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                    Aquela história começou de forma inusitada: duas ginastas com grande potencial se encontraram no ginásio em uma olimpíada. De um lado, estava Simone Biles, um fenômeno da ginástica, se consagrando como uma das maiores de seu tempo com um histórico de conquistas vasto; do outro, estava Rebeca Andrade, competindo por uma grande oportunidade e sem medalhas, até então, sendo levada pelo seu sonho de representar e dar orgulho ao seu país. Grandes rivais que ganharam a atenção das mídias e movimentaram o maior combate na ginástica artística feminina, trazendo um novo olhar da população para a modalidade. No entanto... A rivalidade ultrapassou as barreiras e acendeu uma paixão. 

                    Biles gostava de sempre ter alguém frequentando sua cama e disposto a seguir suas ordens; Andrade não tinha pretensões de se envolver emocionalmente com ninguém; A rejeição fez com Biles insistisse e a ideia de algo casual atraiu Andrade. O casual foi se tornando muito mais intenso, carnal, visceral... Até que se tornou paixão. E da paixão, veio o amor. Um amor tão forte que fazia os corações baterem no mesmo ritmo e suas almas transbordarem. Um amor que lhes conectou no altar, selando suas vidas e unindo suas almas, tornando-as uma só.

                       E o tempo foi passando... A convivência foi tornando o laço entre elas ainda mais forte, apesar dos desafios. Cada uma foi conhecendo mais do mundo uma da outra: família, amigos, hobbies, experiências de vida, trajetória, etc. O envolvimento intenso e carnal de ambas fora demasiado rápido e não houve tempo para que se conhecessem dessa maneira. Tiveram acesso ao corpo e não à alma primeiro. Mas agora, com a certeza de que não haveria forma de se separarem ou de se perderem, finalmente se permitiram àquele acesso tão íntimo e tão especial. E quanto mais se conheciam, mais o amor crescia e junto a ele a admiração e o respeito. Andrade e Biles descobriram um companheirismo forte entre si. Algo fortalecido pelo sentimento forte que sentiam. Se apoiavam, se incentivavam o tempo inteiro e se ajudavam a superar suas dificuldades. Agora, tinham um verdadeiro lar e estavam cercadas por pessoas que amavam. Tudo estava perfeito. 

                         O amor era tanto que não cabia em apenas em dois corações. E ele transbordou... Para um terceiro. 


                          Março de 2026. Programa de Ana Maria Braga. 

                          Rebeca Andrade era convidada de honra do programa de Ana Maria Braga para o tradicional quadro do café da manhã. Como era de praxe, a ginasta estava tímida, com os óculos no rosto e com os ombros encolhidos. A roupa que usava era um pouco mais casual, mas não perdia o lado esportivo: calça jogger preta, blusa branca e um moletom branco com detalhes amarelos e a bandeira do Brasil. Estava calçando um tênis branco. Seu cabelo estava solto, escorrendo por seus ombros e uma maquiagem leve fechava o seu look. 

– Rebeca Andrade, minha querida! É um prazer estar com você de novo! – A apresentadora disse, assim que sentaram à mesa.

– Muito obrigada, Ana Maria. – Rebeca sorriu, ajeitando os óculos no rosto. – É um prazer estar de volta. 

– Bom... Muita coisa aconteceu, não foi? Desde a última vez que nos vimos?

– Ah! E como! E tudo foi tão rápido. 

– Pois é... – Ana Maria sorriu. – Olha, toda essa mesa foi preparada especialmente para você. Pode ficar à vontade.

– É sério?

– Sim. Da última vez, você quase não comeu. 

                   Rebeca riu ao ouvir aquilo, pois, na internet, todos faziam memes sobre seus pensamentos sobre receitas enquanto competia e também sobre o fato de ser taurina. E, naquele momento, estava mesmo com fome. 

Podium and FireOnde histórias criam vida. Descubra agora