Caluto e Jiron

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Oiee pessoal :D Perdão viu, eu disse que ia postar no fim de semana, mas esse em específico foi corrido para mim. Enfim olha mais um cap :D Desculpem os erros, as crônicas não está ainda bem revisadinha e podem encontrar erros. Beijos vou colocar outro hoje ainda ta bom? beijoks.

Seguiram viagem com o sol começando a despontar. Não demorou muito e a paisagem mudou. A floresta agora era rala, com poucas árvores e isso os deixou preocupados.

Depois do meio dia, a floresta começou a ficar mais fechada e a estrada mais larga e claramente perigosa.

Aquela floresta era o esconderijo de muitos, usavam a mata fechada para não serem encontrados pelos seguidores. Linade havia dito para que fizessem isso também, mas sugeriu fazer um voo de reconhecimento antes disso, Caluto o acompanhou e combinaram voltar em uma hora. Caminharam a tarde toda e todos estavam apreensivos, a demora dos dois não podia ser coisa boa.

Ainda assim ninguém disse palavra, sempre olhavam quando ouviam barulho de pássaros que voavam pela floresta e a decepção de não ser os dois regressando era nítido em todos os olhares.

A noite uma chuva intensa castigou, não tiveram tempo de procurar abrigo e ficaram todos juntos no escuro em silêncio, atentos a qualquer barulho para ver se era Caluto ou Jiron que ainda não tinham retornado.

A espera estava a ser longa, Lúcia sentia um frio na barriga, alguma coisa estava errada, a tensão nos corpos era visível. Todos estavam em silencio, mas com os corpos inquietos. Viravam rapidamente para o lado de qualquer som que ouviam.

A chuva tinha dado uma trégua na madrugada, Lúcia passou por um sono agitado, acordando uma hora depois, era ainda muito cedo, Linade já não escondia sua preocupação, os olhos brilhantes mostrava o limite de sua paciência.

Lúcia estava um pouco nervosa, já era para começarem a procurá-los, depois de uma noite toda sem aparecer não tinha como ficar apenas com suposições, tinham que agir imediatamente.

Luthiron estalou a língua e bateu com o casco no chão. — Temos que saber o que aconteceu com eles. Se eles foram capturados temos que encontrá-los.

Linade assentiu enquanto rapidamente trançava os longos cabelos negros.

— Temos que nos organizar e procurar pistas.

— Eles voaram seguindo a estrada, andamos a tarde toda e não encontramos nenhum sinal. — Disse Luthiron. — Eles não iriam se desviar do caminho atoa, a menos que tivessem que fazer isso para despistar algum perigo que possa ter surgido.

— Pensei nisso Luthiron, eles podem ter tomado distância, se caso tivessem dado de cara com o inimigo ou percebessem que estavam sendo seguidos, se foi isso com certeza os encontraremos pelo caminho mais a frente, mas se foram capturados, estão por perto, ao menos que tenham sido levados para o espectro, dai não poderemos nos desviar de nossas obrigações, eles não iriam querer que isso acontecesse.

— Então vamos seguir o caminho, procurar pistas e tentar entender o que houve Linade.

— Tem razão. — Balmac falou preocupado. — Ficar parados não dá, temos que seguir. Todos concordam?

Ádino levantou, estava ansioso e sem paciência. — Eu concordo em sairmos daqui o quanto antes, se realmente tiver alguma pista, não podemos deixar esfriar.

Luthiron assentiu. — Quanto mais tempo demorarmos, mais difícil será para encontrá-los ou ao menos saber o que aconteceu com eles.

Balmac olhou curioso para Lúcia. — Você não teve nenhum sonho essa noite? Algo que pudesse nos ajudar a entender isso?

Lúcia balançou a cabeça decepcionada. — Não Balmac, é a primeira vez que algo estranho acontece e eu estou completamente no escuro, não consigo pensar em nada que eu tivesse sonhado esses dias que me lembre o que estamos passando hoje.

Lúcia passou a mão pelo arco angustiada, sentia que tinha falhado, se tivesse ao menos tido um sonho mesmo que fosse curto talvez teria conseguido ao saber por onde começar a procurar.

