I hate when they tell me what to do

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– Espera um pouquinho, Biles! Você está onde? – Sunisa Lee, sua colega de equipe, perguntou indignada ao telefone.

                    Biles revirou os olhos com o tom dela. Sinceramente, Lee era a mais chata do mundo, na sua opinião. Detestava que lhe dissessem o que fazer e, se não tivesse que depender da equipe para um bom desempenho nas olimpíadas que estavam se aproximando, já teria esganado aquela mulher.

– Primeiramente, Lee... Abaixe o seu tom de voz. E segundo, o que faço não é da sua conta. – Rebateu. – Só estou te avisando porque não consegui falar com nenhuma das outras.

– O que você está pensando? – Sunisa continuava com as críticas. – Temos que nos preparar para uma olimpíada! Qual parte disso você não entendeu? Precisamos de você para o treino!

– Bom... Estou voltando para aí dentro de dois dias, pode ficar despreocupada. Agora, se me der licença... – Foi tudo o que Simone disse, antes de desligar. – Que mulher chata!

                    Rebeca riu de seu mau humor enquanto terminava de se vestir, fazendo-a se virar em sua direção com cara de poucos amigos.

– Você está bem?

– Eu poderia dizer que sim, mas ouvir a voz da Lee logo de manhã é de acabar com o humor de qualquer um.

– Sunisa Lee? – Rebeca franziu o rosto ao ouvir aquele nome.

– A própria. – Simone respondeu, respirando fundo. – Ela gosta de ficar pegando no pé de todo mundo, fica se achando a tal... E a marcação especial é para cima de mim. Ela sabe muito bem que eu não suporto que me digam o que fazer e faz de propósito para me irritar. – Trincou a mandíbula.

– Olha, na parte de irritar, eu te dou muita razão. Mas...

– Mas o quê?

– Você não reclamou quando eu te disse o que fazer ontem. – A brasileira tinha um sorriso convencido no rosto.

– Não vem com essa gracinha. – Biles se levantou da cama e se aproximou dela. – Você pensou que estava me mandando, mas não estava.

– Ah, não? Tem certeza.

– Absoluta.

                  Ouvindo-a falar daquela forma, Rebeca sentiu-se desafiada e, se tinha uma coisa que gostava mais do que um bom sexo matinal era se sentir assim. Em resposta, agarrou a mulher pela cintura e a puxou para si, em uma pegada firme. Biles arfou com o contato e, por reflexo, colocou os braços aos redor dos ombros dela.

– Diz isso de novo. Anda... – Seu tom foi bastante firme. – Fala de novo. – Ordenou, segurando na bunda dela.

– Você não... – Simone fraquejou, olhando para a boca da brasileira. Havia estremecido por dentro com aquilo.

– Fica tranquila, Biles. – Rebeca sorriu de novo. – Para a sua sorte, eu gosto muito de mulheres determinadas. – Acrescentou, mordiscando-lhe no queixo, antes de soltá-la.

– Com você, eu me acerto na competição. Pode esperar.

– Olha, eu não ficaria tão confiante se fosse você. Dizem por aí que Simone Biles finalmente tem uma rival à altura. – Rebeca respondeu, ainda com um ar convencido no rosto. – E já que você mencionou a Sunisa Lee, pode dar um recado a ela por mim?

– O que tem a dizer a ela?

– Diz a ela que aquela prata em Tóquio vai ter volta. – Rebeca disse, beijando-a no rosto. – Tchau.

                   Simone suspirou quando ouviu a porta sendo fechada novamente. Tentou segurar o sorriso o máximo que pode, mas no final, desmontou. 

Podium and FireOnde histórias criam vida. Descubra agora