De novo? Pra valer!

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Troye levantou da cama e foi em silêncio até a cozinha. 

-Filho? Você está bem? - Laurelle se aproximou. Troye encostou no balcão e começou a chorar.

-Shhhh... Shhhh.... - Ela o abraçou. - Está tudo bem, filho. Tudo bem. - Ele assentiu.

-Você quer me dizer o que aconteceu? Troye... - Ele negou. - Tudo bem. Você está com fome?

Ele negou, novamente. - O que eram aqueles CDs para o Connor? - Troye sorriu e voltou ao quarto.

(...)

Mark entrou no quarto com um buquê de girassóis.

-Oi... Eu soube que você... Surtou... - Mark sentou na cama, na frente dele e lhe entregou as flores. - Eu não estava aqui... Me desculpa....

Troye deu de ombros. 

-O que está acontecendo, Troye? - Ele olhou para as mãos de Mark, que segurava as dele e as tirou. - Troye?

-Eu... Me desculpa, Mark. Mas não agora. Eu não posso continuar com isso.

-Tudo bem... Eu entendo. Eu... - Ele levantou. - Eu posso esperar...

-Eu não quero que você espere por mim. Eu quero ficar sozinho. - Mark assentiu.

-O que... O que foi? - Troye negou com a cabeça baixa. Mark pegou o seu rosto entre as mãos. - Eu amo você, Troye. - Então ele beijou sua testa e foi embora.

(...)

"Querido Connor...

Eu não odeio você. Na verdade talvez eu odeie, mas não saberia o motivo. Mesmo assim...

Feliz natal, feliz ano novo... Eu tenho um presente para você. Alguns, na verdade. Eu não sei explicar nada. Eu não entendo o meu ataque. Eu sei que eu passei três dias trancado no meu quarto, sem dormir e quando eu percebi já era domingo de manhã e eu estava chorando. E eu não conseguia falar. Como naquele dia que nós tivemos que apresentar o trabalho para o Sr. Anders e eu não conseguia falar de jeito nenhum. E eu não queria sair dali, mas meus pais me levaram ao hospital, como se isso fosse adiantar alguma coisa. E agora eu estou sendo obrigado a tomar dois remédios por dia até o médico desistir deles. 

Não haverão beijos na virada do ano... Não para mim. Eu e Mark terminamos da melhor forma possível e por mais que ninguém acredite... Nós ainda somos amigos. Acho que por trás do nosso relacionamento de três semanas a nossa amizade de dezoito anos continua sendo importante demais. Ainda é dia vinte, mas nós já entregamos os presentes. Eu tirei o Ian e dei alguns discos de vinil pra ele e a Kerri me tirou e eu ganhei uma câmera nova, que na verdade é velha, o que eu achei um absurdo, porque ela deve ter custado uma fortuna, mas você sabe como a Kerri é...

E mesmo com os remédios, ou com Kayla e todo mundo me rodeando nos últimos dias eu não tenho me sentido... Feliz. Na verdade eu acho que não tenho sentido nada. Kayla tem dormido aqui, o que me faz bem, porque nós temos passado os últimos dias juntos assistindo filmes e comendo. Comendo muito, sem sair de casa. Mentira! No final da tarde nós pegamos o carro dos meus pais e vamos até a praia, assistimos o pôr-do-sol, vamos ao cinema...

Mas a infelicidade quando eu vou dormir ainda está aqui.

Com amor, Troye"


Troye não recebeu uma resposta. No dia seguinte um pacote de Connor chegou para ele e outro chegou na casa de Kayla.

"Querido Troye...

Eu estou preocupado. É a única coisa que tem me acontecido. Eu tenho medo que você faça alguma besteira, tenho medo de você precisar de mim e eu não estar ai. Tenho medo porque eu não posso voltar. Eu adoraria, mas não consigo. Eu investi nessa viagem cerca de sete anos inteiros de economia, mas não é por causa do dinheiro, porque se fosse eu não estaria aqui. Eu já teria voltado. O fato é que tem uma coisa que me prende aqui. O meu medo. E eu acho que essa viagem tem sido, basicamente, uma fuga do meu próprio medo. E eu odeio sentir medo. Odeio a sensação no meu peito de que eu não consigo fazer nada, porque tudo o que eu queria ter feito era ter estado ao seu lado quando você precisou. Tudo o que eu queria era ter... Eu não sei. Eu não sei o que eu queria, porque no meio da minha infelicidade em Sarajevo eu esqueci quem eu sou. Eu me perdi por entre as fotos em preto e branco e os buracos de bala nas paredes dos edifícios.

De qualquer jeito eu espero que você melhore, porque esse meu medo de... Não estar ai só faz as coisas ficarem piores e as três palavras voltarem a tomar conta da minha mente todos os dias, durante horas. E eu só queria que isso parasse.

Nos últimos três dias muita neve tem caído, o que é péssimo, porque torna as minhas saídas e as do Gellert quase impossíveis e ficar trancado dentro de casa só me faz mais... Miserável com o meu próprio sofrimento. 

Sobre o seu presente? Eu estava andando no centro alguns dias atrás e achei que você ia gostar. Eu não podia lhe comprar alguma coisa de vidro, porque tinha medo que quebrasse no caminho, mas então Gellert me disse que tinha uma agência de entrega que fazia esse tipo de entrega. É só uma coisa para manter todo mundo mais perto. Eu, você, Kayla quando ela se mudar para os Estados Unidos...

Ele é um pouco antigo, então alguns países devem nem existir, mas eu o achei maravilhoso, então... Eu o comprei. E eu espero que te faça bem.

Feliz natal, Troye. Eu estarei ai assim que lidar com os meus próprios medos.

Com amor, Connor."


Troye abriu a caixa branca e tirou os plásticos que envolviam o presente e foi como se por um minuto o seu coração tivesse parado.

-Troye olha o que acabou de chegar em... - Kayla perdeu a voz. Ela olhou para o presente de Troye e sorriu. - Que... Maravilhoso.

Troye estava um pouco sem ar, fungando incrédulo. Era um globo terrestre de mesa, branco com a base em madeira e ele parecia ser uma das coisas mais maravilhosas que Troye já viu na vida dele. E era como se a infelicidade tivesse... Passado. Ele ficou segurando o globo pela base, admirando cada detalhe de cada país e Connor tinha razão. Alguns países nem existiam, ainda. Mesmo assim, com todo o cuidado do mundo ele virou o globo na direção da Europa e achou a Húngria. O pequeno país em forma de feijão se destacava. Estava sendo mostrado em pedra branca, enquanto os países vizinhos tinham pedras escuras.


--x--

EU ACHO QUE MORRI... E ESTOU ESCREVENDO NO PARAÍSO...

Gente...

Não...

Um minuto de... SOCORRO!!!

Eu escrevi e eu estou sofrendo... Gente eu amo tanto Tronnor que dói!!

Enfim...

Espero que tenham gostado!!

Mais um capítulo para a gatíssima da Isabelly que comentou o último e foi um amorzinho!!!

E galera...

BN TOUR COMEÇOU... Alguém me segura... Vou sofrer muito, vocês não estão entendendo!!!!!!!!!!

Beijos de queijo e ah... Falta um capítulo para um dos melhores momentos da fanfic... ADEUS!

Silver MoonsOnde histórias criam vida. Descubra agora