O campo vermelho

1.4K 265 47
                                    

Olá pessoaaal :D Bom como viram eu coloquei as crônicas em destaque, pelo simples motivo que desisti do concurso Sesc, faz dois meses que me inscrevi e nunca consegui acesso a minha inscrição, e também visto que esse livro está pronto e não pretendo mudar nada, então vai ser nesse que vou trabalhar aqui no watt certo? Tem Sanoar eu sei, mas ele será mais lento, pelo simples fato de que estou mudando alguns acontecimentos futuros para encaixar umas coisas enfim, coisa de maluco, mas vamos em breve pegar Sanoar com garra e iremos até o fim. Como sabem essa história é uma fantasia singela, infanto juvenil e nesse livro há crianças lendo, por isso não esperem palavreado forte e muito menos coisas fortes, é um livro para relaxar e curtir a aventura desse grupo. Bem vamos lá? Beijos amores ótima leitura!

**********

Lúcia acordou depois de todos os outros, Ádino lhe trazia frutas frescas.

— Onde arrumou isso? — Perguntou ela levantando rapidamente com a agradável surpresa.

— Jiron as encontrou, quer chá?

— Não, estou satisfeita com essas frutas, obrigada Ádino.

Ele lhe sorriu e saiu apressado. Todos levantaram acampamento.

Antes de o sol estar no meio do céu, já podiam ver o final da estrada. A paisagem que cada vez ficava mais nítida, era desoladora.

Era um campo de terra vermelha e rachada, nenhuma planta ou árvore, somente terra ressequida e muita poeira no ar.

Seguiram rápido e em total silêncio, Jiron e Caluto voavam alto em círculos largos no céus, às vezes só Caluto ficava voando próxima a eles. Jiron sumia na frente e logo aparecia e voltava a voar em circulo. Estava tão alto que às vezes demorava conseguir vê-lo.

Ádino andava rápido e Lúcia percebia o quanto estava sendo difícil para ele andar naquele ritmo. Já não carregava o enorme saco, Luthiron é quem carregava para aliviá-lo para que assim ele pudesse acompanhar os outros.

Jahil carregava as sacolas, os alforjes, mas estava tranquilo, não parecia se incomodar com o peso e o ritmo.

Balmac estava concentrado no horizonte, andava com naturalidade como se já estivesse acostumado a andar depressa, Linade não saia do lado de Lúcia, estava sempre alerta.

Ela estava incomodada com o pequeno punhal em sua perna, Linade a tinha obrigado a colocar antes de saírem.

Todo estavam sérios e preocupados. Andaram rápido até anoitecer. Caluto ficou de guarda no primeiro turno, Luthiron ficou o resto da noite.

Antes de o sol sair, Lúcia foi acordada por Jiron, mais uma vez comiam e andavam, não quiseram ascender o fogo. Ádino tinha reservado uma quantia de carne curada ao sol e todas as frutas que conseguiram encontrar antes de chegarem ao campo aberto, ia distribuindo a todos conforme o dia passando.

Os alforjes estavam bem cheios de água e alimento, ainda assim Lúcia teria certeza que seria racionado para durar toda a viagem por aquele mar vermelho e deserto.

Quando o sol apareceu, eles já tinham caminhado muitas léguas, todos estavam cansados, mas não diminuíram o ritmo da marcha, foi assim até entardecer.

Nessa noite Lúcia estava exausta. Quando pararam para descansar, se jogou ali mesmo onde tinha parado e adormeceu nem quis comer nada.

No dia seguinte seguiram viagem no mesmo ritmo, Lúcia andava automaticamente, parecia flutuar pelo cansaço. Todos decidiram parar mais cedo nesse dia, antes de entardecer, para que pudessem descansar um pouco mais.

O sol estava começando a se por, deixando aquela paisagem em um vermelho muito intenso, era uma visão fascinante e triste ao mesmo tempo.

Lúcia descansava com a cabeça no colo de Ádino, não sentia fome só queria aproveitar aquele descanso. Já fazia três dias nesse ritmo e ela sabia que iriam descansar de verdade somente quando chegassem ao vale Diabra.

Crônicas Helenísticas- Niedra Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora