As quatro semanas sobrevivendo...

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HEY!

Gente... Eu decidi contar pra vocês como a fic surgiu... Pórque sim. Porque eu quero...

Então... Basicamente ela é uma combinação de alguns filmes que eu assisti nas férias. A base mesmo vem de Naomi and Ely's No Kiss List, que eu assisti e eu adorei. E eu queria fazer uma fic do otp supremo e pensei... Por que não? E aqui estou eu. O lance do Connor viajar foi... Porque eu gosto de escrever cartas e eu tenho outra fic aqui e eu estava escrevendo muito pra ela, na verdade, a única coisa que eu consegui escrever depois do meu bloqueio criativo de mais de um ano (é) foram cartas pro meu melhor amigo, então eu transformei essas cartas em cartas do Connor para o Troye. Tem um pouco de Amizade Colorida mais pra frente na fic, tipo... Daqui uns quatro anos hahaha e tem De Repente é Amor ainda mais pra frente e é isso... Tem outras coisinhas que eu peguei aqui e ali, tipo Into the Wild, a ideia do Globo Terrestre é meio Simplesmente Acontece... Ai eu peguei alguma coisinha de A Work In Progress, também que é <333 enfim...

E aqui estamos nós!!!! 

Aproveitem esse ai!!!

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O pacote chegou no quadragésimo quinto dia sem respostas, sem um remetente, sem nada. Troye entrou em desespero, porque a letra do endereço não era de Connor. O pacote era um envelope pardo, com alguma coisa gordinha dentro, como um livro de bolso.

De primeira Troye achou que seria de Tesla e que ele finalmente havia encontrado o livro do Steinbeck, mas quando abriu encontrou uma caderneta de couro do tamanho do próprio celular e um envelope de papel pardo sem remetente e sem endereço nenhum.

Ele abriu o envelope e tirou o papel amarelo de lá, então ele sentiu aquela vontade de chorar. Chorar até morrer quando reconheceu a letra de Connor.


"Querido Troye...

Não existem dragões na Noruega. Ou vikings. Ou sereias. Pelo menos ainda não achei nenhum, mas se eu encontrar... Você será o único a saber. 

Depois de Berlim eu estive em Estocolmo, mas só por uns quatro dias. E ai eu peguei uma especie de balsa até a Finlândia, o que eu acho que foi a coisa mais estúpida e emocionante que eu já fiz na minha vida.

A balsa que eu cheguei foi a última que chegou na Finlândia antes da tempestade. Nós ficamos presos nesse posto policial pelas quatro semanas e tiveram esses dias que eu entrava em desespero, achando que ia morrer e tudo o que eu queria era ouvir a voz de alguém. Para ser sincero, nesses momentos tudo o que eu queria era ouvir a sua voz, para saber que você estava bem. A tempestade durou uns dez dias, foram mais treze para que as equipes de resgate da Suécia e Noruega pudessem ser liberadas para o pais. E mais uns dias para que chegassem até a gente. Tinha tanta neve que foram necessários dois dias para que conseguissem nos tirar do posto policial. Durante as quatro semanas dividi espaço com mais vinte e quatro pessoas no posto. Nós passávamos fome por longos períodos de tempo, até comermos de novo, o que significa que eu estou pouco mais de sete quilos mais magro. Eu tinha uma foto nossa nas minhas coisas. Aquela que tiramos no dia do casamento da mãe do Ian, um pouco antes do final das férias, então quando eu perdia as esperanças eu ficava olhando para ela, ou melhor, para você, porque sabia que não poderia ver teus olhos pela última vez apenas por uma foto, então esse senhor da Bulgária me viu e ai já era... Ele começou a fazer um escândalo, dizendo que não ficaria no mesmo lugar que eu. E ali estava eu, encolhido em um canto do posto policial na Finlândia, morrendo de fome, com um cara homofóbico. E, francamente? Eu nunca sequer beijei um garoto. Logo todas as outras vinte e três pessoas estavam olhando para nós. E eu estava assustado demais para reagir. A delegada o tirou da sala, e esse rapaz me estendeu a mão.

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