Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1

Niedra o primeiro Império

Vamos descobrir quem será o primeiro? Esse capítulo é uma fofura, saberão o que digo rs

_Mas eu não sei lutar Linade, e isso me deixa frustrada, até Ádino tem uma arma sendo tão atrapalhado e pelo que você me contou, ele sabe lidar com ela muito bem, aliás, nunca vi essa marreta dele, aonde ele guarda?

_Com ele, ele viaja com ela nas costas, mas quando está entre nós ele a guarda por respeito, nunca pedimos, mas acho que ele se sente mal quando está armado sem necessidade, ele é de paz Lúcia e só usa sua arma se for necessário.

_Então quer dizer que amanhã eu o verei armado?

_Sim todos nós estaremos para o caso de precisarmos.

Lúcia se lembrou de seu punhal e passou a mão sobre a bainha pensativa. _Vocês ainda poderão fazer bom uso das armas de vocês, eu só carrego meu punhal por enfeite, nem sei maneja-lo.

_Você terá muitos meios de lutar Lúcia, saberá usar o punhal se for necessário, mas ele não será sua arma mais poderosa.

Lúcia estranhou, será que Linade guardava uma arma mais poderosa para ela.

_Você diz que eu tenho uma arma maior e mais perigosa?

_Sim muito mais.

_E o que é? Uma espada ou um arco e flecha igual ao seu?

_Não Lúcia, esta arma esta dentro de você, você tem algum dom que fez o oráculo te deixar tão protegida, aos poucos irá descobrir, na verdade vamos descobrir isso juntos, esse seu sonho pode ser um deles, talvez seja uma manifestação do que você é capaz, ainda é cedo Lúcia, não posso te explicar porque não sei, você terá de se descobrir sozinha, iremos te ajudar no que puder, mas ainda assim é você que tem que notar alguma diferença em si.

_Mas e se não acontecer nada Linade?

Linade olhou para Lúcia e ameaçou um sorriso, como se aquela resposta fosse simples. _O oráculo não a tinha salvado para passar por tantos perigos depois se não soubesse de sua capacidade.

Lúcia ficou em silêncio pensativa, não tinha mais perguntas, precisava pensar, mas estava nervosa demais para pensar, a expectativa da viagem a deixava inquieta, não conseguia dormir, então resolveu olhar melhor o pequeno baú, depois de tanta correria havia se esquecido dele, pegou o pequeno baú e ficou observando seus detalhes aproveitando a luz do fogo, olhou para Linade, ela estava quieta com os olhos fechados encostada na parede da caverna.

Lúcia voltou sua atenção para o baú, o símbolo em volta da fechadura lhe era familiar, mas não conseguia se lembrar de aonde tinha visto, logo lembrou da chave e pegou dentro do bolsinho adjacente da bolsa e ficou examinando, era velha e tinha alguns desenhos no pequeno cabo, era um brasão tinha o formato de uma pedra circunda com uma minúscula coroa em cada ponta e no centro era enfeitado por uma flor estranha que saía de uma coroa um pouco maior, Lúcia chegou mais perto do fogo e então percebeu que tinha o mesmo símbolo do baú.

Então se lembrou do punhal, e uma desconfiança tomou conta dela.

Tirou o punhal da bainha, seus olhos corriam rápidos pela lâmina, então sua desconfiança estava certa, o primeiro desenho a começar pelo cabo era igual ao do baú e da chave, não era tão nítido como no baú, mas as formas eram muito parecidas, Lúcia tinha certeza já tê-lo visto porque havia se concentrado muito nele, pois era o menos apagado de todos os outros símbolos.

Sentiu crescer um comichão dentro de si de excitação, pegou a chave, estava trêmula e em seguida experimentou na fechadura e encaixou com perfeição, se deixando levar pela curiosidade girou a chave e ouviu um pequeno estalo.