A iniciação (parte 2)

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Olá pessoal, não desistam de mim nesse livro. Estou finalmente terminando Sanoar e então poderei me dedicar exclusivamente nas postagens das crônicas. Como muitos de vocês já sabem estou com pouco tempo por conta do trabalho, por isso optei por um livro de cada vez. ainda assim hoje vou postar uns dois caps aqui só para agradecer vocês pela paciência. Obrigada :)

A cauda antes tão distante estava se aproximando lentamente e essa tinha a ponta muito mais fina.

Um medo começou a florar em Lúcia, por mais belo que fosse, era afiada e perigosa.

Pensou em fugir, nadar longe, mas respirou fundo tentando confiar que ficaria bem, pensou na confiança de seus amigos no oráculo, ela não ia mata-la, não depois de tanto esforço para protegê-la.

Aa cauda se aproximavam cada vez mais, e os cabelos do oráculo começaram a se enrolar em seu corpo rapidamente dava várias voltas e, cobrindo todas as partes que ficavam para fora.

Lúcia ficou completamente imobilizada, a escuridão tomou conta de tudo, os cabelos haviam a envolvido completamente, se sentiu como uma lagarta em um casulo, ainda assim ficou quieta, ninguém a havia preparado para isso, seu coração estava acelerado de expectativa e medo.

Ainda não havia esquecido a cauda, via apenas a sombra entre os cabelos que lhe cobriam.

A ponta afiada chegou pertinho de sua cabeça dando uma ligeira volta, a dor que Lúcia sentiu na nuca foi aguda e rápida, aquele enorme ferrão tinha soltado algum líquido dentro dela.

Começou a perder os sentidos devagar.

Estava tudo escuro e não sabia que direção tomar, estava flutuando ou nadando, porém não sentia nada, nem frio ou calor.

Não conseguia ver nada, parou de se debater e deixou a mente leve, estava ali por algum motivo então precisaria se concentrar apenas em seu instinto.

— Que tipo de ambiente é esse? — Perguntava para o nada. — Por que estou aqui?

A voz serena soou em sua mente.

Se concentra nos detalhes, se atenha a eles por menor que seja. Será neles que vai encontrar o que precisa quando começar sua tarefa.

Logo a escuridão deu espaço a um sol que brilhava forte afetando seus olhos por um tempo.

Não tinha peso, seu corpo translúcido era apenas um sopro dela passeando, apenas sua alma flutuando.

Estava em um vilarejo, passava por várias cabanas, criaturas estranhas conversavam na rua sem notar sua presença.

— Que vilarejo é esse? Eles não conseguem me ver.

É um forte. Você está nas terras que pertenceu ao povo de Jahil há muitos anos atrás. Onde está agora era um local de comércio.

As muralhas foram construídas com a eminência da guerra contra o espectro. Em volta dessas muralhas está o vilarejo. Essas pequenas e poucas casas não são cabanas, eram lugares onde se colocavam armas, e as maiores onde as mulheres e crianças dormiam enquanto estavam refugiadas dentro do forte.

— Mas são o povo de Jahil essas pessoas com capuz? Não consigo ver seus rostos.

Não precisa, eles não tem importância. Quero que circule pelas ruas e conte quantos, verá que são poucos para ser um povo que habita este lugar.

Lúcia flutuou por todo o vilarejo e contou os que vestiam túnica.

— Oitenta no total, não pode ser eles. Onde está o povo de Jahil?

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora