O Destino《MXTX e WOH》

HUALIAN

02/03

A música soava como um calmante para seus ouvidos, algo que o fez se esquecer de comentários maldosos contra sua pessoa que fizeram mais cedo.

A verdade é que não se importava tanto quanto antes, entretanto estava sentimental e isso lhe tocava um pouco mesmo não querendo, além de que tinha um alfa qual se sentia incomodado diante dessas pequenas ofensas.

Mas isso não importava agora, estava a viver um sonho. No meio do pátio denso, degustando da ventania agradável e a melodia serena, um alfa e um ômega se olhavam e dançavam juntinhos, ambos apaixonados e demonstrando a intensidade deste sentimento puro através do olhar.

Uma mão pousava sobre suas costas e outra segurava sua mão com delicadeza, perdido entre aquele abismo negro do olhar do outro, seguiam num passo lento e repetitivo enquanto o admirava e lhe elogiava mentalmente.

Apesar de ser considerado a Jade do azar, o destino coletou a pessoa mais preciosa da terra e lhe deu de presente para que soubesse como era ser de fato feliz.

Agora podia dizer que conhecia a felicidade…

— Gege

— Sim, San Lang? — murmurou.

— Está incomodado com algo? — perguntou fazendo o outro arquear as sobrancelhas. 

— Não? — disse mais para si do que para o alfa que lhe encarava sério e preocupado em sua frente.

—  Gege? — o outro suspirou e encostou a cabeça em seu peitoral.

— São os olhares. — sussurrou.

— Eles são todos tolos e não sabem o que fazem

— San Lang.

— Não defenda essas pessoas, elas não merecem tua justiça

— Mas é por não ser justo com os outros, que muitas vezes nos damos mal — sorriu.

— Do que importa? 

— Eles serão julgados por mal comportamento, entretanto, ninguém terá algo para falar sobre o meu comportamento, porque sempre fui justo e paciente.

Hua Cheng suspirou e o envolveu com mais firmeza, olhou em volta percebendo os olhares das jovens damas e ômegas machos e os encarou com desprezo.

— San Lang. — o ômega lhe chamou e o maior se afastou.

— Diga-me. 

— De repente não me senti bem, poderíamos sair um pouco? — perguntou receoso.

— Claro, sua alteza. 

O alfa colocou a mão direita em seu ombro e o conduziu até uma área mais afastada da população, o ômega respirou fundo e fechou os olhos, permitindo ser guiado pelo homem ao seu lado. Ambos pararam e ele abriu os olhos, observando o pé de cerejeira antes de se virar e sentar-se na grama.

— O que está sentindo?

— Me senti sufocado com todos aqueles aromas misturados, nada de mais — abanou a cabeça. — Meus pés doem também. 

O alfa se agachou, sentado à sua frente por cima da própria perna, então ele puxou o pé do castanho, retirou a percata do seu ômega e começou a fazer movimentos circulares com os dedos.

— E-ei San Lang! — murmurou confuso.

— Massagem ajuda nesses casos

— Não é necessário…

— Eu quero ajudar.

Xie Lian olhou para o homem que estava atento ao seu pé enquanto massageava o mesmo e soltou um sorriso bobo, sentindo-se sortudo por ter alguém que se preocupava tanto consigo. Enxergava o jeito do alfa demonstrar afeto e percebia que este gostava de tocá-lo e mimá-lo.