A pior tempestade em três séculos

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Gente...

Eu não ia postar esse hoje, porque eu estou meio envolvida nessa coisa, nas últimas horas chamada... Roteiro. Então talvez eu demore amanhã. Eu ando fazendo o máximo de pesquisas que eu posso, pra deixar essa coisa maravilhosa, tipo... Perfeita. E... É isso... Eu amo esse capítulo e eu acho que vocês vão morrer com ele. Sinto muito.

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As duas semanas sem respostas se arrastaram para Troye. Era como se o tempo parasse. Ele passou no aeroporto sete vezes, mas não tinha nada para ele, lá. Nenhuma notícia de Connor desde Berlim. Então ele entendeu que o mais velho finalmente havia se cansado. E ele não podia culpa-lo. Foi ele quem disse adeus, para início de conversa.

Kayla entrou no quarto, ainda de toalha na cabeça.

-Você tem falado com o Connor?

-Não. Eu não recebi nada dele nos últimos... Vinte dias, por quê?

-Porque ele não me responde há três semanas, também.

-Talvez ele esteja ocupado, você sabe... Trabalhando, ou conhecendo um país novo.

-Troye? Os pais dele não sabem dele, também. Eu fui lá.

-Do que você está falando?

-Ninguém sabe do Connor, Troye. – O garoto se levantou, pegou as chaves do carro na mesa da sala e saiu correndo.

-TROYE? – Mas ele ignorou Kayla. Se os pais dele o vissem dirigindo naquele momento... A coisa ia ficar feia. Ele demorou apenas cinco, dos quinze minutos que geralmente fazia até o aeroporto.

-Posso ajuda-lo?

-Eu preciso saber se chegou alguma coisa, de Connor Joel Franta para Troye Sivan Mellet, ou Kayla Horwitz. – Ela digitou alguma coisa no computador.

-Não temos nada, senhor.

-Checa de novo!

-Senhor...

-Só procura. Nenhuma carta? Nenhum pacote de Connor Franta?

-Sinto muito, senhor. – Troye respirou fundo.

-Obrigado... – Então ele correu de volta para casa, agora em seis minutos e esperou sentado na porta de casa pela correspondência.

-Troye? Está tudo bem? – Sage apareceu na calçada, com Maia.

-Connor sumiu.

-O quê?

-Ninguém sabe dele, Sage. Ninguém. Não tem nenhum pacote dele no aeroporto nos últimos vinte dias. Não tem nada. Os pais dele não sabem... Eu não sei... – Um homem baixo, de uns cinquenta anos apareceu na rua, com uma bolsa na lateral do corpo. Troye levantou em um pulo e esperou que ele pegasse o que lhe pertencia. Ele procurou alguma carta no meio da correspondência, mas não encontrou nada. Voltou a pegar a chave do carro.

-Troye? Aonde você vai? Troye! – Mas Sage foi ignorada. Ele dirigiu até a casa dos Franta.

-Nicola... – A irmã de Connor olhou para um Troye descalço, ofegante e descabelado e o abraçou.

-Você quer alguma coisa? Troye...

-Eu estou... Estou bem. Ele não... Deus, ele não... – Então ela o abraçou de novo.

-Ele deve estar bem, Troye. – o garoto assentiu, mesmo sem muita certeza disso. Os dois entraram. Os pais de Connor estavam sentados na mesa, juntos, de mãos dadas apenas fitando o nada.

-Ah, Troye! – Cheryl levantou e o abraçou. O garoto sorriu.

-Quando foi a última vez que ele falou com você?

-Ele estava em Berlim... Cheryl, eu... Eu sinto muito. É tudo...

-É claro que não é sua culpa, querido!

-Eu parei de escrever... Na minha última carta... Em todas as nossas cartas... – Troye não queria dizer. Não sabia o que estava acontecendo. Não podia dizer à Peter, Cheryl e Nicola o que pensava.

"Ele morreu. Como ela soube disso? Eles trocavam intermináveis cartas de amor e quando ele parou de responder ela entendeu." – Ele tentou tirar a imagem da letra bonita de Connor, que riscou essas palavras naquela primeira carta, meses atrás, porque sabia que não aguentaria.

-Eu... Eu preciso ir... – Ele saiu correndo, sem dar aos Franta uma oportunidade de responder. Ele voltou para casa e procurou um bilhetinho dentro de um dos envelopes. Discou o número e esperou por um tempo, para que a chamada internacional se completasse.

O garoto atendeu o telefone em holandês.

-Alô, oi... Aqui é o Troye... Você é....

-Tesla. Sim. Você é o Troye do Connor.

-É... Não sei se podemos dizer isso...

-Está tudo bem?

-Você já tem o livro do Steinbeck que ele estava procurando?

-Não... Ele me ligou há alguns dias, perguntando. Por quê?

-Ele te ligou? Você... Você falou com ele?

-Sim. Ele estava em... Estocolmo. Me ligou da balsa. Estava indo para a Finlândia.

-Há quanto tempo você falou com ele?

-Deve fazer uns... Dezesseis dias. Por quê?

-Ele sumiu. Ninguém sabe dele. Os pais dele estão preocupados, eu não tenho recebido mais nada dele...

-Eu disse para ele não ir. Tinha recebido um cliente uns dois dias antes dele ligar que tinha saído de Helsinque o mais rápido que podia...

-Você... Por quê? O que está acontecendo lá?

-Você não sabe?

-Não...

-Uma frente fria se aproximava. É a pior tempestade de neve dos últimos trezentos anos. Eles cortaram tudo. Energia elétrica, telefone, tudo... Umas dez mil pessoas já morreram.

-Obrigado... Obrigado, Tesla, eu...

-Troye? Você saberia.

-O quê?

-Se alguma coisa tivesse acontecido. Eu sei que você saberia. – Então o croata desligou o telefone. Tremendo Troye voltou a dirigir.

-Ele está em Helsinque. Na Finlândia. Ele...

-O que? Como você sabe?

-Eu falei com uma pessoa que ele tinha conhecido na Croácia. Ele disse... Disse que Connor está na Finlândia. – Nicola sentou na cadeira.

-Você acha que ele vai ficar bem? – Os olhos da garota brilhavam, atrás de algum pontinho de esperança nos olhos de Troye.

-Você sabe?

-O que? O que está acontecendo? – Cheryl estava preocupada, com o coração batendo forte.

-É a pior tempestade de neve dos últimos três séculos. A Finlândia está isolada. Sem energia, internet, nada... Eles não têm nada. – Troye omitiu a parte dos mortos. Achava que Cheryl já estava desesperada o suficiente. Ele se ajoelhou em frente a cadeira dela.

-Cheryl? Você saberia... Se alguma coisa tivesse acontecido, eu sei que você saberia. Ele está bem. Eu sei que está. – Ele não acreditava muito nas próprias palavras, mas precisava. Connor era esperto. Conseguiria sobreviver.

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GENTE...

O Connor sumiu...

DESCULPEM POR ISSO...

O PRÓXIMO DÁ VONTADE DE MORRER... SINTO MUITO. ADEUS...

BEIJOS DE QUEIJO <33

(P.S.: Tenho que terminar o próximo E o meu roteiro, então...)

Silver MoonsOnde histórias criam vida. Descubra agora