Plano de ataque

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Voltaram ao salão das portas e Lúcia sentiu a diferença drástica de temperatura. O ar parecia gelado, diferente do clima daquela sala subterrânea.

Todos pareciam aliviados por estarem em um ambiente mais fresco. Dávolo seguiu para a cozinha pedindo que todos o acompanhasse, Érono esperava com um rolo nas mãos, mais vários distribuídos sobre a mesa.

— Gostaram da excursão? — Perguntou ele divertido ao ver todos suados.

Eles concordaram rindo do pequeno sofrimento que Dávolo os fez passar. Érono abriu o rolo sobre a mesa, e eles a rodearam para poderem ver o que era.

Era um mapa com apenas três locais, a mina, a floresta e o vilarejo.

Érono apontou o dedo grosso em um ponto. — Será um dia pela floresta até chegar nas primeiras casas do vilarejo, ele é grande e bem construído, mas a maioria das ruas são estreitas, não nos deixando muito espaço para esconder, porque não há nada pelas ruas, foi limpa para a passagem das várias carroças que chegam e que saem, o local que tem que ser encontrado é a casa do antigo rei.

Lúcia conhecia o mapa, sabia aonde ficava. — A casa é essa disse ela apontando para um ponto no mapa, apontou para outro ponto do outro lado.

— Aqui fica a entrega do carregamento que o povo de Jahil tem que fazer. Lúcia deslizou o dedo pelo mapa indicando um caminho. — Eles seguem em fila por aqui partindo dessa casa. — Lúcia parou com o dedo no local.

— Ele saem de minas subterrâneas, ficam lá quase todos, a cidade fica praticamente vazia, ficam todos centrados nessa mina para trabalharem.

Não sei o que retiram de lá, mas existem muitos orcs em carroças puxadas por uns animais grandes e quietos e dentro da mina não há muitos deles vigiando o trabalho, eles cobram a carga somente na saída.

Existe um tipo de pequenos homens que carregam as cargas e outros que ficam tirando mais pedras, são silenciosos, parecem não saber falar.

Lúcia levantou os olhos do mapa para continuar a falar sobre os homens pequenos, mas parou subitamente, olhavam para ela com algum espanto, principalmente Érono, ficou vermelha, olhava de um para outro sem saber como agir.

— Me desculpa a intromissão Érono pode continuar não quis me intrometer.

— Não Lúcia. — disse Érono ainda espantado. — Só quero saber como sabe disso? Ou eu estou muito enganado ou você nunca foi a esse vilarejo.

— Tem razão Érono eu nunca fui a esse vilarejo, mas vi parte dele em um sonho quando estive com o oráculo.

— Isso explica muita coisa. Dávolo estava satisfeito. — Vai nos ajudar muito.

— Porque nunca falou disso conosco?­ — Perguntou Caluto.

— Não sei, agora que me veio à lembrança disso, não havia me lembrado antes.

Isso pôs fim as perguntas, Jahil se aproximou um pouco do mapa.

— Os animais que você disse transportar as cargas são búfalos.

A volta ao assunto deixou Lúcia mais a vontade. — E depois, esses búfalos transportam essas pedras não sei para onde.

Linade apontou para o sinal que Érono havia marcado aonde indicava a casa do rei. — Se é aqui que terá que ir Lúcia então será essa casa que iremos guardar.

— Acho que não Linade. — Lúcia olhava pensativa para o mapa. — Nessa casa terei que pegar algo que ainda não sei o que é, e depois ainda terei que ir para essa torre. — Apontou um outro ponto no mapa. — É meio longe da casa, isso pode complicar um pouco mais, teremos que correr muito até chegar nessa torre, é guardada, tem um forte em volta dela.

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora