Maravilhosa Surpresa

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Lúcia sentia o nariz arder pela emoção daquela visão, já nem se importava se era céu ou água sobre suas cabeças. Só tinha olhos para o cavalo branco e majestoso que vinha ao encontro deles.

Luthiron tinha os olhos alegres e não aquela tristeza que sempre demonstrou. Todos ficaram aliviados ao vê-lo e o saudaram com muita alegria demonstrando a saudade e preocupação que sentiam.

Lúcia ria e chorava ao mesmo tempo, não conseguia falar, sabia que ele estava vivo ainda assim seu coração estava mais leve ao vê-lo.

Ele deixou todos e se aproximou encostando o focinho em seu rosto, falou com a voz baixa.

— Se no futuro eu puder contar o que houve comigo, diria que nessa viagem tive três imensas alegrias. A primeira foi rever vocês hoje e quem sabe a segunda será quando vi meu povo liberto. Mas a terceira é saber que você conseguiu chegar aqui.

Lúcia o abraçou. — Eu sabia que você estava vivo Luthiron, achei que estava como prisioneiro, mas nunca duvidei que estivesse vivo.

— É uma longa história, prometo contar. Mas não agora você tem um encontro com o oráculo, não deve mais se demorar. Depois que terminar o que veio fazer aqui, teremos muito tempo para conversar.

Lúcia assentiu ciente da importância daquele encontro. — Como chego até o oráculo?
Luthiron lhe mostrou um caminho estreito e ladeado de pequenas plantas e mais a frente um portão simples que dava para uma pequena casa de pedras rusticas que eram iluminadas pela luz daquele estranho céu.

Um estranho telhado alto modificava sua forma ao tocar no céu de água.

Luthiron parou perto do portão. — Daqui irá sozinha.

— Ninguém virá comigo? — Perguntou olhando para todos que haviam ficado para trás.

Tinham a deixado ir sozinha com Luthiron.

— Vá Lúcia. — Gritou Linade. — Não tenha medo de nada, aqui estamos completamente seguros, iremos descansar enquanto aguardamos você.

Luthiron descansou a cabeça em seu ombro. — Não tenha medo. Não sairemos daqui até você voltar, é uma promessa.

Lúcia assentiu ansiosa, tinha tanto o que perguntar, queria saber com ele havia conseguido se salvar indo parar justamente ali, mas tinha que entrar, sentia que algo a chamava para dentro daquela pequena casa.

Abriu o portão e seguiu por um jardim bem cuidado e pequeno.

Observou o céu, era divino. Se fosse ao contrário, se o rio estivesse no lugar ela diria que era muito fundo pelo volume de água que dançava no alto.

Via os cardumes de peixes a nadar, lembrando a ela pequenos pássaros fazendo a revoada.

O brilho do sol atravessava as águas deixando fachos multicoloridos enfeitar a paisagem. Só achou estranho que o chão estivesse tão normal, tão cheio de vida. No mínimo deveria ser úmido e escuro, mas não era.

Chegando a porta, segurou a maçaneta dando uma última olhada para trás, estavam todos ali a observando.

A porta estava aberta, mas ela não conseguia dar nenhum um passo, se sentiu sozinha, queria que eles pudessem entrar com ela.

Acabava de descobrir um novo sentimento e era muito doloroso, o de abandono.

Agora entendia o quanto tinham se tornado importante em sua vida. E a liberdade deles dependia desse passo, decidiu entrar de uma vez. Rodou a maçaneta e abriu a porta.

O.O Que capítulo minúsculo eu sei rsrs Vou por outro para compensar vocês :P

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora