I do whatever you want

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                    Ainda ajoelhada diante de Simone, Rebeca sentia aflição. Não aguentava mais ficar longe, o que era uma grande ironia para alguém que não costumava se apegar emocionalmente. Porém, o medo de não tê-la mais em seus braços era real. Biles se olhava séria ainda, o que a deixava ainda mais aflita. Então, deixando o seu orgulho, estava disposta a fazer tudo por ela. Se ela lhe pedisse para ajoelhar ou se arrastar, o faria. Se ela lhe pedisse para lamber o chão, lamberia. Se ela quisesse lhe pisar, por quê não? Enfim... Sua dignidade já estava no chão à tempos. Estava mesmo disposta a tudo.

– Babe... – Disse, segurando as mãos dela. – Eu não tive a intenção de provocar ciúmes em você. – Seu tom era manso. – Me desculpe...

– Eu não estou brava com você exatamente por isso. O Hamilton está claramente com segundas intenções, mas não é isso o que me preocupa. Confio em você, mas... Saiu sem me dizer nada. Quando vim te procurar, me deparo com uma foto sua com ele.

– Eu... Bom...

– Está bem, eu entendo que ele seja o seu ídolo. Mas...

– Por favor, para de me torturar. – Rebeca, em um ato desesperado, a abraçou pela cintura, encostando a cabeça em sua barriga.

                    Simone, agora, não estava entendendo aquela mudança de postura, mas estava achando aquilo tudo muito fofo. Porém, o momento também lhe permitiu observar uma coisa que definitivamente não esperava: uma vulnerabilidade que não condizia com ela. Soube, então, que o jogo estava ficando mais intenso e perigoso.

– Rebeca... – Disse, acariciando-a no cabelo, prestes a se render. – Por favor, não faz assim. – Sentiu o coração quentinho.

– Eu espero que você entenda o que está acontecendo agora. – Rebeca a olhou. – Estou com saudade de você. Muita saudade. Você não consegue imaginar o quanto. Não quero que me deixe de castigo assim.

– Como você é fofa. – Biles sorriu, acariciando o rosto dela. – Acho que podemos fazer as pazes. Mas eu tenho uma condição.

– Pode falar. Farei o que você quiser.

– Bom... Eu quero que você prometa que não vai fazer nenhuma gracinha dessa de novo.

– Me prometa isso também. Não quero mais... – Rebeca tentou argumentar, mas Simone encostou o dedo em sua boca.

– Shhh... – Ela disse. – Vem aqui.

                   As duas, então, se levantaram e, se olhando, não resistiram a um abraço. Era um ato carinhoso. Mas logo se tornou mais íntimo, pois suas respirações estavam ficando ofegantes. Simone, então, começou a sentir beijos em seu pescoço, e, em um ato de reflexo, começou a acariciá-la na base das costas.

– Eu quero você. – Disse, já ofegante.

Rebeca sorriu ladino e, puxando-a pela cintura, a tomou em um beijo quente e intenso. 

Podium and FireOnde histórias criam vida. Descubra agora