Segunda batalha.

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Haviam terminado de fazer as catapultas e carregavam pedras e baldes com o líquido inflamável.

Várias bolsas de couro já cheias aguardavam o uso.

—É quase madrugada. Dizia Ádino a Luthiron. Nada deles, devem estar chegando e não trazem nada de grande para que consigamos ver de longe, ou nem virão.

—Logo Jiron e Caluto virão com notícias, agora nos resta aguardar apenas.

Luthiron olhava a torre no meio do forte.

Falta pouco pensou ele, se demorarem mais a chegar aqui, nossas chances de segurar esse forte será maior e Lúcia terá o tempo que ainda precisa para terminar a missão.

Mas as batidas de asas apressadas chamaram a atenção de Luthiron.

Caluto carregava Jiron desacordado, não parecendo se importar com o peso.

Pousou devagar, deitando Jiron no pátio, que já estava ficando lotado de zargons e jeguinhos esperando informações.

—Estão perto, agora mais organizados.

Eles vêm com arqueiros na frente, centenas de pastores, mais orcs e taurillos estão com eles.

— Quantos taurillos. — perguntava Érono que corria na direção de Caluto para saber informações.

Alguns centauros haviam levado Jiron para ser tratado, uma flecha havia acertado sua perna, e ele havia perdia sangue já há algum tempo pelo escurecimento do sangue em volta da flecha.

— Pelo tamanho do pelotão são quase mil deles. Dois mil orcs e quase mil arqueiros pastores, são cinco mil orcs do limbo.

— O dobro da quantia que mandaram. — disse Érono olhando para Luthiron preocupado.

—Precisaremos ter raça nessa batalha. — Disse Luthiron olhando de relance para a janelinha acesa no alto da torre.

— Se meu povo estivesse aqui. — Ádino falou soltando um suspiro melancólico. — Os taurillos não me preocupariam.

— Se Lúcia conseguir libertar o povo de Jahil. — disse Luthiron. — Teremos uma chance. Sob a forma de quatro patas reduz pela metade nosso poder de ataque no solo.

— Me preparem um arco. — Pediu Érono.— Quero flechas com pontas de ferro. Vocês têm algum tempo ainda. — Gritou ele com energicamente aos centauros que começaram a agir imediatamente.

— De que lado vão se aproximar Caluto? — Perguntou Balmac.

— Pela posição virão somente pelo portão.

— Usarão os taurillos como proteção com certeza. —Luthiron balançou a cabeça preocupado, tentando achar uma saída. — Se entrarem vão nos pisotear e chifrar, apesar de serem pouca coisa mais altos do que os cavalos ainda assim, eles tem uma força descomunal para vencer barreiras, os menores não terão muita chance.

— Isso se encontrarem alguém no chão, mas acho que poderemos pensar em uma forma. — Disse. Balmac saindo apressado para coordenar seu povo.

— Ou se viverem para entrar. —Disse Ádino pensativo coçando o queixo, logo ele falou um pouco mais animado. — Precisamos de lanças inteiras.

Os faunos correram para a pilha de armas e começaram a recolher as lanças com pressa.

— Coloquem no portão. —Gritou Luthiron.

Agora não ficarão no salão da torre, ficarão no portão, precisamos segurar eles o maior tempo que pudermos ainda do lado de fora, se quisermos ter alguma chance contra eles.

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora