Meeting the mother-in-law

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                    A noite caía sobre Paris e a cidade-luz brilhava imponente com toda a sua arte e o seu romantismo. Lá estava a Torre Eifell, poderosa e soberba. No último andar dela, estava o casal apaixonado alheio ao movimento ao seu redor. Rebeca e Simone estavam abraçadas e envoltas em uma bolha, onde nada mais importava: nem a mídia, os comentários, o que poderia vir depois... Nada. Apenas aquele abraço. Ali, nos braços uma da outra, elas sentiam um misto delicioso de felicidade, cumplicidade, conforto e companheirismo. Os corações batiam como um só novamente e suas respirações estavam quase que sincronizadas. Seus corpos experimentavam uma carga de ocitocina suficiente para que sentissem o desejo de se unirem como um só corpo. 

– Como isso é possível? – Andrade perguntou, fazendo um carinho calmo nas costas de sua - agora - noiva. – Como pode Paris com toda essa arte e romantismo estar começando a perder a graça? Eu quero voltar para o Rio. Quero ver o pôr-do-sol com você de novo, quero ver aquele céu... Ouvir as ondas do mar. 

– Eu também quero isso. – Biles respondeu, em um tom manso e quase submisso. – Quero tudo com você... Todos os sonhos, todas as primeiras vezes... – A olhou. – Sabe aquele sonho que você teve comigo? Eu consigo visualizá-lo perfeitamente e o que vejo é belíssimo. 

– O que você vê? – Rebeca perguntou, segurando a mão direita dela e admirando o anel dourado ali. 

– Vejo você correndo na praia com os nossos três filhos. – Simone suspirou ao responder. – Vejo vocês com os baldinhos e as pás fazendo aquele castelo de areia. Vejo aquele bebê engatinhando e se divertindo com as ondas. Consigo sentir  a paz. 

– Nossa! Consigo imaginar perfeitamente. É a imagem mais bonita que vejo além de você agora. – Rebeca a abraçou mais uma vez. – E para que isso seja possível, vamos mergulhar de cabeça nisso. Cumpriremos cada protocolo, cada fase... 

– Sim. Claro que sim. – Biles sorriu. – Será que a sua mãe vai gostar de mim? 

– Ah! Claro que sim. A Dona Rosa é a melhor pessoa que você irá conhecer nessa vida. Claro... Depois de mim. – A brasileira brincou. – Não se preocupe. Ela vai te mimar o quanto puder. E, por favor... Nunca negue a comida que ela te oferecer. As únicas vezes que vejo minha mãe furiosa é se ela cozinhar e não comerem a comida dela.

– Você já me disse que  ela cozinha muito bem. Estou curiosa para saber se é verdade. 

– Você não vai querer comer outra comida. – Rebeca beijou a mão da noiva. – E os seus pais? O que poderão achar de mim?

– Eles são muito legais. Vão te mimar muito também. E, por favor, nunca negue o pedido do meu pai para assistir uma partida de beisebol pela televisão e muito menos uma cerveja. Ele adora tudo isso. 

– Está bem. Anotado. 

                    As duas, então, voltaram a se abraçar. 

– Seremos tão felizes, meu amor. – Simone suspirou. – Muito felizes. 

– Com toda certeza. – Rebeca a beijou na cabeça. 



                    Aeroporto Internacional de Garulhos, São Paulo, Brasil. 

                   Rebeca e Simone saíram do portão de desembarque naquela manhã. A ginasta brasileira sorriu ao ver que a mãe as estava esperando ali. Sem esperar nem um segundo, saiu correndo para abraçá-la e foi impossível não se emocionar ao sentir o calor dos braços maternos de Dona Rosa. 

Podium and FireOnde histórias criam vida. Descubra agora