Reencontro e os planos

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Vamos lá? Mais um rsrs Ótima leitura :D

Acordou com o sol muito alto. Luthiron como sempre estava pensativo olhando o nada e ela achou melhor não incomodá-lo.

Observava disfarçadamente aquele cavalo branco enquanto trançava os cabelos de modo desajeitado.

Tinha sido bom esse dois dias com ele, por mais que tivessem passado por algum perigo tinha sido promissor para se conhecerem melhor e quebrarem a barreira.

Estavam mais próximos agora. Ele a tratava por Lúcia e não Lucastra, e também não estava mais tão reservado, ainda era quieto, mas ela já percebia que era o jeito dele, também era bastante preocupado com o bem estar dela.

Lembrava claramente do quanto ele tinha sido paciencioso quando ela contou de seu sonho, não a tratou com uma chorona quando sofreu pelo seu avô, muito pelo contrário, tentou confortá-la.

Por fim admitiu para si mesma, gostava dele, o achava um pouco esquisito, mas sentia que ele poderia ser um bom amigo.

Ele a tirou de seus pensamentos.

— Se quiser acender um fogo, aproveite, aqui estaremos seguros de dia.

Aquela era uma ótima noticia e Lúcia não perdeu tempo, acendeu o fogo rapidamente, pegou a carne curtida e pôs para assar, tirou um pequeno bule para fazer um chá então lembrou que não tinha água.

— Me dê o cantil que busco água.

Ela nem quis perguntar como ele faria isso, não queria ser grosseira, estendeu o cantil para ele já aberto.

Ele o pegou com a boca e saiu a galope na direção leste. Com um sorriso bobo e balançando a cabeça ela começou a preparar as folhas.

Tinha que fazer tudo antes do por do sol, mesmo assim não abriria mão de uma boa refeição, sentia um fundo no estômago.

Preparou tudo e esperou atenta ao fogo. Não demorou e Luthiron voltava segurando a alça com a boca, e lhe entregou o cantil cheio.

O focinho todo molhado deu a ela uma leve ideia de como ele havia feito aquilo.

— Obrigado Luthiron, o rio que você buscou a agua não era longe não é?

Você voltou bem rápido.

Luthiron concordou com a cabeça e em seguida parecendo cético ao olhar para a fogueira. — Então você sabe cozinhar?

Lúcia pensou consigo que ele até se viraria bem sozinho. Encheu o bule, colocou as ervas e adoçou com um pouco de mel.

— Na verdade não, porém sei fazer um chá muito bem.

— Tem que aprender, é bom saber essas coisas.

Realmente se ela soubesse cozinhar, todos aqueles mantimentos teriam mais utilidade.

— Sim você tem razão, acho que minha vó de uma certa forma me via como desajeitada. Foi com muito custo e depois de muita briga que consegui convencê-la a me deixar ajudar com as tarefas do rancho. Ainda assim eram poucas coisas, preparar um chá, servir a mesa, essas coisas sem graça.

Já tratar dos animais eu adorava. Era a hora sagrada para mim gostava de vê-los assanhados a me ver chegar com a comida.

— Você andou mancando por vários dias, ela me disse que você machucou o pé fazendo exatamente isso, cuidando dos animais. Talvez ela tivesse alguma razão de ter receio.

Lúcia ficou chateada ao lembrar, ainda assim não achava justo que ela tivesse a mantido longe de tudo o que fosse um pouco mais perigoso do que dar comida aos bichos.

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora