Olá pessoal, mais um pedacinho rsrs, com um medinho do watt tirar o cap por causa do bug mas vamos lá, ótima leitura :D
Tentou dormir, mas o tornozelo latejando por conta da queda algumas horas antes a impedia e foi por conta disso que acabou ouvindo tarde da noite as vozes exaltadas na cozinha.
Sabia o que estava acontecendo, era mais uma daquelas reuniões onde ela não podia participar.
Nunca havia discutido, até porque era bem pequena nas poucas vezes que entendeu que teriam visitas.
Não naquela noite, já não era tão pequena e sua curiosidade aumentava conforme ouvia mais e mais as vozes. Havia mesmo uma discussão inflamada acontecendo e pela primeira vez decidiu saber do que se tratavam aqueles raros encontros.
Pulou a janela e se esgueirou pela parede de madeira até alcançar a janela da cozinha. Sorrateira abaixou e olhou pelo vão da madeira, seu queixo caiu no mesmo momento.
Sentados em volta da mesa estavam seu avô na ponta e ao lado dele estava sua avó.
Isso seria comum se ao lado deles não estivesse uma ave enorme castanha com um leve tom de escuro com penas longas e rajadas no alto da cabeça.
Lúcia tinha certeza que era uma águia, o que a deixava confusa é que havia algo de humano nos olhos daquela ave.
Ao lado da águia estava uma figura um tanto cômica. Um jeguinho muito forte e não estava sentado e sim em pé ocupando aquele lugar.
Estranhamente ele tinha os olhos azuis e usava um elmo de ferro polido com uma cabelereira escura saindo do cimo. Entre todos os presentes ele tinha o ar mais revoltado.
Algo ao lado do estranho animal se mexeu e ela viu o pássaro mais lindo de todos os já visto na floresta. Na verdade não era igual a nenhum deles, media um pouco mais de um palmo. Suas penas de um vermelho vivo possuíam um brilho lustroso e em sua cabecinha havia algumas penas altas e alaranjadas como uma singela crista dourada.
Do seu lado na ponta da mesa Lúcia só conseguia ver as costas, mas parecia ser o mais feio, era quase gigante encobrindo tudo.
Não tinha penas nem pelos, sua pele era praticamente uma couraça com saliências.
Vestia uma camisa tão suja que Lúcia involuntariamente fez cara de nojo.
A grande criatura era careca com alguns fios escuros esparramados no alto de sua cabeça meio torta a sua cor era de limbo com cinza o que o deixava ainda mais repugnante.
Como ele estava sentado meio de torto encobria quase toda a extensão do outro lado e ela não conseguia ver direito quem era o outro visitante.
Só o que pôde ver é que ele era grande e peludo, seu pelo era cinza com negro e lembrava um cachorro enorme. Também não pôde deixar de perceber o cavalo na porta, esse era lindo e totalmente branco, sua crina era amarelada e muito comprida e parecia tão sedoso que ela sentiu vontade de passar a mão por ele.
O cavalo não parecia estar muito interessado na conversa, pois no meio de toda aquela falação era o único que estava quieto olhando com certa soberba para seus companheiros, então ela imaginou que ele seria o único sem o dom da fala.
Quando seu avô levantou Lúcia se encolheu, não sentiu vontade de voltar ao quarto, apenas mais curiosidade ao ver que ele estava bravo.
Com uma fúria nos olhos Chilsto apontou o dedo na direção do peludo cinza e gritou com toda sua ira. — Você não pense que vai vir aqui e me dar ordens Balmac, é sua primeira vez nesta maldita reunião e eu não vou permitir que comece ditar as regras, a sua luta é a mesma de todos nós.
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Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1
FantasyEla não imaginava que viajaria pelas terras de Heleno acompanhada de tantas criaturas, ela não imaginava que muitos povos dependiam dela, muito menos sabia que teria missões a cumprir e que a cada missão concluída com sucesso, um povo seria libertad...