir sugadas possessivas em seu seio esquerdo e uma massagem um pouco forte no direito. Seu gemido foi arrastado e suas mãos se embrenharam no cabelo de sua mulher. Os beijos logo continuaram descendo e, chegando na barriga, Andrade deu algumas mordiscadas, usando também a língua, fazendo-a gemer um pouco mais alto, apertando as coxas. Biles, então, a puxou mais si, fazendo-a apoiar todo o peso sobre si.

                Rebeca, então, voltando a ficar na mesma altura que ela, a tomou em um beijo intenso, aproveitando para baixar a mão direita até seu ponto mais sensível.

– Ah... Oh... – Simone gemeu, sentindo uma massagem em seu ponto mais sensível. Sentiu uma fisgada em seu sexo, contraindo-se com a sensação, que subiu para o pé de sua barriga. Começou, então, a sentir beijos em seu pescoço.

                Rebeca, então, encaixou-se na coxa direita dela e, com dois de seus dedos, a penetrou. Simone, então, segurou forte em seus ombros, movendo seu quadril contra seus dedos. Sua mulher, então, começou a beijá-la no pescoço com mais afinco enquanto estocava forte, deleitando-se com os seus gemidos manhosos e arrastados, enquanto friccionava-se contra sua coxa no mesmo ritmo em que entrava e saía de seu interior.

               Com mais algumas de suas estocadas, Andrade percebeu que sua parceira se contraía com mais frequência em volta de seus dedos, seu sexo pulsava, à medida em que os gemidos dela iam ficando mais agudos e um pouco mais roucos. Então, sem perder tempo, ajoelhou-se entre as pernas dela, mantendo-se em uma posição estável e, inclinando-se um pouco, segurou-se o queixo. Suas estocadas ficaram ainda mais rápidas e fortes.

                Os gemidos de ambas se misturavam. Simone pôs as mãos nas bordas do colchão e apertou forte, enquanto se entregava ao orgasmo violento que lhe tomou, fazendo-a tremer e convulsionar nos dedos da brasileira. Rebeca, também tomada de prazer, jogou a cabeça para trás e, sem parar de se mover dentro dela, também se entregou ao próprio ápice.

               Alguns instantes depois, ambas descansavam uma nos braços da outra. Estavam para lá de ofegantes. Rebeca tinha movimentos manhosos e largava beijos suaves e carinhosos no ombro de sua mulher enquanto sentia um carinho calmo em suas costas. Simone, então, passou o pé preguiçosamente por sua pantorrilha, sentindo beijos em seu pescoço.

– Eu quero fazer uma coisa. – Disse, após quase vinte minutos de silêncio.

– O quê? – Rebeca ficou curiosa.

               Sem responder, Biles a empurrou, fazendo-a deitar-se de costas no colchão. Andrade estranhou, mas não fez perguntas. A viu se afastar e voltar com sua medalha de ouro nas mãos.

– O que pretende fazer com isso?

– Confia em mim, não é? – Simone perguntou, olhando-a nos olhos.

– Confio até a minha vida. – Rebeca respondeu, rendida.

– Ótimo.

                Biles, então, pegou as duas mãos dela e, com a correia da medalha, as amarrou e as posicionou acima de sua cabeça. Rebeca, então, suspirou, totalmente entregue, desfrutando do prazer ao sentir beijos descendo por seu corpo e indo em direção ao seu sexo. Logo, gemeu baixo ao senti-la tomando-o com ímpeto e vontade. E tudo ficava melhor ainda quando sentia o aperto da medalha em seus pulsos, pois estava um pouco apertado. Lhe instigava de maneira muito curiosa. Era como se mil fagulhas estivesse passeando por seu corpo à cada instante em que o orgasmo se aproximava. E, quando ele veio, foi forte e longo. Seu corpo estremeceu em meios aos espasmos deliciosos e um gemido longo saiu de sua boca quando ficou mais forte. Logo, seu corpo relaxou.

              Simone, satisfeita com seu trabalho, escorregou para cima de sua parceira e tomou-lhe os lábios em um beijo calmo.

– E então? Gostou da nova funcionalidade de uma medalha de ouro? – Perguntou, marotamente, após finalizar o beijo.

– E como... – Rebeca respondeu, ainda ofegante. – Sabe, amor... Podíamos fazer isso mais vezes.

               Biles sorriu e tomou-lhe seus lábios novamente. 

Podium and FireOnde histórias criam vida. Descubra agora