— Por favor, precisa ajudá-lo ele vai morrer se não for alimentado.
O grupo agiu por instinto, se aproximando de Luthiron para protegê-lo ao ver os olhos do centauro pousarem sobre ele.
Sem dizer nada, o centauro levantou Lúcia e foi em direção a Luthiron que lutava para ficar lúcido, mas seus olhos indicavam que não estava conseguindo.
— Vou pedir que tragam alimento— disse ele virando para a direção da porta laranja, antes que ele saísse Lúcia colocou as mãos em seu peito tentando segurá-lo e dizendo apavorada.
— Não senhor, por favor, não há tempo, precisa mandar ele e Ádino com qualquer tipo de carne pronta que tiver para um local privado, ele não pode comer em nossa frente, não se perdoaria se tivesse que passar por isso e também não pode mais esperar.
As palavras e o desespero Lúcia pareciam verdadeiros não deixando margem para que o centauro desconfiasse que fosse alguma armação.
Ele fez sinal com a mão para um centauro que saiu a galope abrindo outra porta enquanto ainda olhava para Lúcia. — Quanto tempo para isso?
Ádino que havia chorado um bocado amparando o amigo respondeu esperançoso. — Alguns minutos apenas, não mais que isso e ele logo ele estará bem.
O centauro voltava com uma bandeja com um pernil assado e entregou para Ádino. O centauro com o colar olhou para ele e disse autoritário, mas com preocupação nos olhos. — Você tem um quarto de hora.
Olhou para os outros e fez sinal para segui-lo. Lúcia não sabia se era pela aparência de Luthiron ou pelo desespero de todos, mas viu o centauro sair a galope e todos correram atrás dele.
Depois que todos passaram pela porta ele a fechou rapidamente dizendo em seguida. — Eu sei quem ele é, ele carrega a maldição da feiticeira com ele.
Lúcia estranhou de ele ter essa informação. — O senhor o conhece?
— Não o conheço, mas sei que ele é amigo de Érono. Não era dessa forma que eu pretendia recebê-los, meu nome é Dávolo, sabíamos que iam aparecer e estávamos esperando, todavia não tínhamos prazo para a chegada, não nos foi permitido ver o futuro sobre vocês, estão totalmente protegidos contra isso.
O grupo trocou um olhar surpreso e desconfiado para ele enquanto ele falava, pois parecia ser estranho eles esperá-los como dizia e não ter facilitado e chegada deles nem um pouco.
Lúcia decidiu prolongar a conversa e ser sincera já que pretendia um acordo. — Me chamo Lúcia e esses são...
O centauro levantou a mão. — Não se preocupe senhorita Lucastra sei quem és e também sei quem são todos.
Lúcia ficou perplexa, ele sorriu e continuou. — Aquele cavalo que sofre é Luthiron, através do que se passou com ele descobri logo quem eram, como disse ele é amigo de Érono.
Linade ainda séria e desconfiada cuspiu as palavras para ele. — Pelo jeito nem tão amigo assim.
Ele sorriu simpático para ela. — Ai é que se engana senhora Linade, Érono é um bom amigo, vai saber depois, pois nossos destinos estão entrelaçados.
Lúcia apertou os lábios. — Entrelaçados? O que sabe sobre nós? E como sabe meu nome?
Ele levantou as mãos apaziguador. — Por hora não vamos falar disso.
Precisam comer e se lavar, estão com aparência de quem correu léguas sem se alimentar direito e sem parar para descansar.
Vou pedir para que preparem um banho e refeição quente a todos.
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Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1
FantasíaEla não imaginava que viajaria pelas terras de Heleno acompanhada de tantas criaturas, ela não imaginava que muitos povos dependiam dela, muito menos sabia que teria missões a cumprir e que a cada missão concluída com sucesso, um povo seria libertad...