Reino dos centauros.

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Uma leve batida na porta despertou Lúcia. Linade colocou apenas o rosto para dentro.

— Levante-se Lúcia, é a única que ainda não se levantou,

Érono já esta aqui e temos que tomar o desjejum com ele, todos juntos para mostrarmos a ele que não esquecemos o que fez por nós.

Lúcia levantou de um salto. — Nossa parece que acabei de fechar os olhos.

— Realmente dormiu um sono pesado, já está amanhecendo o dia mocinha.

Lúcia se vestiu ainda sonolenta, naquele quarto não conseguia ter noção do tempo e isso atrapalhava para despertar, lavou o rosto e os dentes em uma bacia posta ali durante a noite, pois não estava lá quando foi se deitar, olhou rapidamente no espelho e saiu apressada.

Não havia ninguém no salão das portas e ela seguiu para a cozinha.

Estavam todos conversando alegremente, Érono estava ao lado de Luthiron que demonstrava alegria por ver o amigo.

Lúcia saudou a todos recebendo uma saudação calorosa em troca, abraçou Érono desejando as boas vindas.

Érono ficou desconcertado com a maneira de Lúcia, mas se restabeleceu do susto rapidamente retribuindo o abraço com carinho.

— Como vai Lúcia? Se me permite, está muito bonita, em diferente da primeira vez que te vi.

— Obrigado Érono e você continua do mesmo jeito, parece que foi ontem que te conheci.

— O ferimento incomodou muito você?

— Na verdade não, apenas uma vez e já enfrentamos zargons mais de uma vez depois daquilo.

Érono olhou para Dávolo dizendo em seguida para Lúcia. — Isso é muito significativo, deveria continuar por anos.

Lúcia não quis dar falsas esperanças então ficou quieta, mas ela sabia que o motivo disso era porque o zargons não eram mais o perigo a ser enfrentado, fosse por estarem focados agora em deixar protegidos os seus, fosse pela dúvida deles em se rebelar, ainda assim guardou para si essa informação porque Balmac não merecia essa angústia.

— Então tenho muita sorte, pois não senti mais nada depois de um tempo.

— Realmente teve muita sorte, é uma dor lancinante.

Dávolo fez sinal para que as centauros da cozinha servissem a todos.

Lúcia sentou no mesmo lugar da noite anterior.

— Acho que poderá partir amanhã Lúcia. — Dávolo começou as ótimas noticias do dia. — Falta apenas um pequeno grupo para chegar e então poderão seguir, se estiver com muita pressa.

Lúcia foi pega de surpresa, enfim poderiam continuar. — Pressa eu tenho e muita, se não ficar ofendido de sairmos apressados de sua casa.

Ele sorriu compreensivo. — Eu entendo a sua pressa, é algo esperado por todos, e você deve estar curiosa com o que precisa fazer, hoje vamos cuidar de preparar as coisas para podermos ajudar. Já dei ordens de agrupamento ontem a noite, aproveitei a espera por Érono e fui adiantando os preparativos, não poderão ir todos conosco, terão que partir daqui a dois dias apenas.

Lúcia o olhou preocupada. — Fala como se também fosse lutar senhor.

— E vou Lúcia, já cuidei da segurança do vilarejo, está tudo preparado. Espero que não se importe do que vou dizer, mas é sua primeira responsabilidade, e precisará de apoio para ter forças e continuar, sou de um povo livre e a condição de rei me permite participar ativamente disso.

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora