O oráculo ( Parte2)

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Olá pessoal, perdão se não estou respondendo na hora viu, estou usando os momentos de folga para responder, contudo hoje estou usando para postar aqui um cap. Beijos e ótima leitura :)



Lúcia sem entender nada olhou para Linade preocupada e ela se apressou em tentar ajudar.

— Deve ter mais alguma coisa Lúcia, somente com a chave seria fácil demais e qualquer poderia abrir, pense em algo que você pudesse provar quem é.

Lúcia pensava em várias coisas, mas nada do que tinha além da chave poderia usar.

Olhava a porta com atenção. Era de madeira rústica e cheia de musgos, não mostrava mais nada, nenhuma escrita que ela pudesse usar.

Perto do buraco da chave havia um pequenino aparador, passaria despercebido se não fosse a ideia que lhe ocorreu.

Sondou o aparador com os dedos, tinha o formato de concha, passando os dedos pelo interior sentiu um minúsculo buraco. Olhou para os outros sem entender.

— Parece ser um local para eu colocar algo, mas nada do que tenho caberia, é muito pequenino.

— Você ficou três dias aí. — Disse Linade. — O que você oferecer genuinamente seu ela saberá, mas não faço ideia do que possa ser, tente se lembrar de tudo o que lhe foi dado Lúcia, deve haver alguma coisa que caiba nesse buraco.

Não havia nada disso Lúcia tinha certeza, era tão pequeno que apenas uma ideia lhe passou pela cabeça. Ela não tinha mais nada para provar quem era além dela mesma.

— Então terei que colocar um pouquinho de mim ai.

Mesmocom a pouca visão ela viu que Linade sorria e havia entendido o que era.

Lúcia pegou seu punhal e fez um pequeno corte em seu dedo indicador na mão esquerda e deixou escorrer pelo aparador.

Não precisou de muito para que um estalo um pouco diferente do primeiro se fizesse ouvir, novamente virou a chave, ainda assim não conseguia abrir a porta.

— Acho que precisa fazer as duas coisas juntas. — disse Jiron.

Lúcia segurou a chave antes de colocar o dedo no aparador, assim que sentiu escorrer algumas gotas novamente, girou a chave.

Um estalo duplo foi ouvido dessa vez. Lúcia sentiu o coração disparar e segurou a porta com as duas mãos. Não precisou fazer força, apesar da aparência da porta ela abriu sem dificuldade não emitindo nenhum som.

Todos se mexeram nervosos, esperavam por esse momento muito tempo e finalmente ele acontecia.

Lúcia não se sentia nervosa ou preocupada agora, somente uma estranha segurança.

Não conseguia ver nada no interior, sondou com o pé antes de entrar e sentiu os degraus, iam ter que descer.

Devagar ela foi descendo, os degraus eram fofos e úmidos. Logo Lúcia ouviu o barulho da porta se fechando, todos já haviam entrado.

Atrás dela Linade sussurrou para os outros. — Precisamos sondar pela parede, deve haver tochas por aqui.

Lúcia ia tateando pela parede enquanto descia. Os degraus pareciam infinitos, sentia a pedra lisa e fria, por vezes sentia leves ondulações e apenas alguns sinais de ligação entre uma pedra e outra.

Estava curiosa para ver o caminho, porém tinha a sensação de saber por aonde ir. Não acreditava nessa sensação, nunca tinha estado ali antes e com menos de dois dias de vida não tinha como lembrar.

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora