Overflow

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                    Rebeca ainda processava o que acabara de ouvir. Sentiu-se um pouco tonta, seu coração batia tão rápido que podia senti-lo em seus ouvidos. Simone lhe olhava com certo temor, pois aquele "Eu te amo" saíra de forma quase involuntária. Tinha se derramado tão intensamente que havia transbordado e aquilo acabou escapando. Olhando para a sua parceira, contudo, sentiu medo. Andrade lhe encarou por alguns segundos e lhe fez um carinho ao longo de seu braço direito, pegou sua mão e deu-lhe um beijo ali.

– Você pode falar alguma coisa, por favor? Eu...

– Você sabe o que isso significa agora, não é? – Rebeca a acariciou no rosto.

– Claro que sei. – Simone respondeu, olhando-a nos olhos. – E isso está me assustando mais do que imagina.

– Eu também te amo. – Andrade respondeu, ternamente. Sentiu seu coração errar as batidas.

                     Biles desmontou em um sorriso largo, segurou o rosto dela com ambas as mãos e tomou-lhe os lábios em um beijo calmo. Ao finalizá-lo, encostou a testa na dela e suspirou.

– Você tem certeza disso? – Perguntou, com uma ponta de insegurança.

– Sim. Eu nunca confirmaria algo dessa importância se não tivesse certeza. – Rebeca disse, acariciando-a nos braços. – Eu te amo. – Confirmou.

                    Simone, então, a abraçou. Suspirouu, sentindo-se beijos carinhosos em seu ombro e pescoço. Seu corpo experimentava uma bomba de endorfina e ocitocina, o que lhe fazia se sentir muito feliz e extremamente bem. Resumindo: não queria desgrudar de sua mulher de jeito nenhum. Rebeca se sentia da mesma maneira. Era um sentimento único que lhe fazia transbordar. E transbordou: seus olhos molhados eram a prova.

– Está chorando, meu amor? – Biles perguntou, vendo as lágrimas dela escorrer pelo rosto.

– Eu estou tão... Tão feliz... – Andrade disse, sorrindo largamente. – Sinto que vou transbordar.

                   Simone suspirou e a beijou.

                   Tomada por aquele sentimento, Rebeca se levantou, ainda com ela em seu colo e a deitou de costas na cama, ficando por cima e encaixando-se entre as pernas dela. Simone a abraçou pela cintura com as pernas, pressionando a base de suas costas. Andrade desceu com os beijos pelo pescoço, ombros e tórax de sua mulher e não demorou para tomar-lhe os seios com ímpeto e vontade. Seus movimentos eram um misto de delicadeza e intensidade, uma combinação perfeita para que a sua mulher se remexesse e ondulasse de prazer, enquanto arranhava seus ombros. Voltando a se erguer sobre ela, Rebeca, em uma jogada inteligente, melhorou o encaixe de suas pernas, colocando a coxa direita acima dela, encaixando o ângulo do joelho. O Latim científico chamava aquilo de Tensorius sexualis. A famosa tesoura.

                   Os sexos de ambas entraram em um contato intenso, fazendo com que ambas sentissem um calor subindo e irradiando por seus corpos. A que estava por cima, passou a se mover com ímpeto, sentindo seus músculos estremecerem com aquele prazer. Foi impossível não emitir gemidos expressivos e arfar. Simone, por baixo, estava totalmente entregue e apenas gemia, agarrada à sua mulher, puxando-a mais para si. Vez ou outra, pedia, com um movimento de queixo, para que se beijassem, mais o beijo não era sustentado por conta de suas respirações ofegantes. Andrade, então, encaixou o rosto na curva de seu pescoço, aumentando os seus movimentos.

– Argh... Eu te amo... – Disse ao ouvido de sua mulher, carinhosamente. – É só você... Ohhh... É só você que eu quero... – Completou, mordendo sua orelha.

Podium and FireOnde histórias criam vida. Descubra agora