Jahil tentou confortá-la. — Não se culpe por isso Lúcia, nem sabemos como esses sonhos chegam e vão.

Ela assentiu e sorriu apenas, não se sentindo nem um pouco melhor.

Depois de meia hora caminhando devagar procurando pistas, o tempo começou a fechar novamente.

As nuvens negras pareciam rir da quantidade de água que prometiam jogar em cima deles.

Lúcia e Linade estacaram na mesma hora, seguidas de Luthiron e Balmac, ouviam barulhos de passos e um estranho farfalhar no meio da floresta, mas não conseguiam ver nada. Ficaram esperando, tinham certeza que tinham ouvido som de passos, mas quando ficavam quietos, o silêncio reinava.

Linade com seu olho esverdeado de alerta olhava fixamente para a floresta. Lúcia fechou os olhos e se concentrou, a respiração irregular dos seus amigos predominava, mas tinha mais além desses, alguns sons menores, ela se concentrou nesse som estranho, eram chiados, como alguém respirando com cautela, eram muitos e Lúcia precisava se concentrar na direção dessa respiração.

Quanto mais se concentrava, mais claro ficava. Estavam muito perto, o som estava por todo lado.

Lúcia abriu os olhos e encontrou os de Luthiron bem próximo a ela.

Luthiron perguntou baixo. — Estava sonhando Lúcia?

Ela sussurrou em resposta. — Quem me dera fosse um sonho Luthiron, não ouvimos os passos porque estavam caminhando na mesma sintonia que nós, e pararam quando paramos, estamos cercados.

Linade falou baixo. — Vamos continuar o tanto que der, estamos em área fechada e não teremos vantagem alguma aqui, e estamos em menor número do que era para ser. Daqui a meia hora se tivermos sorte e não demonstrar que percebemos que estamos sendo seguidos, conseguiremos um local mais aberto, essa floresta fica novamente com menos arvores a frente, temos que tentar chegar lá.

Voltaram a andar em silencio e apressados, Lúcia sentia seu coração disparado, depois de tanto treino não tinha sentido um perigo tão intenso como agora, a tensão era geral, Ádino tocava em sua marreta a cada minuto, Jahil tinha o semblante carregado e Balmac rosnava baixinho.

O clima estava ficando muito carregado, Lúcia sentia que iriam atacar a qualquer momento, pois já nem tentavam disfarçar mais sua presença.

Sabiam que tinham sido descobertos, pois nenhum do grupo disfarçava mais sua gana por luta, o estranho era que não atacavam, mas também não se escondiam mais.

A chuva começou a cair com muita força. Continuaram andando, mas as hostilidades estavam formadas, Ádino segurava firme sua marreta, Balmac andava quase de lado rosnando irado para o lado da floresta onde havia maior concentração de criaturas.

Além desse clima hostil e de conflito eminente, a chuva dificultava a visão.

Um grito de guerra veio de Ádino quando começaram a aparecer zargons e orcs juntos, era um grupo enorme, não iriam conseguir se fossem cercados ali por todo aquele bando.

Balmac para tentar salvar os outros, levou muitos deles para longe, lutando e seguindo para o meio da floresta.

Linade gritava para que ficassem em duplas para um ajudar o outro, Ádino saiu correndo na direção que Balmac tinha seguido para ajudá-lo dando marretada em todos que tentavam chegar e gritando que dessa vez não iam conseguir machucar Balmac se dependesse dele.

Luthiron seguiu por outro caminho, lutando e tomando distancia de Linade e Lúcia, Jahil não o deixou sozinho.

As duas tinham ficado com um grupo grande de Orcs e Zargons, as flechas não paravam de sair dos arcos.

Lúcia ainda mirava alguns segundos antes de atirar a flecha, Linade pela experiência apenas colocava a flecha no arco e soltava sem pestanejar.

Mas ainda eram muitos, e Lúcia estava preocupada. Por mais que tomassem distância, muitos estavam se aproximando rapidamente, iam andando por cima dos corpos caídos, elas precisariam de um milagre para saírem dali com vida. 

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora