A RECLUSÃO (parte 2)

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Oiee :D Vou postar e sair correndo gente, mas a tarde eu volto e respondo todo mundo hein, por isso por favor comentem =D

— Tudo o que a Linade fez por mim e eu a julguei por não ter me ensinado nada senhora. Se eu não podia pensar no espectro que quebrava a magia de proteção, realmente ela não poderia ter me ensinado nada que fosse necessário para eu enfrenta-lo, e eu a magoei.

O oráculo a fitou com um sorriso bondoso. — Não a magoou Lúcia, foram apenas palavras, e Linade tem um amor por você que é maior que isso, poderá concertar isso com sua dedicação, mostrando que não foi em vão.

Lúcia assentiu destemida. Era exatamente isso que faria. — Quando começamos?

Um novo sorriso iluminou o rosto do oráculo. — Já começamos. Precisa agora aprender a lutar e usar os seus sentidos que são aguçados por natureza, mas estão destreinados e precisamos sanar isso.

Cinco sentidos apurados, mas três deles poderosos, uma característica de sua espécie.

O olfato é o seu primeiro olho, a sua arma para se adiantar ao perigo chegando, um cheiro pode ser o essencial para que perceba a presença de alguém, ou mesmo as mudanças do tempo.

Treinando a audição pode se adiantar a uma flecha, ou um golpe apenas pelo som da investida do oponente cortando o ar.

Trabalhando a visão poderá ver além dos outros, com muitas milhas de distância, esse é o sentido mais apurado de um elfo, contudo, dos três esse é o mais difícil de aguçar, precisa de tempo e constante treinamento.

É um resumo, logo vai entender o quão poderosos são esses sentidos em ti.

Lúcia já desconfiava ter a visão aguçada, desde que tinha matado aquele zargon, ela sentia que sua visão tinha algum valor.

Mas ela queria saber usar seus sentidos com eficácia, ser uma guerreira, e nunca mais deixar nenhum dos seus amigos se machucar, queria protegê-los.

— Mas acho que o tempo, não é suficiente para tudo senhora.

— Lúcia primeiramente me chame de Evaluin, meu nome de origem, tão esquecido como minha raça e tão antigo como eles.

Ficaremos aqui um ano, o tempo necessário para que aprenda tudo o que for preciso para que saia daqui uma guerreira com todo o perigo que possa oferecer ao espectro sendo trabalhado.

Lúcia arregalou os olhos. —Um ano?

— Sim Lúcia, mas mesmo assim será intenso, não descansará um dia sequer e terá que se dedicar com sua alma nisso.

— Pode deixar Evaluin prometo que vou dar tudo de mim.

Mesmo empolgada em poder finalmente aprender a lutar, uma imensa tristeza tomou conta dela, um ano sem ver seus amigos, sem saber nada deles. Isso a preocupava.

— Seus amigos ficarão bem Lúcia. — Lhe deu um misterioso sorriso antes de continuar. — Nem acharão um tempo tão longo assim.— Levantou e seguiu para a casa de onde tinha saído. — Vamos entrar, vai precisar dormir, pois começaremos o treinamento amanhã de manhã, e por hora precisamos preparar o jantar.

Isso soava muito estranho, ela tinha certeza que seu corpo estava na casa do oráculo enrolado em um casulo capilar e dentro de um bom tanto de água, dormindo profundamente. Como precisaria comer ali se estava sonhando?

Como se lesse seus pensamentos Evaluin esclareceu suas dúvidas enquanto subia as escadas.

— Estamos aqui Lúcia com tudo o que precisamos. A fome e a necessidade do corpo nos acompanham, lá ficaram apenas as nossas cascas sem nada, nenhum sentimento ou necessidade, porém precisaremos cuidar do corpo da mesma forma, ele pedirá sua parte teimosamente ou então definhará e ficará doente. — Ela virou para ela um pouco divertida antes de abrir a porta. — Detalhe... Lá o corpo envelhece normalmente na proporção do tempo passado aqui, já que lá o tempo é menos fluído.

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora