Prontos para partir

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A luz do luar era ainda forte quando Linade a sacudiu de leve. — Vamos, temos que nos arrumar, já esperamos demais e os outros estão assanhados.

Lúcia levantou de um pulo, também tinha pressa. — Vai ser frio aonde vamos?
— Não, por que pergunta isso?
— Essas roupas que estamos usando e as outras que estamos levando são todos de tecido mais grosso que o que usei antes.

— Mas são tão leves quanto eram as outras, são mais grossos por ser de material diferente, mas a leveza é a mesma.

Lúcia não acreditou muito nisso e já imaginava o calor que ia sentir quando o sol castigasse em seu auge no céu.

Depois de tudo pronto, saíram e encontraram todos em uma fogueira esperando por elas.

Lúcia foi ter com o oráculo e a encontrou sorridente e com um olhar amistoso ao recebê-la.

— Boa sorte, espero que tenha sucesso em sua primeira missão. Como sabia que viria, queria te dar isso pessoalmente. — Evaluin lhe entregou um arco e uma aljava. — Pode atirar as flechas que for sempre terá uma flecha para te socorrer, cuide bem dele e o use com tudo o que aprendeu. É um conjunto fabricado há muito por meu povo.

— Vou dar o melhor de mim para isso Evaluin obrigada. Vai ficar bem sozinha?
Evaluin sorriu como se a resposta fosse óbvia. — Se concentre apenas em sua missão, aqui eles não podem comigo, apesar de não poder sair eles também não conseguem entrar, então ficamos empatados.

Lúcia sentiu imensa tristeza ao vê-la ali presa, uma criatura tão boa não merecia esse clausuro. — Um dia poderá sair daí Evaluin?

— Quem sabe, mas se eu conseguir um dia, você saberá. Agora não deixe os seus esperando que sinto a excitação deles em querer partir.

Depois de um singelo e significativo aceno Lúcia saiu da casa do oráculo e acelerou o passo, estavam mesmo apressados, não paravam de falar no tempo que iriam levar para chegar a Niedra.

Não demorou muito para que estivessem em marcha até a saída. Andavam em silêncio e apressados, as tochas clareavam o lugar tenuemente, sair foi muito mais rápido, já conheciam o caminho.

Uma brisa fresca soprava, a lua ainda estava com força no céu e não demonstrava que queria dar lugar ao sol, achava cedo para isso.

Subiram com um pouco de dificuldade, tinham que sair da cratera e ainda passar pelo campo.

Lembravam bem do perigo que correram naquele lugar. Caluto que havia seguido na frente voltava em silêncio, o que sempre era um bom sinal.

Assim que venceram a subida e chegaram ao campo, andaram velozmente e com mais precaução. Dessa vez não encontraram perigo nesse trecho.

Seguiram na direção da floresta de Elcandor, apesar da pressa, estavam atentos, não sabiam como estavam às coisas do lado de fora da caverna e isso os deixava um pouco nervosos, receosos de encontrarem uma armadilha por ali.

Sem terem combinado previamente ninguém falava, apenas ficavam atentos a qualquer barulho,

Caminharam assim pelo que pareceu a Lúcia um longo tempo.

O sol estava vencendo a teimosia da lua e aparecia os primeiros raios, apesar de a escuridão não mais intimidá-la como antes, ela estava feliz de ver o sol, sentia falta dele.

Apesar de parecer o mesmo de Carnuin ainda assim. Esse era mais bonito para ela, mais real.

Passaram pelo campo verde e adentraram a floresta tomando uma direção diferente do caminho que usaram para chegar.

Estavam mais relaxados ao se encontrar em segurança dentro da floresta e começaram a conversar ainda que em tom baixo.

Fizeram planos já para o meio do dia, e sobre encontrar abrigo naquele lugar que ainda era desconhecido.

Luthiron se aproximou de Lúcia, caminharam juntos em silêncio por algum tempo.

— Estou meio estranha com essas novas roupas Luthiron, quando estava com o oráculo não percebi essas mudanças pela intensidade dos treinamentos, apenas quando vesti essas roupas que percebi que estava muito diferente do que era.

— Realmente te achei muito diferente. Você está mais alta e não está franzina como antes, e seu cabelo está pouca coisa mais claro, parece que acompanhou sua mudança, está comprido, essa trança antes ficava pouco mais baixo que seu ombro e agora chega ao fim de suas costas, são mudanças impressionantes.

— Eu achei também, quando olhei no espelho fiquei assustada com que vi.

Pensei que era sensação apenas, mas desde que tinha colocado as roupas que usava vi que tinha algo de errado comigo.

— Isso é sinal que aproveitou bem sua iniciação e pelo jeito o oráculo não te deu descanso, está usando um arco poderoso Lúcia. Vai te ajudar muito quando precisar.

Lúcia olhou para o arco procurando algo diferente. — Porque poderoso?

— Esse arco é único, criado por um povo extinto, um feiticeiro do povo do oráculo o criou e deu a rainha, entregando também a aljava que compõe o conjunto pedindo a ela que simplesmente usasse o arco sem se preocupar com as flechas, dizem que a aljava é fiel ao dono nunca o deixando sem flechas. E segundo diz a lenda, as flechas mudarão de acordo com as necessidades e o pensamento de quem o carrega.

— Segundo as necessidades? Como assim Luthiron?

— Não sei direito, mas o guerreiro que transporta o arco ao segurar pensa em algo o arco entende a urgência disso. Então o arqueiro terá uma flecha que seja adequada a essa necessidade. Para ter a certeza se é verdade só se acontecer. São lendas então...

Lúcia passou o dedo pela fina corda do arco. — Lendas interessantes, tomara que eu não precise saber se isso é verdade tão cedo, quanto menos suspeitas e lutas tivermos, mais rápido poderemos chegar.

Sabem porque estou empolgada? Folga diachoooo aeee :D Agora vamos focar nas histórias, ai nem "querdito" Gente beijos e hoje estou aqui, falem comigooo aheuahue Beijos e obrigada por ler :D

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora