Rebeca abriu a porta do quarto de hotel e, em um gesto cavalheiresco, abriu o passo para que sua namorada passasse. Tinha que confessar que passara o dia todo saboreando aquela palavra e, agora, de noite, não queria deixar que todo aquele encanto morresse. Ao entrar ali, Simone passou e sorriu ao perceber a mesa posta com velas e taças.
– Nossa! Isso está tão... – Biles ficou surpresa. – Está incrível.
– Você gostou mesmo? Preparei exclusivamente para você. Quero que esse momento seja muito especial. – Andrade tinha um tom galanteador.
– Como teve tempo de fazer isso se passamos a tarde toda juntas?
– Como se diz no Brasil: eu dei os meus pulos. – Ela disse, aproximando-se de outra mesa.
Ao voltar a se aproximar de sua mulher, Rebeca tinha um buquê de flores grande. Era um buquê muito bonito e ornamentado.
– Rebeca... – Simone a olhou marotamente. Atitudes como aquela não lhe eram muito familiares, mas havia gostado.
– Isso é para você. Tulipas vermelhas. – Rebeca entregou-lhe o buquê.
– Nossa... Eu...
– Vermelho é a sua cor. O presente não poderia estar mais certo.
Simone não disse nada de início, apenas se aproximou de sua mulher e, com o braço livre, abraçou o pescoço dela e deu-lhe um beijo carinhoso.
– Como você é romântica. – Disse, após o beijo.
– E então? Vamos comer? – Rebeca perguntou, dando-lhe um beijo na testa.
– Está bem, senhorita faminta! Vamos comer.
A brasileira, então, pegou o telefone e ligou para a recepção, pedindo que o jantar fosse servido: um delicioso coq au vin e um vinho tinto suave. Em um gesto gentil, puxou a cadeira para a namorada sentar e foi para o seu lugar, sentando-se no lado oposto da mesa. As duas, então, jantaram em um silêncio confortável e trocavam olhares apaixonados. No entanto, cada uma tinha o seu próprio pensamento: Simone Biles estava encantada com os detalhes, pois era algo que, mesmo não sendo muito familiar, gostava. As flores, o vinho, as velas... Tudo formava aquele clima romântico clichê de Paris; Rebeca Andrade, por sua vez, tentava degustar a comida enquanto pensava na comida de sua mãe, que deveria estar melhor, e na saudade que estava de uma comida brasileira.
Terminando de comer, o casal ficou conversando enquanto esvaziavam a garrafa de vinho. A áurea, então, foi se tornando sensual: olhares sedutores, sorrisos tímidos... Tudo favorecia. E então... As duas se aproximaram da cama aos beijos, os quais eram um pouco diferentes: tinham mais sabor – o vinho talvez fosse o responsável –, eram mais doces e mais ternos. O álcool no sangue também dava uma animação a mais. Biles tirou os óculos de Rebeca, os dobrou e colocou em umas das mesas de cabeceira. Quando voltou para perto dela, já foi se despindo. Ela também, sem perder tempo, começou a se livrar das próprias roupas. Já nuas, as duas se envolveram em mais um beijo saboroso, o qual foi regado a carícias fortes, prazerosas e quentes.
Simone jogou a cabeça para trás, sentindo beijos quentes e mordiscadas em seu pescoço. Um gemido manhoso rasgou sua garganta ao sentir uma pegada mais firme em sua bunda no exato momento em que o joelho dela se encaixava entre suas pernas e pressionava o seu sexo. Por reflexo, arranhou suas costaas, arrancando-lhe um gemido também. Quando foram para a cama, Rebeca deixou que sua mulher ficasse por cima, sentando-se em seu quadril. Sua mão foi escorregando para o meio das pernas dela, mas foi tirada imediatamente dali. Simone a colocou acima de sua cabeça.
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Podium and Fire
FanfictionSimone Biles é uma grande ginasta. Acostumada a sempre estar por cima do pódio e de ser a maior de seu tempo, não estava preparada para encontrar uma rival à sua altura: a brasileira Rebeca Andrade. No entanto, seu interesse vai muito mais além do e...