Ao chegar na sala e avistar o homem de terno escuro e olhos claros, travei por um segundo.
Ele abriu o sorriso mais lindo do mundo.
Disparei. Atravessei a sala num segundo rumo aos seus braços abertos e pulei nele feito um macaquinho. Alexander me apertou forte inalando meus cabelos profundamente.
Afastei o suficiente para olhar em seus lindos olhos que carregavam o céu inteiro. A suavidade que encontrei ali fez meu coração mudar para o estado líquido. Todo o nervosismo de minutos atrás perdeu o sentido.
— Oi... — falei, mal contendo meu sorriso frouxo.
— Oi — ele prendeu atrás da minha orelha uma mecha que caía perto do meu olho. O toque tinha a suavidade de um sussurro.
Sem pressa, aconchegou minha bochecha na mão e gentilmente me puxou para o encontro dos seus lábios.
O brilho nos olhos dele, ao baixarem para minha boca, reluzia mais que mil estrelas. Até parecia que ele estava apaixo...
Vibração de celular.
O encanto se quebrou, transformando a expressão dele numa de irritação. Desci e ele pegou o aparelho com cara de quem quer matar cem mil.
— Preciso atender — resmungou como um pedido de desculpas e levou o celular ao ouvido.
Enquanto ele dava respostas curtas e irritadas ao telefone, levei-o pela mão rumo à sala de jantar.
— Surpreendente você ter aprendido a usar esse cérebro mais liso que mármore polido — ele disse antes de desligar.
Paramos perto da mesa. Quando ele guardou o aparelho e ergueu os olhos, seu rosto se encheu de uma surpresa espantada.
— Você cozinhou? — perguntou, incrédulo, mas não entendi por que ficou tão impactado.
— Pra você — declarei com um sorriso tímido.
Alexander olhou para mim. Não consegui decifrar o que havia em seu olhar intenso, nem tive tempo. Sem aviso prévio, ele me beijou.
Um beijo de saudade, exigente. Fechou as mãos em minha cintura e me levantou, sentando-me na mesa com um movimento decidido. Senti o frio da madeira contra minhas coxas quase desnudas pela saia que subiu.
Ele abriu minhas pernas e se encaixou.
Frio na barriga.
Seus dedos traçaram uma linha quente pela lateral da minha cintura, por dentro da blusa. O destino eu já sabia. Arqueei as costas em antecipação, o coração disparado.
Minhas mãos partiram em busca de um ponto de ancoragem, subindo pelo peitoral, nuca, até se agarrarem aos cabelos sedosos.
Eu sentia cada músculo tenso, cada batida acelerada do seu coração, cada vestígio do seu desejo por mim.
Com uma mão dele a caminho do meu seio e a outra levantando ainda mais a minha saia, minha cabeça caiu levemente para trás quando lábios quentes desceram pelo meu pescoço com beijos molhados.
Senti sua rigidez em minha virilha e achei que ele ia me jantar naquela mesa.
Meu corpo inteiro vibrou. O celular dele, também.
Paramos abruptamente. Ainda com os lábios perto dos meus, ele respirava pesado, assim como eu. Sua testa encostou na minha por um instante antes de ele suspirar e pegar o celular.
O maxilar travou conferindo a tela. Seu olhar, ao erguer-se para mim, exibia um pedido mudo de desculpas.
— Tudo bem — tranquilizei-o.

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Meu marido indesejado
Teen Fiction"Você está na escola, certo? Deve saber o mínimo de interpretação para entender que isso não é um casamento. É um contrato. Um mero pedaço de papel cujo único objetivo é impedir que você vá para um abrigo. Você assina essa porcaria, e cada um segue...